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A quatro mãos: Livro conta parte da história da Lafaiete sob ótica da fé da Irmandade de Santo Antônio

Evento ressaltou a importância do maestro e compositor queluziano José Maria da Rocha, artista comparado aos grandes nomes da música sacra europeia, como Bach e Mozart

O livro relicário que conta a história da irmandade e da capela de Santo Antônio/Reprodução

“Foi milagre de Santo Antônio!”. Assim expressou a escritora e colunista do CORREIO DE MINAS ao final da solenidade de lançamento do livro “Relicário” que ocorreu ontem, dia 12, após a missa na Capela de Santo Antônio. Ela pediu para que os presentes repetissem a expressão que resumia o processo de elaboração e finalização da obra cujo lançamento ocorreu ontem um dia antes das comemorações da festa “santo casamenteiro”. “Foi tudo muito rápido para que acontecesse este lançamento. Foi um milagre”, contou.

O presidente da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete(ACLCL), Douglas Carvalho, exaltou os autores, Avelina Noronha e o provedor

da Irmandade de Santo Antônio, José Márcio, contando que a obra discorre sobre parte da história da fé de Lafaiete. “São fatos e fotos de uma das

entidades mais antigas e representativas de Lafaiete, a Irmandade de Santo Antônio de Queluz”, remorou o acadêmico.

O coral Madrigal Roda Viva cantou pela primeira vez em público o hino a Santo Antônio/Reprodução

Avelina Noronha relatou que a criação e concepção do livro foi feito a 4 mãos. “Se tivesse uma métrica veriam que o livro foi feito meio a meio”, contou. Ela reconheceu que o livro está incompleto em relação a história da Irmandade, mas já prepara um segundo volume para o ano que vem preenchendo aquilo que ficou esquecido por falta de tempo hábil para compor o “Relicário”. “A gente percebeu que faltaram fotos e registros e muita coisa para completar o livro. Faltam espaço e tempo, mas vamos preparar para o ano que vem um novo volume contando tudo aquilo que ainda ficou para trás. Virá uma obra ainda melhor”, assinalou.

Avelina disse que o livro é para conhecer a história da Irmandade, rezar e admirar os valores artísticos da Capela de Santo Antônio. “Este livro ficou focado na história porém o próximo vamos focar nas pessoas e nas personalidades’, antecipou.

Douglas Carvalho,presidente da Academia de Letras/Reprodução

A escritora contou que a Capela reserva imagens de Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Piedade e de Santo Antônio que estão no altar principal. Os quadros da via sacra foram trazidos da França e a Capela contém peças italianas. “A Capela é como um relicário que guarda imagens preciosas de um passado distante. O livro reserva a história mais amplamente possível, com muitos documentos, a história da igreja de Santo Antônio, desde 1754 e a história da Irmandade desde 1870, quando foi fundada pelo Barão de Queluz. Estão transcritos os nomes e dados dos Irmãos que entraram em 1870 e em outros anos até 1887, num total de 79. O livro é um acervo, um relicário vivo”, resumiu a historiadora.

O evento foi enriquecido com a apresentação do Madrigal Roda Viva que cantou o Hino a Santo Antônio, letra e música do grande músico queluziano José Maria da Rocha Ferreira, grande compositor que teve Missa de sua autoria, no passado, cantada no Vaticano, hino que ele fez para o Centenário da Irmandade, em 1970. Como o músico mesmo sugeriu nos originais, foi feita uma pequena adaptação na letra para a atualidade e o Maestro Geraldo Vasconcelos fez um belíssimo arranjo da música original. O Maestro lembrou que o músico lafaietense está no nível de grandes nomes da música sacra europeia, inclusive Mozart e Bach.

Os autores autografando o livro/Reprodução

O Coral também cantou um poema de Avelina Noronha, “A ilusão da Lua”, que foi musicado pelo maestro espanhol César Zumel, há 2 anos. O Madrigal fechou a solenidade evidenciando que a música faz parte, como a irmandade de Santo Antônio, da formação cultural e da identidade do povo lafaietense.

Coral da APAC

O coral “Ungidos do Senhor”, formando por recuperando da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), abrilhantou a Missa celebrada pelo padre Osni.

Coral da APAC/Reprodução

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