Polícia Civil detalhou investigação que terminou com dois presos em Contagem, na Grande BH
Casal foi preso nesta terça-feira (24) por vender cogumelos alucinógenos, drogas sintéticas e outros entorpecentes. A dupla usava perfil em uma rede social para divulgar os produtos ilícitos, atrair clientes e turbinar as vendas. O caso foi detalhado durante entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (25). O jovem, de 24 anos, e a companheira dele, de 26, foram presos em Contagem, na Grande BH e cultivavam 32 tipos de cogumelos, aponta investigação da Polícia Civil
O perfil na rede social, que tinha quase 1,7 mil seguidores, foi acompanhado pelos policiais durante a investigação, que durou um mês. “Foi constatado o uso de rede social para promoção da venda desses cogumelos. A primeira postagem foi identificada em novembro de 2020”, disse o delegado Thiago Machado, responsável pelo caso.
Machado destacou ainda que não há como alegar que os cogumelos eram comestíveis. Além disso, na residência do casal a polícia encontrou um laboratório para cultivo de 32 tipos diferentes de cogumelos. Ao todo, foram encontrados 120 quilos. Cada grama era vendida por R$ 20.
Os suspeitos usavam lâmpadas específicas, estufa, geladeira, secadora e outros equipamentos que garantiam o cultivo.
“Esses cogumelos são substâncias alucinógenas, devido à presença de uma substância chamada de psilocibina, que é, assim como a cocaína, de uso proscrito. Conforme portaria da Anvisa, se trata de substância não permitida para comércio e uso e, portanto, ensejando na ocorrência de crime de tráfico de droga”, disse o delegado, que alerta que os alucinógenos agem no sistema nervoso central e podem causar náuseas, falta de percepção e problemas na visão.
A mulher nega relação com tráfico de drogas. Já o companheiro disse à polícia que estuda sobre cogumelos há cinco anos, começou a cultivar para consumo próprio e passou a vender para terceiros posteriormente, em razão de dificuldades financeiras.
Tráfico
O casal foi autuado por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc).
Com informações: Itatiaia