Mais de 6 mil toneladas de material fresado – camada do asfalto antigo retirada durante as obras – ganharam nova função em trechos da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora. No primeiro ano de concessão, a EPR Via Mineira aplicou uma técnica de engenharia sustentável que reutilizou o material removido da pista nas obras de requalificação do pavimento, garantindo pistas mais regulares, duráveis e com menor impacto ambiental. Parte do volume retirado segue armazenada para uso em novas intervenções.
A metodologia, aplicada conforme as características de cada segmento da via, é bastante utilizada no mundo todo e vem se consolidando nas rodovias do país, enquanto fortalece as ações de economia circular no setor de infraestrutura. A prática contribui para reduzir o descarte de resíduos, o consumo de brita e outros agregados extraídos da natureza, sem comprometer o desempenho do pavimento, além de diminuir as emissões geradas no transporte e na produção de novos insumos.
Segundo o gerente de Engenharia da EPR Via Mineira, Mauricio Cavalli, a adoção do método reforça o compromisso da concessionária com a inovação e com a sustentabilidade nas obras realizadas na BR-040. “Essa técnica reforça a proposta da concessionária de promover uma prosperidade que é compartilhada, pois gera benefícios diretos para os motoristas, que trafegam em uma pista mais regular, aderente e segura; para o meio ambiente, com menor geração de resíduos e menor consumo de matéria-prima; e para o futuro da rodovia, com obras mais eficientes e sustentáveis”, destaca.
De onde vem e como é usado
O reaproveitamento do asfalto começa com a remoção controlada da pavimentação antiga, processo chamado de fresagem. É como se a pista fosse “raspada” com precisão, retirando apenas a parte que necessita ser renovada. “Com isso, recuperamos materiais de excelente qualidade, que voltam ao processo de forma segura e sustentável”, explica Cavalli.
Em seguida, o material é triturado e processado até se transformar no RAP — sigla em inglês para Reclaimed Asphalt Pavement. Esse composto é utilizado na produção do novo asfalto, voltando à pista em forma de Concreto Asfáltico Usinado a Quente, que compõe as camadas superiores da rodovia.

De acordo com Cavalli, o uso do RAP é definido conforme as condições de cada trecho da BR-040. “Cada segmento da rodovia apresenta particularidades com necessidades distintas, que demandam soluções específicas. O reaproveitamento do fresado é uma dessas alternativas, aplicada de forma criteriosa e com controle de temperatura e proporção para assegurar qualidade e desempenho”, esclarece.
Próximas aplicações
Parte do material fresado segue armazenada em áreas controladas e será utilizada no novo ciclo de obras programado pela concessionária, como a implantação da balança de pesagem em movimento, novas unidades da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ponto de parada e descanso para caminhoneiros e obras de ampliação da via, tanto no revestimento asfáltico quanto nas camadas de base do pavimento.
O reaproveitamento do asfalto é um exemplo prático de economia circular aplicada à infraestrutura, em que nada se perde. “O que antes seria resíduo volta à pista como parte de um processo que valoriza o uso inteligente dos recursos e reforça nosso compromisso com uma infraestrutura moderna e sustentável, que contribui para uma convivência mais segura entre todos que circulam pela BR-040”, conclui Cavalli.
Com essa e outras iniciativas, a EPR Via Mineira reforça o compromisso com uma gestão sustentável e com o desenvolvimento das regiões atendidas pela BR-040, garantindo que o progresso da rodovia também se traduza em benefícios compartilhados entre os usuários e as comunidades do entorno.



