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Garimpando – Meu colégio abençoado 9

Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                      [email protected]

Abençoado e querido Nazaré!

Continuando a falar sobre a inauguração do grêmio: ainda houve muitos momentos bonitos mas o ponto alto foi quando a locutora falou sobre a Segunda Guerra Mundial.

            Foram ditas belas palavras sobre os expedicionários lafaietenses que foram lutar em campos da Itália para defender a nossa soberania e a paz no mundo.

Expedicionários lafaietenses em São João del Rei antes de irem para o Rio de Janeiro e depois para a Itália.

         Havia um grande número dos expedicionários na plateia. Foi muito bonito porque, quando a locutora fez a chamada dos que foram para a Itália,  aquele que estava na platéia dizia, com voz forte: “PRESENTE!” E quando era dito o nome de quem não tinha comparecido ou o nome dos que já haviam falecido, todos juntos respondiam por eles “PRESENTE!” Realmente um momento emocionante.

            Vou transcrever o nome dos ex-combatentes lafaietenses, porque é sempre bom lembrá-los:

Achiles Domingues Braga
Ademor de Almeida Guimarães
Agostinho de Oliveira Santos
Agripino dos Santos
Aldair Candeia dos Santos
Altamiro dos Reis Rodrigues
Álvaro Rodrigues Alves
Ângelo de Souza
Antônio André Lobo
Antônio Nogueira de Rezende
Ary Lopes
Athayde da Silva
Caetano Valentim Barbosa
Carlos Alberto Barreto Franco
Cícero Vieira Borba
Daniel Simões
Delson Rodrigues Fernandes
Eugênio Marins Pereira (morto em combate)
Eurico Filho
Ezelino Meireles
Felisbino dos Santos (morto em combate)
Francisco Pereira Filho
Geraldo Barreto
Geraldo Madaleno de Souza
Geraldo Magalhães
Geraldo Pio Lana
Geraldo Vieira Fernandes
Hélio Felício Ribeiro
Horácio Rubatino Teixeira
Humberto Buchemi
Inocêncio Furtado Rosa
Jaime Dias
João de Andrade Ribeiro
João Baptista Perdigão
João Fortunato de Oliveira
João Maximiano Milagres
João Rosa de Lima Sobrinho
Joaquim Simpliciano dos Santos
José Costa
José de Oliveira
José do Nascimento Campos
José Fernandes de Souza
José Ferreira Filho
José Jorge Miguel
José Lana da Silva
José Maria Barbosa
José Martins Dias (morto em combate)
José Moreira da Cruz
Lincoln Antunes
Luiz Rodrigues de Oliveira
Manuel José de Souza
Mauro Chapuis
Messias Alves
Nivaldo de Almeida
Osmano Ribeiro
Oswaldo Ferreira de Carvalho
Pedro Valeriano Rubem de Souza (morto em combate)
Sebastião José do Nascimento
Secundino de Castro
Telésforo Nogueira de Rezende
Vicente Gonçalves
Vicente Nogueira de Rezende
Victor Menezes de Faria
Vitorino Lúcio de Almeida
Waltério Ribeiro de Castro
Wilson Satyro de Lima

            São nomes que devem ser conhecidos e honrados pelo povo lafaietense. Desses ilustres lafaietenses, quatro deles perderam a vida noscampos da Itália. São eles:
Eugênio Martins Pereira, filho de José Pereira Sobrinho e de Eponina Batista. Faleceu em ação, na Itália, no dia 24 de fevereiro de 1945.

            Felisbino dos Santos, filho de Balbino Felisbino dos Santos e de Henriqueta Geraldina dos Santos. Faleceu em combate, no dia 12de fevereiro de 1945, em Gabba, Itália.
José Martins Dias, filho de Miguel Martins Dias e América Flores
Dias. Faleceu no dia 27 de dezembro de 1944, em Valdibura, Itália.

            Rubem de Souza, filho de Manoel Vitorino de Souza e de Luzia
Delfina de Souza. Faleceu em ação no dia 22 de fevereiro de 1945, em Monte Castelo.

            A inspirada letra da “Canção do Expedicionário” foi escrita pelo grande poeta Guilherme de Almeida, mais conhecido dessa maneira, mas seu nome na íntegra é Guilherme de Andrade e Almeida. Importante vulto da nossa literatura poética era, além de escritor, advogado e jornalista, tendo exercido, ainda, as funções de crítico de cinema, tradutor e colunista social. Nasceu em Campinas, São Paulo, a 24 de julho de 1890. Escreveu seu primeiro poema aos 13 anos. Muito culto, conhecia, entre outros idiomas, o latim e o grego. Fez parte do Movimento Modernista de 1922. Pertencia à Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n° 15.  Faleceu no dia 11 de julho de 1969.

Compôs a “Canção do Expedicionário” no ano de 1944, quando os soldados brasileiros partiram para a Itália. Além da beleza da letra, havia a melodia vibrante, cheia de emoção composta por Spártaco Rossi. Quando distantes da Pátria, os nossos compatriotas ao ouvirem a canção, bela na música, é verdade, mas, principalmente, emocionante pelos temas desenvolvidos com tanta sensibilidade na letra, sentiam-se dominados pela emoção.

                                                           (Continua)

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