Secretaria de Cultura vai descentralizar os eventos nos bairros, com contratação de bandas e artistas; prefeitura cancela o carnaval na praça da rodoviária
A crise financeira afeta a folia em Minas como em Lafaiete. O prefeito Mário Marcus (DEM) vai confirmar a realização do carnaval 2017 dentro de uma estrutura compatível com a realidade financeira vivida pelo Município.
Em conversa informal com nossa reportagem o prefeito Mário Marcus (DEM) garantiu a realização do carnaval. “Faremos o carnaval de forma modesta dentro de nossa realidade. Nossa política será de pés nos chãos para não comprometer nossos investimentos”, justificou.
Segundo a secretaria de cultura a programação será definida esta semana. O lema do carnaval será “Daqui não saio. Daqui ninguém me tira!”. Ele resume o espírito da “festa do rei momo” em Lafaiete. Um carnaval familiar, com marchinhas e samba raiz e eventos nos bairros para fixar o lafaietense em sua cidade. A segurança será o fator principal do evento com a participação efetiva dos militares, bombeiros e guarda municipal.
Todas as bandas contratadas serão de Lafaiete com valorização dos grupos e músicos locais. Não haverá o famoso “carnaval do povão” que acontece na rodoviária. O objetivo é fomentar o carnaval nos bairros onde principalmente existem os blocos de arrastão, como Chapada, Santuário, Cachoeira, etc.
Bloco do Boi, Caricatos, Pijama,CentralÓFônica entre outras bandas e blocos também serão incentivadas e algumas em seus próprios bairros. Haverá desfile da Escola de Samba Unidos do São João.
Em frente a prefeitura haverá um palco com apresentação de bandas resgatando as marchinhas. Os custos do carnaval não devem ultrapassar os R$ 200 mil.
Outras cidades
Até agora, ao menos três municípios já confirmaram que não irão fazer o evento: Poços de Caldas e Patos de Minas. A prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, anunciou que não vai fazer investimentos.
Uma das últimas a fazer o cancelamento da festa foi Ouro Branco. A prefeitura informou que passar por um período de ajuste econômico e por isso decidiu não realizar o evento.