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Chafarizes históricos de Lobo Leite estão secos, mas tubulação tem fluxo de agua

Uma vistoria técnica realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (SEMAM) de Congonhas, em atendimento a um requerimento do vereador Galileu, revelou que três dos quatro chafarizes do bairro Lobo Leite estavam fora de serviço no dia 24 de outubro de 2025. O relatório aponta que os chafarizes 1, 2 e 4 (CDS) encontravam-se secos no momento da inspeção. Apenas o Chafariz 3, que não possui válvula, apresentava fluxo constante de água.

Apesar de três pontos de distribuição estarem secos, a equipe técnica constatou uma situação intrigante: a tubulação que transporta a água do Córrego Escuro para o bairro apresentava fluxo de água em cerca de três quartos do trajeto. Isso sugere que a água está sendo desviada ou não está alcançando o destino final. A inspeção reforçou essa suspeita ao verificar a presença de canos e mangueiras instalados próximos aos chafarizes, impossibilitando inferir o destino final do volume de água que não chega ao bairro. O Sr. Maurício, morador que acompanhou a equipe, relatou que há relatos de captação irregular de água por parte de alguns residentes.

Notificação à COPASA e IGAM

Diante das descobertas, a Diretoria de Licenciamento Ambiental (DLA) informou que irá notificar a COPASA (responsável pelo fornecimento de água no município) e o IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) sobre a presença das tubulações encontradas próximas ao Chafariz 3.

Problemas de Acesso e Manutenção

A vistoria também identificou graves problemas de manutenção:

  • O caminho usual para acesso à nascente do Córrego Escuro está tomado pela vegetação, tornando sua utilização impossível. O acesso é crucial, especialmente para segurança durante o período chuvoso.
  • A caixa d’água em alvenaria, que armazena e pressuriza o sistema, precisa de limpeza para remover sedimentos acumulados e otimizar a captação.
  • A qualidade da água na nascente tem sido prejudicada pelo carreamento de sedimentos (assoreamento), que ocorreu após a instalação de uma linha de transmissão pela empresa LGA na região a montante.

O relatório técnico, datado de 29 de outubro de 2025, foi elaborado pelos Analistas Ambientais Bruno Luis de Carvalho Bertholino e Mário Cunha Sequeira. O documento completo foi encaminhado à Câmara Municipal em 14 de novembro de 2025.

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