Investigações sobre um desaparecimento registrado no dia 23 de setembro em Conselheiro Lafaiete, região Central do estado, indicaram que o jovem, Matheus Paulo Longuinho Alves, de 24 anos, foi torturado e morto. O corpo da vítima foi localizado na última quarta-feira (1/10), e dois suspeitos de serem os executores do crime, de 32 e 15 anos, foram detidos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na sexta-feira (3/10), em razão de mandados judiciais.
De acordo com os levantamentos realizados pela equipe de investigação de homicídios da Delegacia Regional em Conselheiro Lafaiete, os suspeitos de envolvimento no caso fazem parte de um grupo ligado ao tráfico de drogas. Já o motivo das agressões seria o fato de a vítima supostamente ter furtado uma motocicleta.
As apurações indicam que a vítima foi atraída ao local onde a organização costumava comercializar entorpecentes. Ali, recebeu os primeiros golpes e foi colocada à força em um veículo para levar os indivíduos até a moto que ela teria subtraído. Em seguida o carro se dirigiu ao conhecido Morro do Pink Floyd e, no local, o jovem foi submetido a homicídio mediante tortura.
Segundo a delegada Elenita Pyramo, no curso das investigações, o automóvel usado no transporte da vítima, bem como o motorista foram identificados. “O rastreamento do veículo e as imagens obtidas durante o trajeto, inclusive, demonstraram que ele permaneceu cerca de 20 minutos no local da execução, corroborando que a vítima foi friamente torturada por longo período e morta”, observa.





Investigações
Tão logo foi informada do desaparecimento, a PCMG iniciou as apurações e as buscas, que contaram com apoio do Corpo de Bombeiros Militar. As equipes utilizaram drones e realizaram levantamentos em diversos pontos. Depois de aproximadamente uma semana, o corpo foi encontrado na localidade onde houve a execução.
Com base nas investigações, a Polícia Civil identificou cinco suspeitos de participação nos fatos. Além dos dois detidos no fim da semana – o homem de 32 anos preso preventivamente e o adolescente apreendido por medida socioeducativa – outros três, de 17, 19 e 32, são investigados.
A delegada informa que, no decorrer dos trabalhos, os adolescentes chegaram a assumir a autoria na tentativa de proteger o líder do grupo. “Entretanto, as diligências da Polícia Civil foram fundamentais para desmontar totalmente tal narrativa e comprovar que havia um mandante — o verdadeiro responsável por ordenar e também participar da execução”, completa Elenita ao ressaltar o apoio da Polícia Militar durante as etapas da apuração.
“Hoje podemos afirmar com convicção que conseguimos elucidar toda a dinâmica do crime, identificar quem planejou, quem executou e como a vítima foi cruelmente assassinada”, finaliza o delegado regional, Maurício Carrapatoso, adiantando que os levantamentos prosseguem para a localização dos demais suspeitos.