Um clima de apatia e desânimo se misturam no sentimento do povo brasileiro nesta Copa do Mundo. Ao certo a revolta e a decepção provocadas pelos inúmeros escândalos políticos, a crise econômica contaminaram a confiança e a euforia dos brasileiros pelo maior evento esportivo do mundo.
Neste cenário de banalização das cenas de crimes políticos com prisões transformaram tornaram o brasileiro em um povo incrédulo. Esta semana, uma frase do deputado federal, Marcos Pestana, (PDSB), sintetizou o momento que o brasileiro passa, comparando com a Copa do Mundo. Na última sexta feira ele esteve em Lafaiete durante reunião da Amalpa.“Hoje o brasileiro sabe melhor escalar os nomes dos ministros do Supremo Tribunal Federal do que da seleção de
futebol”, analisou em uma clara alusão ao mundo midiático vivenciado com
enxurradas de denúncias que entopem os noticiários.
O clima de desconfiança e desinteresse é expressado as ruas, muros e passeios. Há 10 dias atrás, Lafaiete vivia de longe o clima de outras épocas. Nem parecia que a cidade estava perto de um evento desta magnitude capaz de mobilizar toda a nação. Não haviam ruas pintadas e pouquíssimas bandeiras eram expostas nos carros ou enfeitavam as residências. O clima da copa estava distante do radar e do interesse comum.Alguns setores da economia que faturam na Copa sentiram de perto a queda no volume de serviço. Nas gráficas poucas tabelas foram confeccionadas e nas lojas as TV’s ainda estão a procura de clientes. As camisas da seleção ainda enfeitam as lojas e não comovem os lafaietenses.
Nos últimos dois dias, nossa reportagem flagrou, mesmo que timidamente, uma reação inversa dos lafaietenses. A decepção cede a alegria, apesar de contida. Moradores já exibem suas bandeiras nas casas e ruas foram pintadas em verde e amarelo. A paixão pelo futebol começa a ser exibida nos passeios coloridos.
Hoje por volta das 15:00 horas a estreia do Brasil contra a Suiça, os bares e restaurantes lafaietenses fazem promoções com shows. Ao poucos a emoção de torcer pelo Brasil é resgatada, mas bem diferente de outras épocas. Mas quem sabe se uma grande conquista poderia levantar a auto estima de um povo massacrado por tantos escânlos e decepcionado com seus próprio país?
No país do futebol, a Copa não desperta a alegria do lafaietense, mas ele não vai deixar de torcer pela seleção. Com certeza, os bares e restaurante estarão cheios para torcer pelo Brasil.
Ao jogo!