Na sua fazenda acolhia pessoas humildes e ajudava – isso era comum – na criação de crianças de famílias pobres. Não os criava com indiferentismo, os criava com caridade. Nunca se esquecia, quando vinha da cidade, de trazer àqueles meninos, uma lembrancinha
Estamos continuando a focalizar a rua Coronel Albuquerque e apresentando a biografia do homenageado pelo nome da rua.
A já citada obra “FIGURAS NOTÁVEIS DE MINAS GERAIS, organizado pela “Pioneiros e Expoentes Editorial Ltda – BH (1973-1974), extraímos o seguinte texto:
“Farmacêutico e fazendeiro, desfrutava de grande prestígio político, que manteve até o seu falecimento. Esse prestígio lhe adivinha naturalmente pois, homem profundamente caridoso e bom, não negava aos necessitados , aos pobres e humildes a sua assistência, quer materialmente em sua fazenda, quer ainda atendendo, como farmacêutico os carecidos de recursos para tratamento de saúde. Era conhecido como ‘seu Chiquinho’. Na sua fazenda acolhia pessoas humildes e ajudava – isso era comum – na criação de crianças de famílias pobres. Não os criava com indiferentismo, os criava com caridade. Nunca se esquecia, quando vinha da cidade, de trazer àqueles meninos, uma lembrancinha. Era ‘seu’ Chiquinho que levava àquelas crianças a felicidade e o direito de viver a alegria e os descuidos próprios da infância. Na falta de médico, era o ‘seu Chiquinho’ que atendia naquele interior. Embora sobrecarregado de trabalhos, jamais se recusou a ir à cabeceira do doente para levar-lhe os seus serviços profissionais, a cura e o seu restabelecimento definitivo. E não raro fornecia-lhe gratuitamente os medicamentos. Fazia tudo isso de coração, porque via no pobre o seu semelhante, o ser humano desfavorecido que carecia de ajuda e do calor amigo. E ele, em toda a sua vida, jamais recusou essa caridade ou jamais deixou de estender a sua mão ao que lhe implorava o pão, a caridade e o amor. E por isso mesmo, o ‘seu’ Chiquinho era querido e amado. Passou pela vida doando parte de si mesmo, como o apóstolo que semeia o Bem.”
Faleceu em 12 de julho de 1967.
Avelina Maria Noronha de Almeida