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Vivo bate o martelo: em 31 de dezembro de 2025 acaba a concessão do telefone fixo no Brasil, e a operadora vira “autorizada” com a Anatel, promete R$ 4,5 bilhões em fibra e expansão de rede, mas encara pressão do Procon por falhas de serviço

Vivo marca para 31 de dezembro de 2025 o fim da concessão de telefonia fixa no Brasil, migra para regime de autorizada com a Anatel, promete investir R$ 4,5 bilhões em fibra óptica e expansão móvel, mas é cobrada pelo Procon após falhas em Alvorada, no interior do Tocantins brasileiro.

A Vivo decidiu encerrar sua concessão de telefonia fixa no Brasil em 31 de dezembro de 2025, data em que deixa o regime público e passa a atuar como autorizada da Anatel em todo o país. A mudança acompanha o declínio contínuo do uso do telefone fixo e o avanço dos serviços digitais baseados em internet de alta velocidade.

Pelo acordo com a agência reguladora, a Vivo se compromete a investir R$ 4,5 bilhões em expansão de fibra óptica e redes móveis, além de manter o serviço de telefonia fixa onde não houver concorrência suficiente até 2028, ao mesmo tempo em que precisa responder às notificações do Procon por falhas recentes de serviço em Alvorada, no Tocantins.

Vivo encerra concessão e assume regime de autorizada

O movimento da Vivo representa uma mudança estrutural no modelo de prestação de serviço de telefonia fixa no Brasil.

Com o fim da concessão em 31 de dezembro de 2025, a operadora deixa o regime público e passa a atuar sob regime privado de autorização, em alinhamento com o marco regulatório conduzido pela Anatel.

Na prática, isso significa mais flexibilidade contratual para a Vivo, que passa a adaptar suas ofertas às novas demandas tecnológicas dos consumidores, hoje muito mais concentradas em banda larga e telefonia móvel do que na linha fixa tradicional.

A transição faz parte de um esforço nacional para modernizar o setor de telecomunicações, reduzindo o peso de obrigações típicas da era do telefone fixo.

Ao mesmo tempo, a empresa terá de mostrar que a mudança de modelo não reduz a proteção do usuário.

A expectativa é de que a Vivo use o novo regime para acelerar investimentos e não para recuar em qualidade, especialmente em regiões onde o fixo ainda cumpre papel relevante de conectividade básica.

R$ 4,5 bilhões para fibra em 121 municípios e manutenção do fixo

Com o fim da concessão, a Vivo apresentou um plano de investimentos de R$ 4,5 bilhões em infraestrutura de telecomunicações.

Uma parte central desse pacote é a construção de redes de fibra óptica em 121 municípios, ampliando o acesso à internet de alta velocidade e reforçando a presença da marca em cidades onde a cobertura ainda é limitada.

Além da expansão da fibra, a empresa se compromete a manter a telefonia fixa onde não existirem alternativas competitivas até 2028.

Isso significa que, mesmo abandonando o modelo de concessão, a Vivo continua obrigada a garantir que áreas mais vulneráveis ou isoladas não fiquem totalmente descobertas de serviço.

Segundo o plano divulgado, essa alocação de recursos busca melhorar a acessibilidade à banda larga e fortalecer a posição da Vivo em diversas regiões do Brasil, ajustando a operação ao comportamento do consumidor que exige mais velocidade, estabilidade e serviços integrados em casa e no trabalho.

Expansão das redes móveis e foco em áreas carentes de conexão

O pacote de mudanças da Vivo não se limita à fibra óptica. A operadora também se compromete a expandir suas redes móveis em várias localidades, incluindo regiões rurais e áreas urbanas carentes de conectividade digital.

A estratégia é reforçar o sinal e a capacidade da rede em pontos onde ainda há queixas frequentes de instabilidade e baixa cobertura.

A empresa trata essa expansão como fundamental para acompanhar um cenário em que o celular é o principal meio de comunicação da população, e a dependência de internet móvel cresce para trabalho, estudo, serviços públicos e entretenimento.

Ao direcionar parte dos recursos para essas áreas, a Vivo tenta mostrar que o fim da concessão vem acompanhado de um compromisso de reduzir desigualdades de acesso à conectividade, e não apenas de reorganizar contratos com a Anatel.

Notificação do Procon em Alvorada e pressão por respostas da Vivo

Enquanto anuncia investimentos bilionários, a Vivo convive com problemas concretos na ponta do atendimento.

No estado do Tocantins, a operadora foi notificada pelo Procon após reclamações de consumidores em Alvorada, que relataram falhas constantes na telefonia móvel e na internet.

Diante das queixas, o Procon exigiu da empresa explicações técnicas detalhadas sobre as causas das interrupções e instabilidades, além da apresentação de um plano de ação para corrigir as deficiências.

Também foi cobrada a adoção de medidas para compensar os usuários afetados, reconhecendo os prejuízos provocados pelo mau funcionamento dos serviços.

O episódio coloca a Vivo sob pressão em um momento sensível de transição regulatória.

A empresa precisa mostrar que, mesmo mudando de regime com a Anatel, continua comprometida em responder rapidamente a falhas e melhorar a experiência dos clientes, especialmente em cidades menores que dependem muito da conexão da operadora.

Qualidade de serviço e confiança do consumidor na nova fase da Vivo

A combinação de fim da concessão, novos investimentos e cobrança do Procon torna essa fase decisiva para a imagem da Vivo no mercado brasileiro.

A transição para o regime de autorizada só será bem avaliada se vier acompanhada de melhora real na qualidade da rede fixa, da fibra e da cobertura móvel.

Para consolidar a mudança, a empresa terá de cumprir o prometido em fibra óptica nos 121 municípios, manter o serviço onde não há concorrência até 2028 e, ao mesmo tempo, reduzir as falhas que hoje irritam consumidores em locais como Alvorada, no Tocantins. Sem essa entrega concreta, investimentos anunciados tendem a ser vistos apenas como discurso.

A confiança do público dependerá da capacidade da Vivo de unir modernização regulatória, expansão de infraestrutura e atendimento eficiente, especialmente em regiões historicamente negligenciadas.

Na sua cidade, você sente que pode confiar na Vivo para depender da rede fixa e móvel depois do fim da concessão em 31 de dezembro de 2025 ou ainda vê muitos problemas no serviço?

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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