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Bebê indígena é eletrocutado durante brincadeira com gatinho

Mãe viu o momento em que o bebê levou o choque e foi às pressas à UPA em Brumadinho, mas ele não sobreviveu

Um bebê indígena de 1 ano de idade foi eletrocutado depois de receber uma descarga elétrica na casa onde morava na aldeia Kamakã Mongoió, na comunidade de Casa Branca, em Brumadinho (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde dessa quarta-feira (29/10).

A criança deu entrada às 17h na UPA de Piedade do Paraopeba, sem pulso e sem sinais vitais. À Polícia Militar, a médica de plantão contou que seguiu os protocolos de reanimação, mas não conseguiu reação do bebê.

Conforme o boletim de ocorrência, a mãe do bebê, de 20 anos, disse que estava no terreiro da casa quando o bebê brincava com o gatinho de estimação da família. Em certo momento, o bebê correu atrás do pet e colocou a mão em uma tomada, perto de uma máquina de lavar. 

A mãe percebeu que o bebê tomou o choque e pediu socorro à vizinha, que os levou à unidade de saúde. A vizinha relatou que chegou a ver a criança tomando o choque e ajudou a socorrê-la.

De acordo com o boletim de ocorrência, assim que notificada sobre a morte, a Polícia Militar contatou a Polícia Federal por se tratar de um caso de morte envolvendo povos indígenas e recebeu a orientação de que o documento fosse registrado normalmente e encaminhado à Delegacia de Brumadinho, que segue com as investigações.

O corpo do bebê foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde serão realizados exames que irão definir as circunstâncias da morte. Assim que liberado, será entregue à família. Em nota, a Polícia Civil informou que, até o momento, nenhuma pessoa foi conduzida à Delegacia de Brumadinho.

Gastos funerários cobertos

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Brumadinho afirmou que está prestando todo o apoio necessário à família da criança, incluindo o pagamento das despesas funerárias. Segundo a gestão, uma equipe de enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistente social e equipe do Comitê de Equidades acompanha a família. Também foi oferecido um café da manhã como maneira de apoiar a aldeia na manhã desta quinta-feira (30/10).

“A Prefeitura mantém o compromisso com o apoio à comunidade indígena e segue acompanhando o caso com sensibilidade e respeito”, diz trecho de nota encaminhada à imprensa.

Fornecimento de energia na aldeia

Procurada pela reportagem, a Cemig informou que não é responsável pelo atendimento na aldeia, uma vez que o local é um assentamento sem regularização fundiária e está fora das condições de instalação de rede elétrica. Dessa maneira, a instalação e manutenção da rede interna da casa da família não diz respeito à companhia. 

No entanto, a Cemig afirmou que enviará uma equipe para verificar de onde sai a energia elétrica que atende o assentamento para determinar se é uma ligação irregular e/ou clandestina.

De acordo com a gestão municipal, a empresa Brumadinho Ativos, que é responsável pela operação, manutenção e extensão da rede de iluminação pública, informou que também fará o envio de uma equipe técnica para avaliar a sitiação e encaminhar demandas à Cemig, “uma vez que a responsabilidade pelo sistema é da companhia elétrica”, conforme comunicado.

FONTE: ESTADO DE MINAS

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