2019 foi o ano em que as prefeituras encheram os cofres com os royalties, quantia paga pelas empresas pelo direito de uso, exploração e comercialização do minério. Uma pesquisa realizada por nossa reportagem mostra que o imposto irrigou os cofres das prefeituras da região nos últimos 3 anos.
Congonhas, Belo Vale e Desterro de Entre Rios se transformaram em ilhas na região, os chamados novos ricos que vivem uma realidade a parte da grande maioria dos municípios brasileiros. Com o caixa em alta, os prefeitos podem promover obras e investimentos.
Congonhas
A “Cidade dos Profetas” consolidou sua posição entre as 3 maiores arrecadadoras do Brasil, atrás apenas de Parauapebas e Canaã dos Carajás, ambas no Pará. Congonhas saltou de quase R$82 milhões para R$285 milhões, um aumento expressivo de 350%
Belo Vale e Desterro
Em Belo Vale, a cidade aumentou em 4 vezes o aumento dos royalties do minério saltando de quase R$ 15 milhões para quase R$60 milhões. Desde que o minério se transformou em uma das principais fontes de renda para a prefeitura, Desterro de Entre Rios foi a cidade em que o imposto mais subiu nos últimos 3 anos. De pouco mais de R$ 1 milhão chegou a R$5,3 milhões, cerca de 500% de aumento.
As projeções para 2020 são ainda mais alvissareiras com mais recursos dos royalties do minério.