Em 2025, o 13º salário volta a exigir atenção e disciplina financeira por causa dos juros elevados e do aumento das compras impulsivas
A chegada do 13º salário em novembro de 2025 movimenta novamente a economia brasileira.
E, portanto, reacende discussões entre economistas e instituições de defesa do consumidor.
Segundo o Dieese, o benefício deve injetar R$ 321,4 bilhões até dezembro.
Esse montante representa 3% do PIB brasileiro.
O valor alcança 92,2 milhões de trabalhadores.
A média adicional é de R$ 3.096,78 por pessoa.
Entretanto, o cenário de juros altos aumenta o risco de endividamento.
As promoções de fim de ano estimulam decisões financeiras precipitadas.
O cenário econômico que pressiona o consumidor
O debate ganha força porque os juros seguem elevados em todo o país.
Segundo o Procon-SP, a Selic permanece em 15% ao ano em 2025.
O crédito continua caro para famílias e trabalhadores.
A taxa média de empréstimo pessoal chegou a 8,16% ao mês.
O cheque especial permanece em 8% ao mês.
Esse índice corresponde ao limite máximo do Banco Central.
Consequentemente, a combinação entre renda extra e crédito caro cria risco real.
Muitos confundem desconto com oportunidade financeira segura.
A diretora adjunta do Procon-SP, Elaine da Cruz, reforça o alerta.
Ela afirma que “o crédito segue caro e o consumidor deve avaliar a real necessidade antes de assumir dívidas”.
Como o texto dos especialistas orienta o uso do benefício
Os especialistas defendem que o 13º seja usado com estratégia.
Eles recomendam priorizar dívidas de juros altos.
O pagamento do cartão de crédito deve vir antes de qualquer compra.
O mesmo vale para o cheque especial.
Segundo Ahmed Khatib, o valor deve ser tratado como parte do orçamento anual.
Ele explica que o 13º não é dinheiro extra.
Por isso, ele afirma que “pagar dívidas caras gera retorno maior que qualquer investimento”.
O papel das emoções nas decisões financeiras de fim de ano
O debate também envolve o aspecto emocional.
De acordo com Khatib, o cérebro interpreta o 13º como prêmio.
Isso ativa impulsos de consumo.
Três mecanismos influenciam esse comportamento: recompensa, alívio emocional e autoengano financeiro.
Dessa forma, ele orienta adiar compras por 48 horas.
Ele também recomenda questionar “eu quero ou eu preciso?”.
Ainda assim, ele defende reservar 10% para pequenos prazeres.
Ele afirma que o equilíbrio emocional faz parte do planejamento financeiro.
A visão complementar sobre equilíbrio e moderação
O professor Rodrigo Rocha, da Universidade Tiradentes, amplia o debate.
Ele afirma que a boa gestão do 13º exige equilíbrio emocional.
Ele também afirma que celebrar o fim de ano é saudável.
Entretanto, isso precisa ocorrer com moderação.
Segundo ele, “o problema não é o prazer, mas sim o excesso”.
Estratégias práticas defendidas pelos especialistas
Portanto, quem recebe o benefício pode adotar práticas claras.
Entre elas estão:
- Quitar dívidas de juros elevados.
- Criar reserva de emergência pessoal.
- Planejar o uso antes de receber o valor.
- Evitar comparações sociais no fim de ano.
- Equilibrar emoção e racionalidade diariamente.
- Reconhecer gatilhos que estimulam o consumo.
O 13º em 2025 e o impacto para o início de 2026
O 13º salário existe desde 1962.
Ele é direito de trabalhadores formais, rurais, urbanos e domésticos.
Aposentados e pensionistas do INSS também recebem o valor.
A primeira parcela deve ser paga até 30 de novembro de 2025.
A segunda parcela deve ser quitada até 20 de dezembro de 2025.
Portanto, usar o benefício com planejamento ajuda no início de 2026.
Essa estratégia reduz pressões financeiras em janeiro.
Ela também prepara o trabalhador para despesas tradicionais.
Por fim, os especialistas reforçam que disciplina emocional e organização financeira definem os resultados.
Como conclui Khatib, “usar o 13º de forma inteligente é começar o próximo ano com menos dívidas e mais tranquilidade financeira”.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS



