Vereadora Carla Sassi antecipa que dentro de até 20 dias Lafaiete tenha uma Casa de Passagem
com profissionais capacitados para abrigar os moradores de rua
Os vereadores repercutiram ontem a noite, dia 27, o assunto que está mobilizando a sociedade de Lafaiete em torno da problemática dos moradores de ruas que ocuparam o adro da Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Desde o último sábado, quando um deles agrediu um sacristão da igreja, o problema social veio a tona mobilizando as mais diversas interpretações. A primeira a tocar no assunto foi a vereadora Carla Sassi (PTB) que explicou que a situação exige uma alternativa rápida e eficaz, já que há pontos diversos de moradores de ruas espalhados pela cidade vivendo em condições abaixo da linha da dignidade. Ela disse que a secretaria de assistência social, Magna Cupertino, revelou que uma pesquisa aponta que mais desse agrupamento urbano é proveniente de outras cidades. Carla afirmou que em menos de 20 dias uma casa de passagem Serpa criada com os profissionais capacitados para lidar com os moradores de rua. “Todo mobiliário foi adquirido e a secretaria disse que em breve a casa de passagem estará em funcionando faltando apenas alugar a casa. Dói na gente ver estas pessoas nestas condições, independente dos motivos que a levaram a esta situação. Não dá para julgar o que é certou ou errado”, sentenciou.
“Eles estão ali por falta de opção e não pé uma escolha deles. A culpa da sociedade”, assinalou Chico Paulo (PT) ao discorrer sobre os moradores de rua, cobrando a implantação de uma política habitacional e efetivação do departamento de habitação da prefeitura.
O vereador Oswaldo Barbosa (PP) também comentou que a situação não pode ser generalizada e que o ser humano tem uma segunda chance. “Todos temos que abraçar esta causa. Acredito que com a casa de passagem e a contratação de profissionais especializados vamos minimizar esta situação. Tem solução, basta ação e não podemos separar e julgar os que são bons ou ruins”, defendeu.
O vereador Pedro Américo (PT) comentou que os moradores de rua são reflexos diretos da desigualdade social e da realidade consumista da sociedade. “O que vivemos é dura realidade do preconceito e da divisão entre ricos e pobres. Eles são as facetas desse crescimento desigual”, exclamou. “Cuidar do ser humano é a maior obra”, finalizou Américo.
Foto: Giovani Pablo- jornalista