A tarde deste domingo (23/11) ficou marcada por uma tragédia de proporções impressionantes na MG-030, pouco antes do distrito de Lobo Leite, entre Congonhas e Ouro Branco. Uma violenta colisão entre uma carreta e um carro provocou um cenário de destruição que chocou equipes de resgate e motoristas que passavam pelo local. O impacto foi tão brutal que o veículo conduzido pelo congonhense Ronan Souza Neves partiu ao meio, ficando completamente irreconhecível. Parte do carro foi arremessada abaixo da ponte que corta o trecho, enquanto a outra metade permaneceu sobre a via, totalmente destruída. Destroços ficaram espalhados por dezenas de metros.
Os socorristas que chegaram ao local constataram que Ronan morreu ainda no local, sem qualquer chance de sobrevivência diante da força da batida. A rodovia precisou ser totalmente interditada para os trabalhos de resgate e remoção dos veículos. Natural de Lobo Leite, em Congonhas, Ronan Souza Neves era motorista de carreta e nas horas de folga trabalhava com aplicativo. A vítima era muito conhecida e querida por amigos e familiares e teve sua morte lamentada nas redes sociais, onde diversas mensagens de pesar foram publicadas, destacando seu sorriso, sua generosidade e o carinho que sempre demonstrou com todos ao seu redor. Ele deixa duas filhas.
Rodovia da morte
A morte registrada neste domingo expõe uma verdade amarga que moradores e motoristas repetem há anos: o trecho onde o acidente aconteceu é uma armadilha mortal e foi municipalizado há mais de 3 anos. Quem precisa trafegar pela MG-030, sobretudo nos horários de maior fluxo, vive sob constante risco. A rodovia, que já era perigosa, se transformou em um corredor de caminhões e carretas após a instalação de grandes empresas e mineradoras no entorno.
O resultado é um trânsito pesado, agressivo e marcado por sucessivas tragédias. São inúmeros relatos de acidentes violentos, colisões frontais, veículos destruídos e vidas interrompidas — muitos deles com vítimas fatais. A nova tragédia reacende, de forma dolorosa, a cobrança por medidas urgentes, antes que mais famílias sejam devastadas por um trecho que há muito clama por segurança.