×

Por que 159 cidades de Minas vão receber R$ 48,3 mi em royalties antecipados da mineração

Municípios afetados pela exploração mineral têm direito a 15% da CFEM; a lista da modalidade “estruturas” ainda não foi divulgada

Quase R$ 50 milhões serão pagos a 159 cidades de Minas Gerais afetadas pela atividade mineradora. Os recursos, que somam R$ 48,296 milhões, são referentes à antecipação dos royalties devidos de maio a agosto, segundo dados levantados pela Associação Brasileira dos Municípios Mineradores (Amig) com base em relatórios da Agência Nacional de Mineração (ANM), que divulgou a antecipação nesta quinta-feira (18). 

Conforme a ANM, esta etapa da antecipação contempla apenas municípios afetados por ferrovias e minerodutos.

Cidades atingidas por estruturas, como plantas de beneficiamento e barragens de rejeito, ainda não foram divulgadas. A lista final depende de nova análise e do recálculo dos índices de distribuição previstos na Resolução ANM nº 143/2023.

A quarta categoria que afeta os municípios, portos, não impacta Minas Gerais. Os municípios impactados pela atividade mineradora têm direito a 15% da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).

Principais beneficiados

A maior fatia da CFEM, segundo a Amig, será paga a cidades cortadas por ferrovias usadas pelo setor. Cinco cidades concentram R$ 16,75 milhões.

Cinco principais cidades afetadas por ferrovias

  • São João del Rei — R$ 4,8 milhões
  • Governador Valadares — R$ 4 milhões
  • Andrelândia — R$ 3,6 milhões
  • Passa Vinte — R$ 2,19 milhões
  • Madre de Deus de Minas — R$ 2,16 milhões

Além disso, cinco cidades receberão, juntas, R$ 157 mil pela passagem de minerodutos. 

Cinco principais cidades afetadas por minerodutos

  • São Domingos do Prata — R$ 41 mil
  • Nova Era — R$ 35 mil
  • Sacramento — R$ 30 mil
  • Abre Campo — R$ 26 mil
  • Santo Antônio do Grama — R$ 25 mil

O número de localidades ultrapassa 159 porque alguns municípios são impactados pelas duas categorias, ferrovias e minerodutos.

Em Minas, seis substâncias respondem pela maior parte dos repasses: minério de ferro (R$ 43,8 milhões), fosfato (R$ 3,3 milhões), calcário dolomítico (R$ 967 mil), areia (R$ 65 mil), magnesita (R$ 44 mil) e minério de alumínio (R$ 33 mil). O dolomito teve participação considerada irrisória.

Onde a CFEM pode ser utilizada

A CFEM é paga pelas mineradoras para compensar municípios afetados pela exploração de recursos minerais. Trata-se de recurso que deve ser aplicado em infraestrutura, educação, saúde e meio ambiente para mitigar os impactos da mineração e preparar a economia local para o período pós-exploração, explica a consultora tributária da Amig, Rosiane Seabra.

FONTE: O FATOR

Receba Notícias Em Seu Celular

Quero receber notícias no whatsapp