Quatro dias após ser violentado por assaltantes, Padre Roberto de Carvalho Bruno recebeu nossa reportagem na qual agradeceu a expressiva manifestação de solidariedade tanto de lafaietenses como de milhares de pessoas da região. “Quero aqui deixar meus sinceros louvores e minha gratidão a todos que me apoiarem estes momentos difíceis da minha vida e que manifestaram sua solidariedade comigo. Quero agradecer as polícias civil e militar que agiram rapidamente e prenderam os autores. Peço a Deus que retribua a todos com muitas graças”, disse Padre Roberto.
Visivelmente abatido, o rosto com hematomas provocados pelas agressões, o líder religioso se restabelece na sua residência Bairro Santa Matilde, acompanhado de perto por familiares e amigos. No sábado, o religioso já retomava suas atividades celebrando missas em diversos locais. Ontem, domingo, dia 14, com o entusiasmo particular, Padre Roberto comandou diversas celebrações religiosas normalmente na Igreja Bom Pastor. “Na quinta feira, um dia após o assalto, foi uma romaria aqui na casa paroquial, mas eu ainda estava atordoado por tudo o que aconteceu. Agradeço a Deus a vida que ele me preservou a vida”, assinalou.
O assalto
Padre Roberto relembrou o assalto na noite de quarta feira passada, dia 10. Segundo ele, eram por volta das 8:00 horas quando uma mulher com uma filha ao colo acionou a campainha pedido ajuda. Pelas câmeras internas ele percebeu as duas pessoas. Como é de costume ajudar as pessoas ele abriu o portão eletrônico da porta da casa paroquial quando foi surpreendido por dois homens encapuzados que invadiram, acuaram o padre e reviram as gavetas a procura de dinheiro. A todo momento cobravam onde estava o cofre.
Quando acertaram um soco no rosto do Padre Roberto o grito se fez ouvir nos vizinhos em frente a casa paroquial. Percebendo a movimentação intensa, eles ligaram imediatamente para a Polícia.
Ele foi levado ao pronto atendimento da UNIMED. “Eu quero agradecer os amigos e vizinhos que acionaram a PM”, afirmou. Os ladrões levaram menos de R$150,00 em dinheiro e um celular de uso particular do padre Roberto.
O assalto durou menos de 6 minutos mas o suficiente para abalar emocionalmente o religioso. Ele contou que a mulher e criança foram usadas de isca no assalto, segundo ele, ação criminosa muito comum em Lafaiete que antecede o assalto. Padre Roberto está medicado, mas ainda abalado, mas retoma sua vida diária, com mais entusiasmo ainda. “Com a força de Deus e muitas orações vamos vencer e superar mais esta etapa de minha vida. Foram momentos dolorosos por que passei”, encerrou.