Ao completar 125 anos de pleno funcionamento, o centenário Hospital Cassiano Campolina (HCC), em Entre Rios de Minas, realizou na manhã domingo (7) a Assembleia Geral Ordinária da Irmandade, ocasião em que foi eleita a nova diretoria que irá conduzir a instituição no triênio 2026–2028. A assembleia ocorreu no histórico Salão Nobre do hospital, em escrutínio secreto, e teve como pauta central a eleição dos novos membros do Conselho Diretor e do Conselho Fiscal, responsáveis pela condução administrativa da instituição.
A chapa encabeçada pelo empresário Túlio Luís Resende saiu vencedora. Dos 30 irmãos com direito a voto, 26 participaram da votação, que resultou em 14 votos favoráveis a Túlio. O atual provedor, Baltazar de Oliveira Resende Neto, concorria à reeleição para um possível terceiro mandato, mas não foi reconduzido ao cargo.
Entre os presentes estiveram o Procurador-Geral de Minas Geraris, Paulo Tarso, que completou no último dia 5 um ano à frente da função, e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso, natural de Entre Rios de Minas. Com mais de um século de atuação, o HCC é considerado um hospital de referência regional, exercendo papel fundamental na saúde pública e filantrópica da região.

Nova diretoria
A nova chapa eleita toma posse no dia 1º de janeiro e assume com o compromisso de renovação e ampliação da qualidade dos serviços prestados à população.
Chapa 01 – Gestão 2026–2028
Conselho Diretor
- Provedor: Túlio Luís Resende
- Vice-Provedor: Wanderson Bernardes de Moura
- Secretário: Sérgio Brás Corrêa de Souza
- 1º Tesoureiro: Paulo Alberto Resende Mendes
- 2º Tesoureiro: Doglas Antônio da Silva
- 1º Conselheiro: Túlio Luís Resende Filho
- 2º Conselheiro: José Geraldo de Lima
Conselho Fiscal
- Alcides Miranda de Oliveira
- Carlos Alberto de Souza Lisboa
- Antônio Resende Oliveira
- Suplente: Nilson Vieira da Costa
Patrimônio histórico tombado
Fundado em 1904, com prédio inaugurado em 1910, o Hospital Cassiano Campolina é reconhecido como um importante exemplar do processo de modernização das instituições hospitalares no início do século XX, período marcado pela chamada medicalização.
A edificação segue o modelo da arquitetura hospitalar pavilhonar, na qual os espaços se organizam em torno de uma circulação central, com a presença de pátios internos. O hospital também se destaca como um exemplo da arquitetura eclética, com projeto do arquiteto Edgar Nascentes Coelho.
Construído sobre baldrame de pedra e em alvenaria de tijolos, o prédio apresenta proporção, simetria e centralidade. A fachada monumental, do tipo centrada com bastiões laterais, rompe a horizontalidade do bloco e concentra sua ornamentação na platibanda. Foram amplamente utilizados materiais como tijolos cozidos, telhas francesas, folhas de flandres, ladrilhos hidráulicos, colunas, escadas, abobadilhas e gradis de ferro. No interior, especialmente na capela, destacam-se as pinturas murais do artista italiano Francisco Tamietti, que empregou técnicas como marmorizados, moldes e pinturas em perspectiva, com motivos fitomorfos, guirlandas, ramalhetes, molduras ornamentadas e elementos arquitetônicos.
O acervo de bens móveis e integrados do hospital é oficialmente arrolado e reúne objetos hospitalares, pinturas murais e peças históricas, preservando a memória e a relevância cultural do Hospital Cassiano Campolina ao longo de seus 125 anos de história.


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