A Casa de Música de Ouro Branco inicia as atividades de 2018 com aquilo é a sua vocação principal: o ensino e a difusão da música erudita.
A instituição recebeu esta semana os novos alunos que passam a fazer parte da escola. Após um processo seletivo realizado no mês de fevereiro, foram selecionados 53 estudantes, com idade entre 7 e 15 anos, para os cursos de musicalização infantil, piano, violão, violino, violoncelo, contrabaixo e clarineta.
A partir de agora, eles terão aulas duas vezes por semana, além de participar de outras atividades como recitais, concertos e festivais. A Casa de Música conta hoje com um corpo docente de dez professores, todos eles com vasta experiência no ensino musical. A instituição também possui a Orquestra de Câmara, o Coral Infantil, promove uma série anual de concertos, o Festival de Violoncelos e a Semana da Música, eventos já consolidados com participação de músicos internacionais.
A Casa de Música funciona, atualmente, em duas casas – uma no bairro Pioneiros e outra no Luzia Alcântara – e se prepara para a realização de um sonho: a construção de uma nova sede. O prédio – que leva a assinatura de um dos principais arquitetos do Brasil, Gustavo Penna – ficará no bairro Pioneiros. A sede contará com salas de aulas, biblioteca, espaço multiuso, auditório com 250 lugares; espaço para ensaios e concertos, e, principalmente, para o ensino.
Toda essa estrutura de qualidade à disposição dos alunos faz a Casa de Música ser considerada uma raridade no ensino da música erudita no interior brasileiro.
“Desde nossa fundação, em 2001, dois mil alunos já passaram por nossa escola e estudaram os mais diversos instrumentos. Muitos deles seguiram carreira e se profissionalizaram. Mas posso dizer que a música é transformadora mesmo na vida de quem quer seguir outro rumo, outra profissão”, explica a coordenadora da Casa de Música, Kênia Libânio.
A turma dos ex-alunos que seguem a carreira musical acaba de ganhar mais dois adeptos. Filipe Augusto, de 19 anos, aprovado no curso de contrabaixo da UFMG e Samira Vilaça, de 18 anos, a mais nova aluna de violino da UEMG.
Samira conta, orgulhosa, que iniciou os estudos de música aos 8 anos na Casa de Música. “Quando fiz a prova para entrar eu era tão pequena que o violino me pareceu enorme! Mas mesmo assim insisti e fui aprovada, porque era o que eu queria. A Casa de Música me tornou uma criança mais concentrada, responsável e comprometida com os meus objetivos”, relembra.
Ela acredita que a preparação para a universidade não veio de uma hora pra outra, mas desde os primeiros estudos. “Cada aula, festival, concerto era meio caminho andado para a realização do meu sonho. Pude, assim, direcionar meu desenvolvimento ao longo dos anos. Além disso, meu professor Marcio Martins sempre esteve comigo me acompanhando nos estudos mais intensivos, essenciais para a aprovação”, relata.
Para os novos alunos, Samira tem um conselho: “Não deixem a música de lado porque ela transforma nossas vidas. Não podemos desperdiçar uma oportunidade dessas que a Casa de Música oferece, de ter acesso à cultura e a um aprendizado cheio de possibilidades bem aqui, perto de nós”.