Após quatro dias consecutivos de combate, o Corpo de Bombeiros de São João del-Rei, com o apoio de brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e dezenas de voluntários, conseguiu controlar o incêndio de grandes proporções que atingia a Serra de São José desde o último domingo (5). O fogo foi contido na tarde desta quarta-feira (8), mas o local segue em monitoramento para evitar novos focos.
De acordo com o tenente Radamés, comandante do 2º Pelotão de Bombeiros, a estratégia de iniciar os trabalhos ainda durante a madrugada foi essencial. “Aproveitamos as temperaturas mais baixas e conseguimos uma evolução muito boa no controle das chamas. Mesmo assim, alguns pontos voltaram a queimar, o que exigiu atuação simultânea em várias frentes”, explicou.






O apoio aéreo foi determinante nas áreas de difícil acesso. “Com os aviões, conseguimos atuar nos paredões da serra, onde o acesso humano é praticamente impossível”, acrescentou o comandante. Apesar do controle, os Bombeiros alertam que o incêndio ainda não pode ser considerado extinto, devido ao risco de reignição. As equipes devem retornar ao local nesta quinta-feira (9) para novas verificações.
Durante a investigação, foram encontrados indícios que levantam suspeita de incêndio criminoso, como garrafas com vestígios de combustível e roupas queimadas. Moradores também relataram ter visto pessoas circulando próximas à área atingida, especialmente nas regiões conhecidas como Mangue e Chuveirinho, entre Santa Cruz de Minas e Tiradentes.
O incêndio se espalhou rapidamente, atingindo inclusive as cristas da Serra de Tiradentes. Mesmo após ter sido controlado na terça-feira (7), por volta das 13h40, novos focos surgiram, exigindo reforço no combate com helicópteros. Na noite ontem uma chuva leve foi registrada na região, o que ajuda a reduzir os riscos de novos focos. A previsão indica a possibilidade de mais chuva nos próximos dias, o que deve contribuir para o resfriamento do solo e a contenção definitiva do incêndio.
O tenente Radamés destacou a união das forças envolvidas. “Cada pessoa foi fundamental. Tivemos bombeiros, brigadistas, policiais, voluntários e até moradores ajudando na alimentação das equipes. Esse trabalho mostra que, quando todos se unem, o resultado aparece.”