Em uma vistoria realizada no final da tarde de ontem, dia 10, o Corpo de Bombeiros fechou o Teatro Municipal de Lafaiete. A decisão foi surpreendente já que o espaço vinha sendo utilizado para inúmeras atividades artísticas e culturais desde o ano passado.
Os bombeiros colocaram um lacre à porta que dá acesso ao teatro no qual está escrito um alerta de que o rompimento do lacre de interdição acarretaria sanções penais sem a devida autorização, como também a desobediência da ordem poderia levar a detenção.
As primeiras informações colhidas por nossa reportagem é que a falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e as condições do teatro foram determinantes na medida dos Bombeiros. “Só depois que eu receber a interdição por escrito falarei sobre o assunto. Não me deram nenhum papel com instrução de medidas necessárias para serem tomadas para reabrir o local”, reagiu ainda ontem a noite a nossa reportagem o Secretário Municipal de Cultura, Geraldo Lafayette, que acompanhou a vistoria dos Bombeiros.
A decisão gerou espanto para ele já que os equipamentos contra incêndio, como os extintores, estão dentro do prazo validade e a parte elétrica foi reformada além de outros investimentos promovidos no local como pintura, reforma de cadeiras e colocação de cortinas o ano passado.
Mas a decisão dos Bombeiros deve desencadear uma polêmica já que foi o próprio secretário que encampou e liderou um movimento pela reabertura em julho do ano passado durante FACE (Festival de Artes Cênicas, pela Casa do Teatro).
O local permaneceu inativo durante mais de 4 anos em uma longa novela digna sem fim, como tantas obras em Lafaiete. A motivação de uma possível interdição à época seria a falta de segurança. A administração do ex prefeito Ivar Cerqueira (2013/2016) acatou a sugestão dos bombeiros, diante da precariedade do teatro e decidiu suspender qualquer atividade.
Como o teatro pertence ao Município, na gestão do então presidente João Paulo Pé Quente, em 2014, a Câmara chegou a propor a cessão do teatro ao legislativo a fim de agilizar o projeto de AVCB, e em seguida, a abertura. Inclusive a prefeitura tem diversos prédios públicos não possuem este documento que autoriza os seus funcionamentos.
No ano passado, Geraldo justificou que não haveria interdição do local, mas relatou que os bombeiros, diante da reabertura, que se observasse o número máximo de 300 pessoas em cada evento. A classe artística comemorou com festa a reabertura do teatro diante da carência dos espaços culturais em Lafaiete. O assunto deve render novos capítulos e alimentar as manchetes da imprensa local.
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