A nova Carteira de Identidade Nacional redefine o padrão de identificação no Brasil, mantém o RG válido até 2032 e expõe riscos práticos para quem opta por não atualizar o documento
A implementação da Carteira de Identidade Nacional (CIN) marcou uma mudança estrutural no sistema de identificação civil no Brasil. Desde 2022, quando o governo federal oficializou o novo modelo, o documento passou a adotar o CPF como número único, válido em todo o território nacional. Ao mesmo tempo, o RG tradicional segue aceito até 2032, o que permite uma transição gradual. Ainda assim, mesmo sem caracterizar crime, não renovar a identidade pode gerar impactos concretos na rotina do cidadão, especialmente em serviços essenciais e relações institucionais.
Impedimentos financeiros surgem com documento desatualizado
A não atualização do RG pode, inicialmente, criar barreiras em bancos, cartórios e instituições financeiras. Esses órgãos, por razões de segurança, exigem documentos válidos e dentro do prazo para abertura de contas, assinaturas, saques e registros. Assim, um RG vencido tende a ser recusado, já que as instituições seguem protocolos antifraude, adotados amplamente no sistema financeiro brasileiro. Como resultado, operações simples passam a ser negadas, o que compromete a autonomia do cidadão.
Viagens ficam mais difíceis sem documento válido
Além disso, deslocamentos nacionais e internacionais também podem ser afetados. Para países fora do Mercosul, como os Estados Unidos, RG e passaporte são obrigatórios. Já para países do Mercosul, como Argentina e Uruguai, o passaporte pode substituir o RG. Contudo, o ponto central permanece: o RG válido é exigido para emitir o passaporte. Dessa forma, documentos vencidos, antigos ou danificados costumam ser recusados por autoridades migratórias, sobretudo quando a foto não permite identificação clara, o que pode impedir embarques e deslocamentos planejados.
Concursos e exames exigem identificação atualizada
Enquanto isso, concursos públicos e exames oficiais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seguem critérios rígidos de identificação. Tanto órgãos públicos quanto bancas privadas exigem documento oficial válido no dia da prova. Assim, um RG fora da validade pode resultar na proibição imediata de participação, mesmo que o candidato esteja regularmente inscrito. Esse fator transforma a falta de atualização em um risco direto para oportunidades educacionais e profissionais.

Benefícios sociais podem ser bloqueados ou atrasados
Paralelamente, benefícios sociais e trabalhistas, como Bolsa Família e PIS/Pasep, utilizam dados do documento de identidade para validar pagamentos. Portanto, um RG vencido pode prejudicar a liberação dos valores, já que a identificação correta do beneficiário é etapa obrigatória do processo, conforme exigências administrativas dos órgãos gestores. Nesses casos, atrasos ou bloqueios se tornam consequências frequentes da documentação desatualizada.
Validade da nova CIN exige atenção constante
Diferentemente do RG antigo, a nova Carteira de Identidade Nacional possui prazos de validade definidos por faixa etária. Assim, o modelo estabelece 5 anos de validade para crianças até 12 anos incompletos, 10 anos para pessoas entre 12 e 60 anos incompletos e validade indeterminada para maiores de 60 anos. Por isso, acompanhar esses prazos se torna essencial, especialmente considerando que após 2032 apenas a CIN será aceita oficialmente.
Emissão da nova identidade segue regras nacionais
Por fim, para solicitar a primeira via da CIN, o cidadão deve realizar agendamento prévio e comparecer a uma unidade de atendimento estadual na data escolhida. O custo do documento varia conforme o estado, porém, conforme determina a Lei nº 7.116, de 1983, a primeira emissão é gratuita em todo o Brasil. Essa diretriz, definida pelo governo federal, busca garantir acesso universal ao novo modelo de identificação.
Diante desse cenário de transição e prazos definidos, você acredita que adiar a renovação do documento compensa os riscos práticos que surgem no cotidiano?




