Enquanto o Sul do Brasil costuma dominar o imaginário nacional quando se fala em baixas temperaturas, é em Minas Gerais que está um dos lugares mais frios e encantadores do país: o vilarejo de Lavras Novas, distrito de Ouro Preto. Com apenas 1.500 habitantes e situado a mais de 1.200 metros de altitude na Serra do Espinhaço, o local raramente vê os termômetros ultrapassarem os 20 °C — mesmo no verão.
Essa condição climática única transformou o vilarejo em um refúgio serrano ideal para quem busca descanso, clima ameno e proximidade com a natureza. Cercado por vales, montanhas e vegetação preservada, Lavras Novas combina tranquilidade com infraestrutura turística de qualidade, oferecendo pousadas charmosas, gastronomia premiada e atividades de ecoturismo.
Vila histórica, clima europeu
Fundada em 1706, durante o ciclo do ouro, Lavras Novas recebeu esse nome pelas “novas lavras” mineradoras descobertas à época. Hoje, o verdadeiro tesouro local está na qualidade de vida, no clima ameno e na atmosfera de interior, que remete a cenários de filmes de época.
O vilarejo preserva sua arquitetura colonial com ruas de pedra, casas coloridas e igrejas centenárias, como a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, de 1762, e a Capela de Sant’Ana. O pôr do sol visto do alto das serras completa o cenário bucólico e cinematográfico.
O frio constante é apenas uma das atrações do lugar. Lavras Novas é um paraíso para o ecoturismo, com trilhas entre montanhas, cachoeiras preservadas e passeios de quadriciclo. Destaques da natureza local incluem a Cachoeira do Castelinho, a Cachoeira dos Namorados, a Cachoeira do Falcão e o Mirante da Pedra.
Já a gastronomia encanta por unir sabores típicos da culinária mineira, como feijão tropeiro, frango com quiabo e torresmo crocante, a pratos mais sofisticados preparados com ingredientes da região. Restaurantes com vista para as montanhas, decoração rústica e cartas de vinho selecionadas elevam a experiência a um novo patamar.
Capital da tranquilidade
Em tempos de agitação constante, Lavras Novas virou sinônimo de calma, hospitalidade e autenticidade. Nas redes sociais, não faltam registros de visitantes encantados com o silêncio do vilarejo, o toque do sino da capela e o som dos pássaros entre as montanhas.
Mesmo nos finais de semana, quando o turismo cresce, o vilarejo mantém sua essência: movimentado, mas nunca apressado. Bares com música ao vivo animam as noites sem tirar o sossego característico das cidades do interior.
FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO