Ar-condicionado, geladeira, PC e air fryer lideram o ranking dos aparelhos mais pesquisados em todo o país
O consumo de energia elétrica aumentou 1,7% em todo o país no último mês de junho, segundo dados do Sistema Interligado Nacional (SIN), que monitora a carga mensal de megawatts consumidos. Diante do maior gasto energético e dos seus consequentes custos, cresce o interesse dos brasileiros em utilizar a energia de maneira mais sustentável.
Como a informação é o passo que precede a mudança de comportamento, tem-se notado um crescimento nas pesquisas relacionadas a eletrodomésticos e consumo de energia no Google. Um estudo realizado em julho de 2025 pela fornecedora de energia limpa Bulbe Energia mostrou os 10 eletrônicos que mais despertam dúvidas entre os usuários.

A curiosidade pelo custo gerado no uso de cada utensílio doméstico ou empresarial não foi o único tópico relevante do relatório produzido. No intervalo de um ano, de julho de 2024 a julho de 2025, as buscas por assuntos relacionados aumentaram exponencialmente: “energia e consumo” (+1.300%), “consumo responsável de energia” (+366,67%) e “consumo de energia residencial” (+250%).
Alternativas sustentáveis em MG
Frente ao encarecimento no custo total do consumo de energia elétrica, existe a procura por opções efetivas para redução e uso consciente da eletricidade. O governo de Minas Gerais, por exemplo, se antecipou à bandeira vermelha e ampliou o Regime Especial de Tributação para geradores de energia elétrica, como forma de incentivo a esta fonte de geração limpa.
O território mineiro se apresenta como um dos expoentes no interesse por matrizes renováveis e consumo sustentável. Segundo relatório da Bulbe Energia, os termos “uso consciente de energia elétrica” e “consumo consciente de energia” cresceram, respectivamente, 200% e 100%, entre julho de 2024 e junho de 2025, no estado de Minas Gerais.
Com relação à curiosidade sobre os aparelhos e seu custo energético, a lista dos 10 mais pesquisados se distancia da que foi apurada em nível nacional. No ranqueamento de ordem decrescente, aparecem: fogão elétrico; geladeira; chuveiro elétrico; aquecedor portátil; máquina de lavar; freezer vertical/horizontal; micro-ondas; notebook; forno elétrico; e panela de pressão elétrica.

Os aparelhos listados pelos usuários que foram ao Google procurar informações sobre o consumo de energia elétrica sinalizam aspectos de cotidianidade. Isto é, um interesse genuíno em entender os custos das facilidades do mundo moderno.
Como calcular o consumo de energia de eletroeletrônicos
Em agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) adotou a tarifa da bandeira vermelha, no patamar 2. Isso significa um custo adicional de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumido.
Além disso, com a 2ª edição do boletim InfoTarifa, a projeção dos índices de reajuste da energia elétrica, que era de 3,5%, sobe para 6,3% no efeito médio projetado. A justificativa, publicada no portal do órgão, fala dos valores homologados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O contexto, no cenário geral, sugere preços mais altos na conta de energia.
Conhecer os custos médios de cada eletroeletrônico e aprender a calcular o consumo de energia aparecem como passos fundamentais para aqueles que pretendem economizar, o que corresponde a uma parcela cada vez maior de consumidores de acordo com o levantamento da Bulbe.
Existem algumas etapas que podem facilitar o processo:
⦁ Primeiro, é importante verificar a potência do eletrodoméstico ou eletrônico, geralmente indicada em Watts (W) e presente no manual de instruções do produto;
⦁ Depois, deve-se calcular uma estimativa de quanto tempo o produto é mantido em uso, e convertê-la em horas;
⦁ O consumo de energia é calculado através da multiplicação da potência em watts pelo tempo em horas, e o produto desta multiplicação deve ser dividido por 1000;
⦁ Esse valor, medido em quilowatt-hora (kWh), deve ser multiplicado pelo valor indicado na tarifa de energia vigente no estado do consumidor.