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Santo protetor da garganta: São Brás do Suaçuí celebra a força da fé e a religiosidade de um povo

Começou agora a menos de 2 horas, o leilão em prol da paróquia de São Brás do Suaçuí e centenas de pessoas ainda se aglomeram para arrematar de animais e prenda. O leiloeiro é João Resende que seque a trilha do se tio, Afonso Miranda de Resende, falecido há menos de 60 dias, figura tradicional em leilões e festas pela região e o Estado.

Hoje é feriado e a cidade recebe milhares de romeiros e devotos em peregrinação ao santo devoto benzedor da garganta. O comércio ambulante também ocupa seu espaço. A praça principal, os devotos se unem pela fé a devoção que atravessa mais de 3 séculos. Os grupos de folias entoam suas canções em sua tradicional toada e ritmo alegrando a festa. A fé também aflora a cultura popular. O dia é especial e os fies enfeitam suas casas dando uma colorida à cidade. O clima de fé reacende a fé dos devotos.

Leilão de animais e prendas

Desde às 5:00 horas, São Brás foi despertada pela alvorada festiva. Uma caminhada percorreu parte da cidade quando o sol nem despontava no horizonte. A missa, com tradicional bênção da garganta, abriu o Dia Santo.

Às 18:00 horas, acontece a procissão pelas ruas de São Brás, cortejo devoto e em seguida a última celebração religiosa encerra a novena e festa de São Brás e São Sebastião. Um dos momentos mais aguardados será o sorteio de um carro cuja rifa arrecadou recursos para as obras da paróquia. Foram 10 dias de devoção ao santo padroeiro iniciando as celebrações no dia 24 de janeiro.A festa contou com a participação de pastorais que percorreram diversos bairros e comunidade rurais, inclusive envolvendo fieis católicos de cidades que divisam com São Brás.

Tradição de 300 anos         

Reza a história de São Brás que a devoção pelo santo foi introduzida em homenagem a Dom Brás Balthazar da Silveira, então Governador da Capitania de São Paulo e Minas, em retribuição a doação da sesmaria, a João Machado Castanho. A data de 22 de dezembro de 1713 é marco do nascimento e fundação do município. Sesmaria era um pedaço de terra que os reis de Portugal cediam a sesmeiros que se dispusessem cultivá-lo. Este a maneira encontrada pelo fundador, João Castanho, de homenagear o doador de Sesmaria, Dom Brás. A devoção por São Brás vem desde o século XVIII, tradição que rompeu o tempo e hoje está enraizada na cultura e religiosidade do povo.   

Em torno fé, vem a cultura popular com as folias de reis

     

A história

São Brás nasceu na cidade de Sebaste, Armênia perto do ano 300. Num certo tempo, começou a questionar sobre sua profissão de médico, pois queria servir a Deus, mas não sabia como. Resolveu, então, tornar-se um eremita e ficar em constante oração. Assim, viveu numa gruta por muitos anos. São Brás foi um homem de fé, valoroso médico que não só curava as pessoas de suas doenças, mas também dos males da alma.  De médico ordenou-se padre e, não muito tempo depois, foi sagrado Bispo. Construiu uma casa para abrigar a Diocese aos pés da gruta em que ele morou, e dali comandava a igreja de toda a região.

As casas se enfeitam para festa de São Brás e a cidade ganha um novo colorido

Um dia, uma mãe desesperada o procurou porque seu filho estava quase morrendo com um espinho encravado na garganta. São Brás olhou para o céu, rezou e, em seguida, fez o sinal da cruz na garganta do menino. No mesmo instante, ele ficou milagrosamente curado. Por esse milagre, até os dias de hoje São Brás é invocado para curar os males da garganta. Em todos os lugares do mundo, quando uma criança ou qualquer pessoa se engasga, a invocação direta ao Santo logo é rezada: “São Brás te proteja.” Ou simplesmente: “São Brás.”.

 

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