Simônia Magalhães pede informações à Prefeitura e à Copasa após relatos de contaminação por coliformes totais em análises realizadas no município
A vereadora Simônia Maria de Jesus Magalhães apresentou na Câmara Municipal de Congonhas o Requerimento nº 275/2025, solicitando ao Poder Executivo e à Copasa informações detalhadas sobre o monitoramento da qualidade da água fornecida à população. O pedido inclui dados sobre a frequência das análises, parâmetros avaliados, laboratórios responsáveis e divulgação dos resultados.
De acordo com o documento, a parlamentar pede esclarecimentos sobre quem realiza os exames de potabilidade — se a própria Prefeitura ou a Copasa — e com qual periodicidade (diária, semanal, mensal ou trimestral) são feitos. Também solicita informações sobre os tipos de análises realizadas, como verificação de coliformes totais, Escherichia coli, cloro residual, turbidez e cor, entre outros indicadores de qualidade.
Cobrança por transparência
Simônia Magalhães quer saber ainda se os resultados dessas análises são divulgados publicamente ou encaminhados aos órgãos de controle, como a Vigilância Sanitária e o Ministério Público, e se há meios de acesso para a população. Caso os dados não sejam divulgados, a vereadora cobra uma justificativa para a ausência de transparência.
No requerimento, ela solicita o envio à Câmara de todos os relatórios e laudos de potabilidade emitidos desde janeiro de 2024, discriminados por bairro ou ponto de coleta, além do cronograma atualizado das próximas análises previstas para 2025.
Indícios de contaminação
A parlamentar fundamenta o pedido em relatos recentes e análises laboratoriais que indicam presença de coliformes totais em amostras de água coletadas em diferentes regiões da cidade. O fato levanta preocupações sobre possíveis falhas no sistema de tratamento e distribuição, e reforça a necessidade de monitoramento rigoroso e comunicação clara com a população.
“A qualidade da água distribuída à população é uma questão de saúde pública e deve ser tratada com total transparência. O cidadão tem o direito de saber o que está consumindo”, afirmou Simônia.
Legislação e dever de fiscalização
A vereadora lembra que a Portaria GM/MS nº 888/2021, do Ministério da Saúde, estabelece que a água destinada ao consumo humano deve atender aos padrões de potabilidade e que o responsável pelo sistema de abastecimento é obrigado a realizar monitoramento regular e divulgar os resultados.
“Nosso papel é fiscalizar e garantir que essas normas sejam cumpridas. É dever do Legislativo cobrar clareza e segurança no abastecimento de água”, ressaltou.
Repercussão
O requerimento reforça o papel fiscalizador da Câmara Municipal em temas ligados à saúde pública e meio ambiente. A discussão sobre a qualidade da água tem ganhado destaque em Congonhas nos últimos meses, especialmente diante de denúncias de moradores sobre gosto e odor diferentes e relatórios laboratoriais que apontaram irregularidades em alguns pontos de coleta.
A proposta de Simônia Magalhães foi protocolada no dia 14 de outubro de 2025 e será encaminhada à Prefeitura, à Secretaria Municipal de Saúde e à Copasa, que deverão responder oficialmente aos questionamentos apresentados.
💧 Segurança e direito à informação
O pedido da vereadora evidencia uma preocupação crescente da população com a segurança sanitária da água em Congonhas e reforça a necessidade de transparência e fiscalização contínua sobre o serviço prestado pela concessionária e pelo poder público municipal.