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Nokia tijolão: por que era inquebrável, o sucesso do icônico jogo da cobrinha e o legado que marcou gerações

Com visual simples e fama de indestrutível, o Nokia 3310 completa 25 anos como um dos celulares mais icônicos da história

Antes da chegada dos smartphones modernos, o mundo conheceu celulares bem mais simples. Fazer ligações e enviar mensagens era tudo o que se esperava de um aparelho. Entre esses modelos básicos, um se destacou e virou símbolo de uma era: o Nokia 3310. Lançado em setembro de 2000, o aparelho completa 25 anos como um dos celulares mais lembrados da história.

Na época, o celular foi vendido em várias cores, mas o modelo azul tradicional se tornou o mais icônico. No Brasil, ficou popularmente conhecido como o “indestrutível” Nokia tijolão.

Sua fama de resistente ganhou tanta força que ele virou meme nas redes sociais e continua sendo lembrado por sua carcaça quase inquebrável.

Em 2017, a Nokia lançou uma versão atualizada do 3310. A releitura moderna manteve o visual fiel ao original, com pequenas mudanças no design e algumas funções novas.

O novo modelo ganhou entrada para cartão microSD, saída para fone de ouvido e carregamento via USB. Mesmo assim, seguiu básico.

Não tinha Wi-Fi, GPS nem funções mais modernas dos smartphones atuais. Mas trouxe de volta o clássico jogo da cobrinha.

Antes dos smartphones

Na época de seu lançamento, o 3310 chegou em um cenário sem iPhone da Apple ou Galaxy da Samsung.

A Nokia dominava o mercado, junto de marcas como Motorola e BlackBerry. O modelo antecessor, o Nokia 3210, já havia vendido mais de 160 milhões de unidades.

Mesmo assim, o 3310 conquistou seu espaço e se tornou uma verdadeira referência.

Resistência e bateria duradoura

Segundo a própria empresa, mais de 126 milhões de unidades do 3310 foram vendidas no mundo. Um sucesso global.

E com bons motivos: além de fazer ligações e enviar SMS, o aparelho tinha uma bateria que durava dias. Em tempos de carregadores a todo momento, essa autonomia faz falta.

O celular também se destacava por sua resistência. Sua estrutura de plástico rígido e os componentes bem protegidos criaram a fama de que o aparelho não quebrava.

Enquanto os smartphones de hoje podem trincar com uma única queda, o 3310 era visto como “inquebrável”. Essa reputação se espalhou e virou piada recorrente na internet.

Outro ponto marcante era o tamanho. O celular era pequeno e cabia no bolso com facilidade. Tinha cantos arredondados, interface simples e um teclado físico fácil de usar.

Nada de telas sensíveis ao toque ou câmeras potentes. A tela monocromática do 3310 tinha apenas 84 x 48 pixels. Mesmo assim, cumpria bem seu papel.

Os toques monofônicos também marcaram época. E havia um diferencial: o usuário podia criar seus próprios toques musicais. Uma função simples, mas que fez sucesso entre os donos do aparelho.

O sucesso do jogo da cobrinha

No quesito entretenimento, o destaque era o jogo Snake II, também conhecido como o famoso jogo da cobrinha.

A brincadeira consistia em guiar uma cobra pela tela, comendo pontinhos e crescendo cada vez mais. Quanto maior a cobra, mais difícil ficava controlar os movimentos. Era um desafio viciante.

A primeira versão da cobrinha foi lançada em 1976, como um jogo de arcade chamado Blockade. Com o tempo, o estilo ganhou novas versões.

Mas foi no Nokia 3310 que a brincadeira virou febre. A bateria durava dias, e isso permitia jogar sem se preocupar com recargas constantes.

Do infravermelho ao toque moderno

O Snake II foi a evolução de um jogo que já estava presente no Nokia 6110, em 1998. Na época, o programador Taneli Armanto desenvolveu o game para aproveitar o infravermelho do celular, permitindo partidas entre dois jogadores.

A ideia veio da equipe de marketing da empresa, mas acabou funcionando mesmo no modo individual.

O legado do Nokia 3310

Outras versões foram lançadas depois, como Snake III, Snake EX e Snake Subsonic. Nenhuma teve o mesmo impacto do Snake II. Mesmo assim, o estilo continua vivo.

Hoje, é possível baixar jogos semelhantes em lojas de aplicativos como Google Play Store e Apple Store.

A história do Nokia 3310 mostra como um aparelho simples, mas eficiente, pode marcar gerações. Seu legado vai além do número de vendas ou do design.

Ele representa uma época em que a tecnologia era mais direta, e talvez, por isso mesmo, mais duradoura.

Com informações de CNN.

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