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Jeceaba celebra feito histórico: menino de 7 anos conquista título sul-americano de karatê em Naviraí

A cidade de Jeceaba está em festa. O motivo tem nome e sobrenome: Francisco Flauzino, de apenas 7 anos, aluno do Paiva Dojo, comandado pela sensei Érica Paiva. No último fim de semana, em Naviraí, Mato Grosso do Sul, ele brilhou no Campeonato Sul-Americano Kyokushin IKO Matsushima 2025, trazendo para Minas Gerais duas medalhas: ouro no Kata e prata no Kumite.

Foram quase 1.500 quilômetros de estrada percorridos, mas a distância não foi obstáculo para um sonho gigante. Em cada movimento preciso, Francisco mostrou que coragem, disciplina e foco podem transformar a vida de um garoto em exemplo para toda uma comunidade.

“Eu chorei do início ao fim. Ver meu filho, tão pequeno, enfrentando atletas de tantos lugares diferentes com tanta garra foi algo indescritível. Ele subiu no pódio e parecia que o coração da nossa família inteira estava lá em cima com ele”, disse a mãe, Graziele Flauzino, emocionada.

Sensei Érica Paiva

Mas a surpresa maior veio quando a própria Graziele entrou no tatame. Competindo em sua categoria, também conquistou lugar no pódio, garantindo o vice-campeonato no Kata. “Francisco não sabia que eu ia lutar. Quando me viu no pódio, ele correu e me abraçou. Foi o momento mais lindo da minha vida. Nós dividimos não só a maternidade e o esporte, mas também a vitória”, contou.

O feito da família Flauzino mostrou que o karatê, para eles, vai muito além de troféus: é paixão, união, respeito e herança de valores.

A jornada do pequeno campeão é acompanhada de perto pela comunidade. Francisco é atleta da Secretaria de Esporte da Prefeitura de Jeceaba, participa do projeto Reciclando Vidas, do Projeto Ser Jovem de São Brás do Suaçuí e, claro, segue firme no Paiva Dojo, que se torna cada vez mais referência.

No dojo, a inspiração vem da sensei Érica Paiva, recordista e mestra reconhecida internacionalmente. Para a família, a líder é muito mais que uma treinadora. “Ela ensina a vencer, mas também a perder com dignidade. Ensina disciplina, resiliência, respeito. Ensina a viver. Por isso, nossa gratidão a ela é infinita”, afirmou Graziele.

Entre medalhas, lágrimas e aplausos, Jeceaba viu nascer mais que um campeão: viu florescer um símbolo de esperança e de superação. Francisco prova que os sonhos não têm idade, não têm fronteiras e não têm limites quando se carregam no coração.

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