Já dura mais de uma hora a nuvem de poeira que tomou os céus de Congonhas (MG) no final desta manhã (13) afetando a vida e a saúde de milhares de moradores que são obrigados a conviver com com uma densa poeira. O problema é recorrente e acontece todos os anos no período do inverno. O tempo seco e ventos fortes espalham o pó que vem das intensas atividades mineradoras no entorno da cidade.
Como não bastasse a preocupação com as barragens de rejeitos que apontam para riscos de rompimento, a população teme pela saúde de todos. Somente duas das maiores mineradoras, uma da CSN e outra da Vale, têm uma área de exploração maior que o território urbano do município.
De acordo com Sandoval de Souza Pinto Filho, técnico em mecânica aposentado, que registra em fotografias o fenômeno desde 2008, a cortina de pó de minério começou por volta das 11:40 da manhã. “Nossa preocupação é que em agosto os ventos são mais fortes. A poeira vem da região da serra Casa de Pedra, Bandeira , Alto João Pereira e da áréa da Vale, lado Plataforma/Coelhos”.
Os registros fotográficos de hoje, publicados no Facebook, tiveram grande repercussão com muitos protestos na rede social. Em julho de 2016, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), o Ministério Público de Minas e as empresas Vale, Ferrous (hoje Vale) e CSN firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a implantação de uma rede de monitoramento da qualidade do ar em Congonhas. Os dados gerados são monitorados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e a cidade é citada como um dos piores de Minas na qualidade do ar.
O Outro lado
Em contado com nossa reportagem, Ana Gabriela Dutra, Secretária Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Congonhas, exigiu a paralisação imediata das operações das atividades das mineradoras até normalização e a intensificação de todas as ações de controle e mitigação de emissão de material particulado. Além disso, todas as ações de fiscalização estão tomadas”, disse a nossa reportagem.
O Promotor Vinicius Alcântara, Curador do Meio Ambiente, adiantou que está oficializando aos órgãos de fiscalização- Prefeitura e FEAM- para tomarem as medidas necessárias. “Ocorrendo uma situação, a primeira medida é a dos órgãos de fiscalização, que tem poder de averiguar, multar, e determinar o que for necessário.Estou oficiando também Para a Polícia Civul, já existe Inquérito em curso para apuraria poluição atmosférica em Congonhas”.