Uma atitude desastrosa está colocando em risco toda uma família em Conselheiro Lafaiete, que foi despejada e jogada na beira da Estrada Real, perto da Lagoa da COPASA. O fato aconteceu depois de uma ação de despejo realizada na tarde de hoje, 26, na rua Amadeu Correia no bairro Sagrado Coração de Jesus. Segundo relato de um morador da Água Preta, “ao passar pela estrada que liga o Rancho Novo ao Morro da Mina, deparou com uma mudança jogada à beira da estrada, onde se encontravam 4 pessoas, inclusive uma senhora idosa e adoentada”.Ele falou que a família havia sido colocada ali por volta de 15h de hoje, ficando até o momento de fechamento desta reportagem, sem assistência e sem saber pra onde ir. A polícia militar foi acionada pelo relatante e compareceu ao local, onde nossa equipe de reportagem esteve presente. Um dos moradores, Ademiro de Cardoso Filho, comentou que eles moravam em um barraco atrás da Sociedade São Vicente de Paula, na referida rua Amadeu Correia, por mais de 12 anos e que, ao chegar hoje em casa não achou nada no lugar, inclusive a casa havia sido demolida e todo o material retirado e colocado em um caminhão.
Ele foi informado ainda que havia sido despejado e que a sua família se encontrava as margens da estrada que liga a cidade ao Rancho Novo. No local encontramos a família que até então não estava entendendo porque colocaram as coisas deles ali e segundo o depoente, “o caminhão que fez a mudança é um “cara chata” de placa de Carandaí e de propriedade de um morador da rua Amazonas.
Segundo os vizinhos do imóvel demolido, o despejo foi feito por um oficial de justiça e com a presença da polícia militar. A família continua na beira da estrada sem ter pra onde ir à espera de ajuda de um pouco de humanidade, já que o transportador não levou em consideração a existência das pessoas envolvidas, descartando-as junto com a mobília à beira da estrada. No local onde foi feita a demolição existem câmaras de segurança que podem identificar o veículo e o motorista, que por sinal não teve o menor bom senso ao praticar este ato.
Fonte: Folha de Queluz / Giovanni Pablo-Jornalista