O governador Romeu Zema apresentou, nesta sexta-feira (21/5), a lista de ações previstas em Sete Lagoas e região com os recursos do termo de reparação assinado em fevereiro com a Vale devido ao rompimento da barragem de Brumadinho.
Entre as intervenções programadas está a retomada das obras do Hospital Regional de Sete Lagoas, uma antiga demanda da população. A instituição de saúde atenderá, prioritariamente, a microrregião Sete Lagoas, que contempla 24 municípios e uma população de quase 440 mil habitantes.
No total, os valores previstos no Termo de Reparação para a conclusão das obras dos hospitais regionais de Minas são de R$ 1 bilhão. Para definição do valor que será repassado à unidade de Sete Lagoas, o DER-MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais) está fazendo o diagnóstico das obras já realizadas e paralisadas no hospital. Esse processo fornecerá dados e permitirá o início do processo licitatório para contratação da empresa que retomará as obras. O diagnóstico deve ser concluído em 90 dias.
Atualmente, o Projeto de Lei que trata do uso dos recursos do termo de reparação é analisado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Zema destacou a importância da retomada das obras do hospital para a região. “É muito bom estar aqui para anunciar que, após seis anos paralisada, esta obra finalmente será entregue à população, que é o pagador de impostos, e que muitas vezes tira da sua mesa para honrar seus compromissos como cidadão. O mineiro merece respeito e consideração”, disse.
O governador também explicou a importância da ALMG na liberação dos recursos. “Aguardamos ansiosos a análise e aprovação do Projeto de Lei, que já se encontra na Assembleia Legislativa, para que, tão logo a votação sobre os projetos do termo de reparação com a Vale se encerre, tenhamos condições de reiniciar as obras dos hospitais regionais e várias outras no estado”, afirmou.
Ampliação da oferta
As obras do Hospital Regional de Sete Lagoas tiveram início em 2010 e foram paralisadas em 2015 com cerca de 55% de execução. O custo estimado da obra, até essa etapa da construção, foi de R$ 51,4 milhões. A retomada contribuirá para ampliação da oferta de serviços para atenção às necessidades de cirurgias eletivas a fim de suprir as lacunas assistências da região.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, é gratificante saber que o Governo de Minas está dando um passo importante com o retorno das obras. “Por meio desta unidade, vamos organizar os atendimentos relacionados a urgência, emergência e a alta complexidade. Este hospital será a grande saída para a região”, ressaltou.
Outras ações
Também estão previstas ações para as cidades da região, como Caetanópolis, Curvelo, Felixlândia, Papagaios e Paraopeba.
Entre elas está a aquisição de equipamentos e veículos para a estruturação de Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil; ações para minimizar os impactos causados pelos incêndios florestais na região; estruturação da Sala de Urgência dos Estabelecimentos de Saúde; fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps); manutenção de estradas rurais e trabalhos de recuperação ambiental; aquisição e doação de alimentos; e apoio ao pequeno produtor rural na elaboração de projetos para captação de recursos para adequação da infraestrutura física (estruturação de agroindústrias).
Enquanto isso, Lafaiete, que estaria previsto no plano ações para retomada das obras o hospital regional, não há qualquer sinalização.