Novo Chevrolet Bolt 2027 traz recarga rápida, motor inédito e porta NACS padrão Tesla, prometendo revolucionar o segmento de elétricos acessíveis com mais autonomia, preço competitivo e tecnologia de direção semiautônoma.
O Chevrolet Bolt 2027 estreia como a aposta de entrada da GM para carros elétricos, trazendo autonomia estimada de 410 km, carga rápida de até 150 kW e porta NACS, o padrão dos Superchargers da Tesla.
O modelo foi apresentado com preço inicial de US$ 29.990 nos EUA e terá produção para as primeiras entregas no começo de 2026, reposicionando a Chevrolet no segmento de elétricos acessíveis.
Carga mais rápida e viagens sem paradas longas
A evolução mais sentida está na recarga. O Bolt anterior limitava-se a 50–55 kW em DC e exigia paradas extensas em viagens.
Agora, o novo hatch adota hardware compartilhado com modelos maiores da GM, como o Equinox EV, e eleva a potência máxima para 150 kW, reduzindo o tempo de 10% a 80% para 26 minutos, um salto superior a 2,5 vezes sobre a geração passada.
Na prática, isso aproxima o desempenho de carros como Nissan Leaf e Ford Mustang Mach-E e supera compactos elétricos que ficam em 100 kW.
Padrão Tesla de fábrica e acesso facilitado a Superchargers
O Bolt 2027 é o primeiro Chevrolet com porta NACS nativa, eliminando a dependência de adaptadores para usar a rede Supercharger na América do Norte.
Para recarregar em outras redes com padrão CCS, o proprietário poderá usar adaptadores CCS→NACS.
O sistema plug and charge passa a simplificar a experiência: basta conectar o cabo para iniciar a sessão, recurso que a GM promete expandir gradualmente entre parceiros.
Autonomia, bateria LFP e eficiência
A autonomia sobe marginalmente em relação ao Bolt EUV anterior e passa a ≈ 410 km por carga, segundo a estimativa da GM.
O pacote inclui bateria LFP de 65 kWh, tecnologia conhecida por maior robustez e menor custo, e calibração de software que inclui pré-condicionamento para otimizar a recarga rápida em baixas temperaturas.
Em testes internos de desenvolvimento, a média de consumo registrada ficou em ≈ 5,0 km/kWh, com múltiplas sessões de carregamento em diferentes redes.
Novo motor X76 e eletrônica de bordo mais moderna
A mecânica elétrica também muda.
O Bolt adota a unidade motriz X76, de tração dianteira, recém-calibrada para melhorar eficiência e reduzir perdas.
O conjunto utiliza ímãs segmentados no motor de ímã permanente e inversor com carbeto de silício, soluções que favorecem rendimento e controle térmico.
Em conjunto, a nova arquitetura elétrica Global B (Vehicle Intelligence Platform) viabiliza mais recursos de software e atualizações mais rápidas.
Interior com telas maiores e Google integrado
Por dentro, o Bolt 2027 traz painel digital de 11 polegadas e multimídia de 11,3 polegadas com Google integrado para navegação, assistente de voz e planejamento de rotas com paradas de carga.
A interface passa a indicar estações compatíveis e a preparar previamente a bateria para otimizar o tempo de recarga em DC.
O pacote de assistências inclui mais de 20 itens de série, e o Super Cruise estará disponível, permitindo condução sem as mãos em rodovias mapeadas, com troca automática de faixa nas versões compatíveis.
Estratégia de preço e posicionamento
Com US$ 29.990 no lançamento e uma versão ainda mais acessível prometida para a sequência do ano-modelo, o Bolt volta a ocupar o espaço de EV mais barato dos EUA, mirando consumidores que desejam autonomia útil e infraestrutura de recarga mais ampla por um valor abaixo de US$ 30 mil.
A GM enxerga no Bolt e no Equinox EV a base de seu volume de elétricos em 2026, após a retomada do interesse por modelos acessíveis.
De “carro urbano” a companheiro de estrada
No ciclo anterior, o Bolt EUV ficou conhecido pelo preço competitivo e pelo uso cotidiano eficiente, mas a recarga lenta dificultava deslocamentos longos, especialmente em clima frio.
Segundo o engenheiro-chefe Jeremy Short, essa percepção mudou com o novo pacote: “Antes era visto como um carro urbano. Agora é um verdadeiro veículo para viagens longas.”
A combinação de 150 kW, NACS e novas rotas com pré-condicionamento sustenta essa guinada.
O que muda em relação a rivais diretos
O Nissan Leaf permanece como a alternativa mais próxima em preço e proposta, enquanto o Ford Mustang Mach-E oferece desempenho superior por valores mais altos.
Em potência de carga, o Bolt agora iguala a meta de 150 kW difundida em elétricos de volume e supera concorrentes compactos que ainda limitam a 100 kW, como Kona Electric e Niro EV.
A estimativa de autonomia de 255 milhas (≈ 410 km) coloca o Chevrolet no topo do recorte até US$ 30 mil, favorecendo rotas intermunicipais com menos paradas.
Produção, componentes e escopo do projeto
Embora mantenha a silhueta do modelo anterior, a Chevrolet afirma que mais de 50% das peças são novas ou modificadas, incluindo motor X76, módulos de freio e sistemas eletrônicos.
O veículo será montado com componentes domésticos e internacionais na unidade da GM em Kansas City, com início das entregas previsto para o início de 2026.
A marca descreve o projeto como série limitada, estratégia que ajuda a equilibrar custos e capacidade industrial no retorno do nome Bolt após a pausa de 2023.
“Substituto do Corsa” no espírito, não na forma
O paralelo com o Corsa mira o posicionamento: compacto, preço acessível e foco em praticidade urbana, agora adaptados ao cenário elétrico.
Com NACS de fábrica, 150 kW de carga, autonomia de 410 km e assistências modernas, o Bolt 2027 atualiza a fórmula de um Chevrolet popular para um público que quer sair da cidade sem sofrer com paradas demoradas.
Resta saber como esse pacote dialogará com eventuais planos locais de preço, tributação e infraestrutura quando — e se — o modelo ganhar previsão oficial para o Brasil.
Com essa combinação de preço, recarga mais rápida e acesso direto aos Superchargers, o Bolt 2027 tem perfil para atrair motoristas que adiaram a compra de um elétrico por causa da autonomia e do tempo de carga; no seu caso, o que mais pesaria na decisão de compra: preço abaixo de US$ 30 mil, acesso à rede Tesla ou a promessa de 26 minutos do 10% ao 80%?
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS