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A cidade mineira chamada de “Toscana brasileira” onde vinícolas premiadas impulsionam investimentos, elevam preços de imóveis e pressionam o mercado de aluguel

Cordislândia (MG) vem sendo chamada de “Toscana brasileira” por unir vinhos premiados, paisagens rurais e turismo de luxo em pleno Sul de Minas.

No sul de Minas Gerais, entre colinas verdes e estradas cercadas por araucárias, uma cidade até então discreta se transformou em um dos destinos mais desejados do turismo rural de luxo no Brasil. Estamos falando de Cordislândia, que vem ganhando fama como a “Toscana brasileira”, graças ao surgimento de vinícolas premiadas, pousadas charmosas e uma atmosfera que mistura rusticidade com sofisticação.

Com clima ameno, paisagens bucólicas e uma rota do vinho em expansão, a cidade vem atraindo enófilos, casais em busca de experiências românticas e turistas que procuram uma alternativa às regiões vinícolas mais conhecidas do país.

O que torna Cordislândia a “Toscana brasileira”?

A comparação com a região italiana da Toscana não é exagero. Assim como a original, o município mineiro tem relevo ondulado, solo fértil, clima seco com noites frias — características ideais para o cultivo de uvas finas.

Nos últimos anos, produtores locais passaram a investir em técnicas modernas de viticultura e vinificação de inverno, obtendo rótulos que já conquistaram medalhas internacionais e presença em restaurantes estrelados do Brasil.

Além do vinho, a cidade investiu na estética: chalés de pedra, varandas com vista para as colinas, vilas com arquitetura rústica e estradas que lembram o interior europeu completam o visual que justifica o apelido.

O boom das vinícolas premiadas no sul de Minas

O crescimento da vitivinicultura em Cordislândia é recente, onde estão localizadas as principais vinícolas da região. Impulsionando a produção de vinhos de inverno, técnica onde a poda é invertida para que a uva se desenvolva na estação seca e fria — ideal para qualidade e concentração de aromas.

Os resultados chamaram atenção: vinhos tintos estruturados, brancos elegantes e espumantes finos começaram a ganhar prêmios em concursos nacionais e internacionais. Muitas dessas vinícolas oferecem visitas guiadas, degustações harmonizadas e experiências enoturísticas completas, o que movimenta o turismo da cidade.

O circuito já se tornou uma rota prestigiada, e o fim de semana em Cordislândia passou a ser disputado entre casais, influenciadores e turistas que querem conhecer o novo luxo rural mineiro.

Turismo rural com cara de luxo

Com o aumento da visibilidade, Cordislândia viu nascer um novo perfil de empreendimento: pousadas boutique, hospedagens em vinhedos, chalés privativos com banheira, lareira e café da manhã gourmet.

É o turismo rural com toque sofisticado, que mantém a simplicidade mineira, mas com experiências personalizadas e alto padrão de conforto.

Propriedades próximas às vinícolas oferecem piqueniques no parreiral, jantares com chefs convidados e pacotes que incluem vindima, pisa das uvas e noites de observação de estrelas com vinho em mãos.

Esse tipo de experiência — antes restrita a destinos internacionais ou ao Sul do país — agora está disponível em plena Minas Gerais, a poucas horas de São Paulo e Belo Horizonte.

Arquitetura rústica e charme europeu no interior de MG

A identidade visual da cidade mudou. Novos empreendimentos seguem uma estética alinhada ao conceito de “Toscana brasileira”: fachadas de pedra, iluminação amarelada, pérgulas com parreiras, móveis de madeira nobre e jardins com lavandas ou oliveiras.

Ao caminhar pelas áreas mais turísticas, a sensação é de estar em uma vila europeia do século XIX, mas com a hospitalidade típica do interior mineiro.

Cafés, bistrôs e empórios artesanais completam o charme com queijos maturados da região, azeites locais, geleias, trufas de cachaça e pães de fermentação natural.

Vinícolas premiadas mudam a base econômica e criam uma nova cadeia produtiva no Sul de Minas

O avanço das vinícolas na cidade conhecida como “Toscana brasileira” não se limita à produção de vinho como produto final. Ele reorganizou toda a base econômica local, criando uma cadeia produtiva que envolve agricultura especializada, logística, indústria de transformação, serviços técnicos e comércio.

