Há 239 anos, Congonhas promove, de 7 a 14 de setembro, uma das maiores e mais antigas peregrinações religiosas de Minas Gerais, o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Devido à pandemia do coronavírus, este ano o evento religioso não será realizado da forma convencional, tendo sidos suspensas as missas presenciais e a comercialização de produtos nas famosas barraquinhas. Mas uma programação virtual manterá vivas a fé e a devoção. A medida foi tomada pela Arquidiocese de Mariana junto à Prefeitura.
Todas as igrejas da cidade permanecerão fechadas. Neste momento, é importante que romeiros e fiéis permaneçam em suas casas e programem sua visita ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos para quando a pandemia acabar.
As celebrações religiosas serão transmitidas ao vivo pelos seguintes canais:
Rádio Congonhas FM 91.3: www.radiocongonhas.com.br
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Confira a programação:
7 de setembro:
7h: Missa
10h: Missa dos Excluídos
15h: Abertura do Jubileu do Senhor Bom Jesus 2020
17h30: Reza do Terço
18h: Missa
8 a 13 de setembro:
7h: Missa
15h: Missa
17h:30: Reza do Terço
18h: Missa
14 de setembro:
7h: Missa
10h: Missa
15h: Missa de encerramento
Jubileu de Congonhas
O Jubileu de Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas, uma das mais antigas festas religiosas do estado, foi um dos grandes propulsores do desenvolvimento da cidade. A devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos nasceu com o fiel português Feliciano Mendes, que chegou à Minas Gerais em busca de ouro e, nessa procura, ficou com a saúde debilitada. Fez, então, uma promessa ao Bom Jesus e, quando a graça foi alcançada, empenhou-se em construir o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em 1757.
Com as doações dos devotos, a Basílica do Senhor Bom Jesus foi renovada na segunda metade do século 18, tornando-se um dos mais importantes complexos artísticos e arquitetônicos do barroco mundial. O local guarda as principais obras de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, que contemplam 12 profetas de pedra sabão e 64 esculturas em cedro que narram os passos da Paixão de Cristo. Graças a esse rico acervo, Congonhas recebeu o título de Patrimônio Mundial, concedido pela UNESCO.
Para receber todos os fiéis na cidade, ao longo da história, casas de hospedagem foram erguidas e ruas de acesso ao Santuário foram abertas. O investimento em infraestrutura influenciou o desenvolvimento da região.
Todos os anos, milhares de pessoas chegam a Congonhas para agradecer as graças alcançadas, participar de missas, confissões e comunhões e visitar a imagem do Senhor Morto e a Sala dos Milagres (onde são depositados os ex-votos – objetos que testemunham os milagres). Além disso, aproveitam para comprar artigos diversos nas centenas de barracas localizadas na Ladeira Histórica e em toda extensão do Sítio da Basílica.
Fotos: Eliane Gouvea