A cidade histórica de Congonhas vive dias de sufoco. A poeira que se espalha no ar, resultado direto da intensa atividade mineradora, tornou-se insuportável para quem mora na região. Ruas, casas, escolas e até hospitais convivem diariamente com a camada cinzenta que adoece a população e pressiona um sistema de saúde já no limite.
Nesse cenário, o ex-vereador Leleco apresentou uma proposta ousada: criar um projeto de lei que obrigue a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a arcar com a conta da Copasa no município. A ideia é simples, mas carrega peso social e político. Se a CSN é apontada como a principal responsável pelo pó que contamina o ar, nada mais justo, segundo o ex-parlamentar, que ela compense os moradores custeando o fornecimento de água.
“Congonhas não aguenta mais viver sufocada. O povo está doente, o hospital está cheio e quem paga a conta é sempre o cidadão. A CSN precisa assumir essa responsabilidade”, afirmou Leleco em vídeo divulgado nas redes sociais.
A proposta tem eco imediato nas ruas. Entre a indignação e a esperança, a população se vê representada em uma iniciativa que confronta a força econômica da mineradora. Para muitos, trata-se de uma reparação mínima diante do quadro alarmante de doenças respiratórias, alergias e problemas ambientais que se agravaram nos últimos anos.
O vídeo com a declaração do ex-vereador circula e alimenta um debate necessário: até quando Congonhas vai suportar viver debaixo da poeira, sem que a responsabilidade seja dividida por quem lucra com ela?