A vitivinicultura passou a demandar mão de obra qualificada para manejo de vinhedos, enologia, controle de qualidade, manutenção de equipamentos, irrigação e processamento. Isso elevou o nível técnico do emprego rural e reduziu a dependência exclusiva de culturas tradicionais de baixo valor agregado.

Pequenos produtores passaram a integrar cooperativas ou contratos de fornecimento, garantindo renda mais estável. Ao mesmo tempo, empresas fornecedoras de insumos, embalagens, transporte e manutenção encontraram um novo mercado regional.

O resultado é uma economia menos vulnerável a ciclos agrícolas simples e mais conectada a cadeias de maior valor, com impacto direto na arrecadação municipal.

Geração de empregos diretos e indiretos pressiona o mercado de trabalho local

A consolidação da cidade como “Toscana brasileira” trouxe um efeito claro sobre o mercado de trabalho. As vinícolas geraram empregos diretos em produção, administração, vendas e controle técnico, mas o impacto mais relevante está nos postos indiretos.

Houve aumento na demanda por trabalhadores em construção civil, transporte, manutenção predial, segurança, serviços gerais e alimentação. Muitos desses empregos não existiam em escala relevante antes da expansão vitivinícola. Isso reduziu o desemprego estrutural e elevou a renda média local, mas também criou um desafio: a escassez de mão de obra qualificada.

Empresas passaram a disputar profissionais com experiência, elevando salários em determinados segmentos. Jovens que antes migravam para centros maiores passaram a encontrar oportunidades na própria região. Ao mesmo tempo, a economia ficou mais dinâmica, com maior circulação de dinheiro e aumento do consumo local, reforçando o ciclo de geração de empregos.

Valorização imobiliária e custo de vida refletem a transformação econômica

O fortalecimento econômico da chamada “Toscana brasileira” teve reflexo imediato no mercado imobiliário e no custo de vida.

Com a chegada de investidores, técnicos especializados e trabalhadores vindos de outras cidades, a demanda por moradia aumentou rapidamente. Aluguéis passaram a ser disputados, especialmente em áreas próximas às zonas produtivas e ao centro urbano.

Imóveis antes desvalorizados foram reformados ou convertidos em residências para funcionários e prestadores de serviço. Essa valorização trouxe ganhos patrimoniais para moradores antigos, mas também criou pressão sobre famílias de renda mais baixa.

O comércio local acompanhou o movimento, com preços ajustados a um novo perfil de consumo. O município passou a enfrentar o desafio típico de regiões em transformação econômica acelerada: crescer, gerar empregos e atrair investimentos sem expulsar parte da população por aumento excessivo de custos.

O impacto do novo turismo na economia local

A transformação de Cordislândia em um destino enoturístico de luxo não aconteceu apenas na paisagem. A cidade vive um movimento econômico expressivo, com aumento na procura por imóveis para aluguel de temporada, novos empreendimentos rurais e turismo de experiência.

Propriedades que antes eram apenas chácaras ou sítios estão sendo convertidas em hotéis boutique, spas rurais e retiros gastronômicos. A procura por aluguel em finais de semana e feriados disparou — com diárias que chegam a ultrapassar R$ 1.000 em alta temporada, dependendo do pacote e da localização.

O turismo agora é uma das principais engrenagens da economia local, gerando renda, empregos e visibilidade nacional.

Um refúgio para quem busca o novo luxo do campo

Diferente do turismo de massa, Cordislândia atrai um público que busca exclusividade, natureza e autenticidade. O foco está em experiências imersivas: caminhar entre vinhas, degustar vinhos olhando o pôr do sol nas montanhas, dormir sob o silêncio da roça e acordar com o cheiro de café passado na hora.

É uma proposta de luxo descomplicado — que valoriza o tempo, o sabor e o silêncio. E é exatamente isso que tem feito da cidade uma queridinha entre os amantes do vinho e da vida tranquila.

Cordislândia (MG) não é só mais uma cidade do interior. Com vinhos premiados, hospedagens exclusivas, paisagens dignas de cartão-postal e atmosfera rústica com sofisticação, ela se tornou a “Toscana brasileira” por mérito.

Para quem busca turismo rural de luxo, experiências autênticas e bons vinhos, o destino é promissor — e, ao que tudo indica, ainda está apenas começando a mostrar todo o seu potencial.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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