Especialistas alertam que alguns carros usados famosos no mercado brasileiro podem trazer custos elevados e problemas recorrentes. Veja quais não comprar.
Na hora de comprar um carro usado, preço baixo e aparência conservada costumam pesar na decisão. No entanto, nem sempre o que parece vantagem se confirma com o uso diário. Modelos da Volkswagen, Ford, Jeep e FIAT podem lhe trazer muita dor de cabeça no futuro.
No Brasil, certos modelos ganharam valor acessível justamente porque acumulam histórico de falhas, manutenção complexa e desvalorização acentuada.
Esses carros são vendidos em todo o país, continuam circulando em grande número e, por isso, ainda despertam interesse.
O problema surge depois da compra, quando custos inesperados aparecem.
Por isso, especialistas recomendam cautela e reforçam: em alguns casos, não comprar é a escolha mais inteligente.
A seguir, veja cinco carros que exigem atenção máxima antes de qualquer negociação.
Carros usados para não comprar em 2026
Não comprar por impulso: Fiat Marea 2.0 Turbo exige cuidado extremo
O Fiat Marea 2.0 Turbo chama atenção pelo desempenho acima da média e pelo status de “esportivo discreto”. Quando está em boas condições, entrega aceleração forte e prazer ao dirigir.
Entretanto, o conjunto mecânico exige disciplina absoluta. O motor turbo reage mal a qualquer negligência, especialmente em trocas de óleo, correias e sistema de arrefecimento.

Como muitos exemplares passaram por manutenção inadequada ao longo dos anos, o risco de encontrar um carro com problemas ocultos é alto.
Por isso, não comprar sem histórico completo pode evitar um prejuízo significativo, incluindo retífica total do motor.
Não comprar sem pesquisa: Ford Focus, Fiesta e EcoSport automáticos
Entre os compactos e médios usados mais ofertados, Ford Focus, Fiesta e EcoSport automáticos chamam atenção pelo design e pelo pacote de conforto.
No entanto, versões equipadas com o câmbio Powershift acumulam relatos negativos. O sistema apresentou falhas recorrentes, como trepidação, perda de desempenho e travamentos.
Mesmo após ações corretivas, a reputação ficou comprometida. Além disso, reparos costumam ser caros e nem sempre definitivos.

Nesse cenário, não comprar essas versões específicas pode evitar frustração e gastos acima do esperado.
Não comprar sem entender o câmbio: Volkswagen e Audi com DSG antigo
Modelos da Volkswagen e da Audi equipados com o câmbio DSG de sete marchas a seco entregam condução ágil e trocas rápidas.
Contudo, essa eficiência veio acompanhada de fragilidade mecânica em determinadas gerações.
Problemas na mecatrônica, vibrações constantes e falhas internas foram registrados em diversos mercados, inclusive no Brasil.

Mesmo com recalls realizados, esses veículos ainda sofrem rejeição no mercado de usados.
Por isso, especialistas recomendam atenção redobrada. Em muitos casos, não comprar esses carros representa menos risco financeiro a longo prazo.
Jeep Renegade e Compass
Esses modelos conquistaram grande parcela do público no Brasil, porém sofrem com problemas graves de confiabilidade.
As versões com motores aspirados (1.8 e 2.0) e câmbio automático AT6 apresentaram falhas recorrentes, especialmente no trocador de calor, o que podia misturar o óleo da transmissão com a água do radiador. Isso causava superaquecimento e desgaste precoce da transmissão.
Portanto, quem busca um carro usado precisa checar rigorosamente o histórico das manutenções.
Não comprar sem inspeção: Peugeot 206 ainda gera desconfiança
O Peugeot 206 marcou presença nas ruas brasileiras e conquistou muitos motoristas pelo visual e pelo conforto.
Ainda assim, seu legado inclui problemas recorrentes que afetam a confiança do consumidor. A suspensão, pouco adaptada às condições das vias brasileiras, apresenta desgaste acelerado.
Além disso, algumas versões enfrentaram falhas no motor, o que impactou diretamente a reputação do modelo.

Mesmo com a evolução da marca nos últimos anos, não comprar um 206 exige reflexão, especialmente para quem busca baixo custo de manutenção.
Por que esses carros usados aparecem como “bons negócios”?
O principal motivo é o preço. Como esses modelos enfrentam maior rejeição, acabam mais baratos que concorrentes diretos. Isso cria uma falsa sensação de oportunidade.
Por outro lado, peças difíceis, mão de obra especializada e maior chance de defeitos transformam a economia inicial em despesa contínua.
Portanto, não comprar pode significar economizar a médio e longo prazo.
No mercado de usados, informação vale mais que desconto. Carros como Fiat Marea Turbo, Ford com Powershift, Volkswagen e Audi com DSG antigo, Peugeot 206, Jeep Renegade e Compass exigem análise criteriosa e perfil específico de comprador.
Assim, para quem busca previsibilidade e tranquilidade, não comprar esses modelos pode ser a decisão mais racional.
Avaliar histórico, entender limitações e comparar alternativas continuam sendo os melhores caminhos para uma compra segura.
Fonte: AUTO MAIS TV




