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Garimpando – Waldyra, uma ilustre artista de nossa cidade

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                         [email protected]

Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes,

a arte de viver. »

(Bertold Brec)

         Disse Emerson que toda a instituição é a sombra alongada de um ser humano. Considero as obras de uma pessoa também uma representação daquela vida, mas não uma sombra, mas um rastro brilhante que ficou de sua passagem entre nós, por isso, antes de dizer o nome da pessoa que desejo homenagear, apresento-a na beleza de sua arte. Admirem-na!

          Agora, o nome da homenageada: WALDYRA BAÊTA ZILLE e apresentar sua foto.

Consegui informações com pessoas que conviveram com ela, às quais muito agradeço. Eu me lembro de tê-la visto várias vezes e nutro grande admiração por esta senhora que foi de grande valor em nossa cidade e mestra de excelentes pintoras. É fato que sua atuação como artista plástica e como professora de artes foi responsável por influenciar várias gerações. É necessário que seja muito conhecido o seu papel na História Lafaietense.

            Waldyra Baêta Zillefoi foi, assim, uma relevante figura da sociedade de Conselheiro Lafaiete onde, além de professora e de sua prolífera atuação como artista plástica, também se dedicou a uma importante atuação filantrópica, com suas muitas ações junto aos mais necessitados que iam desde crianças de orfanatos a presos na cadeia pública da cidade.

          A nossa homenageada nasceu na cidade de Cristiano Otoni em 16 de janeiro de 1920, tendo lá passado sua primeira infância. Na adolescência, foi estudar no Colégio Santa Maria, dirigido por freiras Dominicanas de origem francesa, em Belo Horizonte, onde passou grande parte de sua juventude. Foi nesse colégio que se evidenciaram suas primeiras tendências para a arte. Lá cursou desenho e pintura, além das disciplinas regulares que também incluíam música, línguas estrangeiras e noções de etiqueta e civilidade.

       Mesmo não sendo comum para as mulheres uma educação em que o conhecimento profissionalizante tivesse o foco principal, aproveitando seus dons e oportunidade, saiu do Colégio Santa Maria com tendência a ganhar seu próprio sustento a partir do trabalho em que pudesse envolver sua aptidão para as “artes”. Foi quando passou a residir em Conselheiro Lafaiete e se matriculou no curso de Magistério do Colégio Nossa Senhora de Nazaré. Nesse colégio, além de ter estudado, passou a dar aulas em várias disciplinas, inclusive Desenho.

           A casa em que residia Waldyra com seus familiares, nessa época, era a que se vê, em cor mais clara, à direita, entre o sobrado em que havia o bar do Alberto Faria e a casa de Dr. José Leão. Depois a casa foi jogada ao chão, e ali aberta a Rua Santana.

          Procurando aliar as atividades domésticas e criação dos seus quatro filhos com o fazer artístico, passou a trabalhar em casa, também dando aulas de pintura. Nesse contexto, ensinava as mais diversas técnicas e nos mais diferentes suportes, como:óleo sobre tela, aquarela e outras técnicas de pintura em papel, pintura em tecido, pintura em porcelana, desenho artístico etc.

                                                                                (Continua)

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