A ampliação das regras para o uso do padrão Mercosul em 2026 reacende dúvidas sobre obrigatoriedade, mudanças no emplacamento, custos, identificação de veículos e prazos para quem ainda utiliza o modelo antigo.
A placa Mercosul, implementada no Brasil após a resolução nº 729 de 6 de março de 2018, passou a fazer parte da rotina de motoristas desde 2017, mas segue cercada de dúvidas mesmo após anos de adoção. A informação foi divulgada originalmente pelo portal ND Mais, que destacou que, embora amplamente utilizada, a placa antiga ainda tem validade perante o Código de Trânsito Brasileiro, o que mantém a discussão viva entre proprietários de carros, motos e demais veículos automotores.
Com o avanço da obrigatoriedade, muitas pessoas ainda não sabem exatamente quem precisa migrar para o novo padrão em 2026, especialmente porque algumas regras mudaram ao longo dos anos. Além disso, a crescente digitalização dos processos de emplacamento e alterações na forma de identificação visual fazem com que o tema permaneça relevante, principalmente para quem pretende comprar, vender, transferir ou regularizar um veículo nos próximos meses.
Quem deve adotar obrigatoriamente a placa Mercosul em 2026
Apesar de não ser obrigatória para todos os veículos, a placa Mercosul é exigida para categorias específicas e continuará obrigatória para as mesmas situações em 2026. Assim como reforça o Código de Trânsito Brasileiro, devem aderir ao modelo:
- Veículos novos recém-emplacados;
- Veículos que passaram por transferência de propriedade;
- Automóveis que mudaram de categoria, como táxis que se tornam particulares ou vice-versa;
- Veículos que mudaram de município;
- Carros que possuem placas danificadas e precisam de atualização.
Desse modo, qualquer alteração que exija emissão de nova placa obriga a adoção do modelo Mercosul, independentemente da vontade do proprietário. Entretanto, vale reforçar que quem mantém a placa antiga e não se enquadra em nenhuma dessas situações ainda pode utilizá-la sem problemas legais até que ocorra alguma dessas mudanças.
Diferenças visuais, códigos e cores do novo padrão Mercosul

Além das regras de obrigatoriedade, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre a aparência da placa Mercosul. Isso ocorre porque ela introduziu diferenciações importantes, principalmente no sistema de cores, que agora identifica categorias por meio das tonalidades da borda e dos caracteres — diferentemente do modelo anterior, em que fundo e letras indicavam a função do veículo.
Outra mudança significativa envolve a sequência alfanumérica. A nova placa mantém sete caracteres, porém deixa de seguir o padrão antigo de “LLL-NNNN”, substituindo o segundo número por uma letra e criando combinações especiais. Isso permite maior variação e atende ao aumento constante da frota nacional.

Além disso, houve polêmica envolvendo a retirada da identificação do município e do estado no topo da placa. Originalmente, o modelo Mercosul exibia apenas o país de origem. Entretanto, em 2024, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou o projeto de lei 3214/2023, que recupera a obrigatoriedade de incluir cidade e estado nas placas brasileiras, atendendo à demanda de motoristas e órgãos de fiscalização.
Custos e impacto financeiro da placa Mercosul em 2026
Por outro lado, os custos do novo modelo vêm sendo discutidos desde sua implementação. Em algumas regiões do Brasil, houve queda nos valores de emissão, reflexo da produção em larga escala e da eliminação de certos itens de segurança antigos, que eram mais caros. Assim, veículos que precisam trocar a placa em função de transferência ou mudança municipal podem ser beneficiados pela redução.
Mesmo assim, muitos motoristas manifestam preocupação com possíveis aumentos de demanda em 2026, quando mais pessoas precisarão atualizar o modelo devido a negociações de compra e venda. Dessa forma, entender as regras e os prazos evita gastos inesperados para quem ainda utiliza placas antigas.
Conforme explicou o ND Mais em sua reportagem, as pequenas mudanças previstas ao longo dos meses devem continuar ajustando o padrão de emplacamento, tornando o processo mais transparente e padronizado em todo o território nacional. Com isso, a tendência é que o modelo Mercosul se consolide cada vez mais como referência, especialmente diante do crescimento da frota brasileira.

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