Ela foi sepultada na tarde ontem (16) no Cemitério Municipal de Jeceaba (MG). No sábado (11), ela estava em uma lanchonete, em Congonhas, onde morava, quando passou mal e foi levada a UPA e posteriormente ao Hospital Bom Jesus. Na segunda-feira (13), devido ao estado de saúde complicado, como paradas cardíacas, Jessica foi lencaminhada a Santa Casa, em São Joção Del Rei, onde veio a falecer na noite de ontem (14). Ela era neuropsicóloga, pós graduada em neurociêmncia e educação inclusiva.A jovem trabalhou na Prefeitura de Jeceaba e atualmente exercia a função na Secretaria Municipal de Congonhas onde desenvolvia um tralho pioneiro na área educacional. O óbito de Jéssica tomou a dor e tristeza as cidades de Congonhas e Jeceaba. Seus pais eram donos de um bar na Cachoeira dos Dinizes, em Jeceaba.
Amor a vista
Hoeje o namorado de Jéssica, Iuri Marcel, fez uma declaração emocionada a sua eterna namorada. “Há 4 anos e meio, eu tive o privilégio e a honra de ser escolhido para ser namorado e ser chamado de Amor por um Anjo. Não é exagero. Ela é, de fato, um Anjo.
Ela foi me mostrando e me ensinando coisas que eu não sabia que existiam. Ela me mostrou o que é amar e se sentir amado. Eu achava engraçado o fato de que Ela sempre ficava me olhando, pelo canto dos olhos, em qualquer lugar em que estávamos. Isso acontecia até mesmo sozinhos. Quando Ela percebia que eu notava, imediatamente, tentava disfarçar, olhando para o chão, mas com um sorriso no rosto. Que delícia que era isso…
Ela era uma pessoa simples e muito humilde. Qualquer coisa a fazia se divertir. Tudo era novidade e seus olhos brilhavam encantados para qualquer situação com a qual ela não estava acostumada.
Ela dedicou sua vida aos estudos e ao trabalho. Foi chamada para trabalhar como neuropsicopedagoga na APAE de Congonhas, lugar no qual exerceu a sua profissão com maestria e era muito feliz.
Além disso, Ela fazia atendimentos particulares como neuropsicopedagoga às sextas-feiras e aos sábados em uma clínica, lugar em que ela, literalmente, pagava para trabalhar, já que muitos pais de pacientes não a remuneravam. Tal fato me causava bastante revolta. Inclusive, sugeri abrirmos processos contra esses pais. Em contrapartida, ela com um sorriso lindo no rosto e com a maior humildade e delicadeza do mundo, respondeu-me: “o meu pagamento, amor, é ver a evolução dos meus pacientes e o reconhecimento dos pais pelo progresso alcançado”.
Portanto, Ela era uma pessoa desprendida de coisas materiais. Situação típica de seres iluminados, além de se sensibilizar, sempre, pelos problemas alheios e fazer destes problemas os seus.
Ela plantou sementes importantíssimas para políticas públicas municipais no tocante à saúde mental. Doravante, é meu dever manter o seu legado e dar continuidade aos seus projetos”.