Adélio Bispo, preso por agredir o então candidato Jair Bolsonaro, pode ser transferido para Barbacena. O Ministério Público Federal no Mato Grosso do Sul (MS) defendeu a transferência do homem que atacou Bolsonaro durante a campanha de 2018 para um hospital psiquiátrico em Minas Gerais. Adélio está preso em Campo Grande.
No argumento, enviado à Justiça Federal em 7 de fevereiro, o procurador da República Daniel Hailey Soares Emiliano sustenta que o presídio em que Oliveira se encontra não tem condições de arcar com sua permanência. “A própria direção da Penitenciária Federal de Campo Grande fez questão de frisar que possui capacidade de oferecer aos internos apenas serviços básicos de saúde, não dispondo de estrutura material e humana para tratar a doença mental de Adélio. Até mesmo porque não é esse o papel das penitenciárias federais”, cita o procurador no documento.
Nesse contexto, o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, está entre as opções. Nem a direção, nem os advogados do preso comentaram a possibilidade de transferência. Adélio foi julgado como inimputável, ou seja, sem condições de saúde mental para ter discernimento sobre seus atos. Desde então, Oliveira deveria estar em um local em que onde possa receber tratamento adequado.
Em todo o território nacional não existe presídio federal que ofereça as condições de tratamento do preso. “Os riscos de o Brasil ser representado e condenado perante órgãos internacionais de direitos humanos, portanto, é manifesto, notadamente se Adélio vir a se suicidar por não receber o acompanhamento especializado que o seu caso reclama”, diz o procurador da República.(O Tempo)