O município de Belo Vale vive uma situação de preocupação crescente diante do desaparecimento de animais comunitários que fazem parte do cotidiano da população. Moradores e cuidadores voluntários têm relatado que cães que circulam em diferentes pontos da cidade estariam sendo retirados sem autorização e levados para outros municípios, principalmente para Congonhas.
Segundo os relatos, esses animais são reconhecidos pela comunidade e acompanhados há anos. Embora não tenham um tutor individual, recebem alimentação, vacinas, vermífugos, cuidados veterinários e são monitorados por voluntários que se responsabilizam por seu bem-estar. Muitos deles já se tornaram parte do convívio diário da população, criando vínculos afetivos com comerciantes, moradores e trabalhadores do centro e dos bairros.
A retirada desses cães tem provocado revolta e grande angústia entre cuidadores e protetores. Em alguns casos, após mobilização da própria comunidade — com troca de informações, buscas e divulgação nas redes sociais — foi possível localizar e resgatar animais levados para Congonhas, garantindo o retorno deles aos locais onde viviam. No entanto, outros continuam desaparecidos, sem qualquer informação sobre sua localização ou sobre os responsáveis pela remoção.

Especialistas e protetores destacam que a retirada forçada desses animais configura violação ao bem-estar animal, podendo ser caracterizada como abandono e maus-tratos, conforme a legislação vigente. Animais comunitários são adaptados ao território onde vivem, têm rotina de alimentação e abrigo e dependem desse ambiente para manter sua segurança. Quando deslocados, ficam vulneráveis a acidentes, fome, brigas, doenças, desorientação e até morte.
A ausência de esclarecimentos oficiais sobre a possível origem das remoções aumenta o clima de insegurança entre os moradores. A população teme que mais animais sejam retirados e cobra respostas sobre quem estaria realizando essas ações consideradas cruéis e injustificadas.
Diante do cenário, moradores e voluntários sugerem uma série de medidas que podem ajudar a coibir e combater essas práticas:
- Registro formal de todos os casos de desaparecimento, com identificação dos animais;
- Solicitação de esclarecimentos às autoridades municipais sobre a origem das ações e eventual responsabilização dos envolvidos;
- Campanhas de conscientização sobre o papel dos animais comunitários e sobre a legislação de proteção animal;
- Implantação de identificação por microchip e acompanhamento sistemático dos pontos onde os animais vivem;
- Criação de protocolos municipais de proteção e comunicação direta com cuidadores para denúncias e emergências.
A comunidade de Belo Vale tem se mobilizado para reforçar a proteção dos animais e denunciar possíveis movimentações suspeitas. Cuidadores e moradores afirmam que não aceitarão que a prática continue, classificando a situação como uma “violência silenciosa” contra seres indefesos que fazem parte da rotina da cidade.
“Os animais comunitários são parte da nossa vida, do nosso espaço e merecem respeito, cuidado e segurança”, afirmam voluntários que acompanham os casos. A população espera que as denúncias levem a ações efetivas e que os animais remanescentes possam permanecer protegidos em seus territórios.
APELO URGENTE: Quem vir o cachorrinho, por favor, entre em contato para que ele possa ser levado de volta ao seu local de origem ou seja resgatado. Contato: +55 31 9259-4697

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