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‘Saque na boca do caixa?’: O fim dos caixas eletrônicos para a nova geração

O uso do dinheiro em espécie e dos caixas eletrônicos vem perdendo espaço no Brasil. A digitalização dos serviços financeiros, impulsionada pelo Pix e pelas carteiras digitais, transformou a forma como milhões de pessoas lidam com o próprio dinheiro. Operações antes comuns, como depósitos em envelope ou saques no balcão, já são estranhas para muitos jovens.

De acordo com a Febraban, 82% das transações bancárias realizadas em 2024 ocorreram em canais digitais, como aplicativos e sites. O levantamento mostra ainda que consultas de saldo, pagamento de contas e até contratações de crédito são feitas quase integralmente pelo celular. O IBGE também aponta que, desde 2022, cerca de 22 milhões de brasileiros passaram a acessar serviços bancários on-line.

Nesse cenário, histórias como a de jovens que não sabem usar caixas eletrônicos se multiplicam. Alguns admitem nunca ter feito um saque ou depósito e recorrem ao Pix até para conseguir dinheiro vivo, ainda necessário em situações pontuais, como transporte público ou compras em pequenos comércios. Para parte dessa geração, lidar com cédulas já se tornou algo excepcional.

Com a mudança de hábito, os bancos tradicionais estão reformulando suas estruturas. Muitas agências passaram a atuar de forma consultiva, voltadas a investimentos e crédito, enquanto o caixa presencial desaparece. O movimento pressiona o mercado de trabalho bancário: mais de 1,1 mil vagas foram cortadas no setor apenas no primeiro trimestre de 2025, ao mesmo tempo em que cresce a demanda por profissionais de tecnologia da informação.

FONTE: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

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