Um em 4 municípios brasileiros tem “coquetel” com agrotóxicos, revela estudo do Ministério da Saúde. Conselheiro Lafaiete está dentro desta estatística com quatro substâncias químicas presentes na água, estando uma delas acima dos níveis considerados “seguros” no Brasil. Dentre as substâncias encontram-se substâncias consideradas cancerígenas e altamente propensas ao desenvolvimento de doenças crônicas. Produtos também são associados a má formação fetal; distúrbios neurológicos e distúrbios hormonais.
O estudo foi feito entre 2014 a 2017 e as empresas de abastecimento de 1,4 mil cidades detectaram ao todo 27 pesticidas, muitos dos quais declarados como tóxicos pela Anvisa. O estudo mostra que a contaminação de água cresce em passos largos, subindo para 84% em 2015 e foi para 92% em 2017. Embora sejam públicos os testes não foram divulgados. A matéria foi publicada no ano passado pela revista exame.
Desdobramentos
Essa é a principal justificativa da urgência na execução do projeto de conscientização na utilização dos agrotóxicos. Diante do assustador estudo há necessidades de pol´tiicas voltadas para combater esta praga difundida setor, como o desenvolvido pela acadêmica de biomedicina da Faculdade Santa Rita- Fasar Elaine Coelho “É necessário identificar essa contaminação, levar instrução às pessoas sobre as formas corretas de utilização e descarte dessas substâncias para minimizar os riscos. Não existe outra forma de atuação, pois após a contaminação da água praticamente nada pode ser feito”, avaliou.
Segundo ela não existem meios para retirada dessas substâncias. “Estamos lutando junto ao poder público e representantes de saúde do Estado e do País a fim de buscar apoio para a realização das ações necessárias para garantir à população o mínimo de segurança para se ter saúde . Argumentamos que os investimentos na saúde nunca serão suficientes enquanto o gargalo do descaso por situações como esta continuarem abertos; pois teremos uma população cada vez mais doente caso não seja direcionado um olhar e ações diferenciadas para este problema. Existe também a necessidade de cobrança para que esses dados sejam atualizados pelo Ministério da Saúde com maior frequência e que seja aumentado o número das cidades analisadas pois isso irá contribuir para o planejamento das ações que segundo a estudante podem sim salvar vidas”, analisou Elaine.
Ações na região
No dia 22 de janeiro, o Secretário-Executivo da Amalpa (Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paraopeba), Claudionei Nunes, esteve na Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais e reuniu com o Secretário Adjunto de Saúde Marcelo Cabral e Elaine Coelho quando foram discutidos assuntos interesses regionais e em pauta o projeto de prevenção na utilização dos agrotóxicos . As questões postas em análise se referem a importância do desenvolvimento das cidades menores em relação ao saneamento e foram apreciados pelo secretário que se colocou a disposição dentro das possibilidades da pasta a programar uma visita de representantes da secretaria para conhecimento e apresentação do projeto a fim de verificar a possibilidade de apoio institucional da Secretaria à execução do projeto.
A AMALPA através do presidente e prefeito Elias Ribeiro de Souza presta total apoio ao projeto uma vez que afeta diretamente a saúde das pessoas. O Deputado Estadual Glycon Franco (PV) também prestou total apoio a causa e ressaltou a importância deste projeto que é de muita relevância para a população por se tratar do cuidado direto com a saúde de todos. Inicialmente as ações têm previsão de início para Março de 2020.
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