Números ainda extraoficiais da Basílica estimam em cerca de 300 mil o número de romeiros neste Jubileu. Dom Airton José dos Santos, Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, celebrou as missas de abertura e a deste domingo (14/09), seguida da benção final, ao lado do Monsenhor Nedson e sacerdotes da Argentina e de Portugal, diante de uma multidão devota do Bom Jesus. A 244ª edição da festividade foi realizada pela Arquidiocese de Mariana, por meio da Basílica de Congonhas, com apoio da Prefeitura de Congonhas, que ofereceu infraestrutura e serviços aos participantes.
O pároco da Igreja Matriz do Bom Jesus de Matosinhos, em Portugal, Emanuel Brandão, declarou durante a Santa Missa deste domingo: “Estou com muita emoção, porque estou a ver as pessoas celebrarem com essa vivacidade. Sente-se que vem do coração, com esta alegria, com esta esperança que renova também a minha fé. Nós, em Portugal, somos um bocadinho frios, um pouco formais. Estava ali a contemplar os vossos rostos e notava-se que havia ali uma intensidade da fé que, eu acho, tendes muito a oferecer ao mundo. Diria que a fé cristã veio de lá [do Velho Continente e do Oriente] para cá e agora acho que é preciso ir daqui para lá. Precisamos de vossos testemunhos de fé, da vossa alegria para nos entusiasmar a todos. É tão importante sentir que este Cristo crucificado é o Cristo ressuscitado, que está vivo. A imagem do Senhor de Matosinhos tem os pés separados, o que significa que ele está no meio de nós. E por outro lado, tem um olho virado para a Terra e outro para o Céu. Pra dizer o seguinte: estamos envolvidos pelo amor de Deus, mas nosso destino é o Céu”.
Feliciano Mendes trouxe, no passado, uma imagem do Bom Jesus, de Matosinhos, e agora a comitiva de provedores da Santa Casa de Misericórdia de Matosinhos, presente em Minas Gerais para visitar cidades do Circuito da Devoção ao Bom Jesus, como Congonhas durante o Jubileu, trouxe uma pequena réplica e presenteou igrejas onde esta devoção está presente na região central do estado. Além disso, foi ofertado ao Museu de Congonhas um ex-voto em porcelana portuguesa, peça de grande valor simbólico e cultural, que permanecerá como marco desta parceria internacional no acervo do museu. “Fiquei muito feliz em Congonhas, porque fizeram uma procissão com a imagem que trouxemos, desde a Igreja do Rosário até aqui o Santuário”, diz padre Emanuel, que completou:
“Quero agradecer muito, em primeiro lugar, o acolhimento que nos dispensaram, acima de tudo pelo testemunho da vossa fé”.
Na concepção de Dom Airton, “o Jubileu de Congonhas é sempre uma novidade. As pessoas vêm de todos os lugares por devoção e por piedade e fazem isso com muita sinceridade. Se Deus quiser, no ano que vem, vamos ter muito mais gente, porque as pessoas vão conversando, umas com as outras, convidando mais gente para vir ao Jubileu. Se cada pessoa traz mais uma, a multidão dobra de tamanho. É assim que funciona, a fé e a esperança do nosso povo católico se manifesta na devoção ao Bom Jesus”.
“Para todos os participantes, aos devotos do Bom Jesus, a benção do Deus todo poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo, amém!”, finalizou o Arcebispo de Mariana.
Um desses devotos é o Sr. José, de 77 anos de idade, de Senhora dos Remédios, e que vem a Congonhas há 70 anos durante o Jubileu. Desta vez, testemunhou que, “graças ao Bom Jesus, ia operar de uma hérnia, mas não precisou operar”.
Já para o jovem Mailson, de Catas Altas da Noruega, este foi o primeiro ano. “Gostei bastante do Jubileu e da cidade. É um lugar bonito e aconchegante. Pessoal que abraça a gente, todo lugar que a gente vai, encontra segurança, as pessoas perguntando se precisamos de alguma coisa, se estamos gostando da festa. E lugar de devoção, somos romeiros, viemos fazer nossos pedidos ao Bom Jesus e agradecer também graças alcançadas”, completou.
Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas