Segurança pública e transporte de animais mobilizam as discussões dos vereadores
A segunda sessão da nova legislatura realizada ontem, dia 5, foi marcada pelas amplas discussões em torno de duas audiências públicas. Não como a dois dias anteriores, a Casa esteve parcialmente tomada, mas na sua maioria de assessores dos edis.
A primeira proposta do vereador Fernando Bandeira (PTB) trata do crescimento dos crimes, extorsões e homicídios em Lafaiete. “O homem de bem fica preso em casa e bandido solto nas ruas”, reclamou.
Geraldo Lafayette (PP) defendeu que as discussões sobre o aumento da violência estendesse às comunidades rurais que, tanto como as urbanas, sofrem dos males da falta de segurança.
Pedro Américo (PT) defendeu que o policimento urbano fosse feito a pé. “Como não tem viaturas, a polícia deveria fazer o policimento de bicicleta e a pé que espantaria os bandidos”, disse.
Darcy José de Souza (SO) comentou o clima de apreensão pela sensação de falta de segurança na região da Barreira. Como comerciante ele disse que foi alvo de um assalto a mão armada. “Nossa região não tem segurança”, frisou. “Hoje o comércio é o maior alvo de bandidos”, completou Alan Teixeira (PHS).
João Paulo Pé Quente (DEM) ao criticar a falta de investimento do Governo do Estado na segurança pública de Lafaiete, como a implantação do programa “Olho Vivo”, foi retrucado pelo petista Chico Paulo que cobrou a maior presença da Guarda Municipal. Ele contou que o CRAS da Linhazinha já foi assalto por diversas vezes e pediu mais ação da PM. “Depende de quem liga e depende de quem chama”, criticou o vereador ao discorrer quando as pessoas solicitam, via 190, a presença policial. Carlos Nem (SO) defendeu a participação de representantes de cidades vizinhas na audiência.
Animais soltos
Ao apresentar a proposta de audiência sobre a definição da responsabilidade, manutenção e destinação dos grandes animais soltos nas ruas de Lafaiete, a vereadora Carla Sassi cobrou a aplicação da legislação municipal que prevê penas e multas ao proprietário negligente. Ela comentou que nos últimos anos pelo menos 3 pessoas morreram nas estradas de Lafaiete e região quando o carro em que estavam bateu com animais. “Precisamos saber quem vai assumir este serviço na prefeitura”, disse.
Geraldo Lafayette defendeu junção das leis para sua imediata aplicação. “Já temos leis necessárias para mandar prender os animais nas ruas. Precisamos cobrar”, sintetizou.
O vereador Chico Paulo arrancou risos da plateia e de seus pares ao defender que os animais recolhidos, em especial as vacas, destinem o leite as escolas do município. “Tem vaca na rua que dá até 50 litros de leite. Porque não levam e prendam no parque de exposição e doem o leite delas para as nossas escolas”, sugeriu.
Após as discussões as duas audiências foram aprovadas, mas ainda sem data de realização.
Analise
Ao contrário de Congonhas e Ouro Branco onde já existe um departamento das prefeituras que executam este serviço, Lafaiete sequer tem um lugar para destinar os animais recolhidos.
A grande urgência é a construção de um local apropriado junto com um Centro de Zoonoses mais amplo capaz de tende a demanda da cidade. Sequer há ainda um terreno apropriado. Mais um desafio para o novo prefeito.