O astrônomo Avi Loeb, ex-presidente do departamento de astronomia da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e notório entusiasta de teorias sobre vida extraterrestre, fez um alerta sobre uma ameaça à nossa galáxia que é assustador, apesar de hipotético e, podemos dizer, bastante improvável.
Em um artigo de opinião publicado na renomada revista Scientific American, o astrônomo, que defende que uma série de fenômenos espaciais são evidências da existência de vida extraterrestre, alega que um gigantesco acelerador de partículas construído por uma civilização avançada poderia criar uma explosão de energia escura capaz de incinerar tudo que existe na Via Láctea na velocidade da luz.
Loeb defende que só há uma forma de sobreviver a esse experimento físico alienígena hipotético, que seria o envolvimento da humanidade em uma organização de diplomacia interestelar, algo parecido com uma “ONU intergaláctica”.
“Uma maneira de evitar uma catástrofe cósmica desse tipo é estabelecer um tratado interestelar, semelhante ao Tratado de Proibição de Testes Nucleares, assinado pela primeira vez em 1963 pelos governos da União Soviética, do Reino Unido e dos Estados Unidos”, escreveu Loeb.
Altamente improvável
O astrônomo deixa claro em seu artigo que esse não é o problema mais urgente que a humanidade tem para resolver, já que não há uma evidência concreta de vida fora da Terra e menos ainda de uma civilização com capacidade tecnológica para construir um dispositivo dessa magnitude. Além disso, Loeb não deixou claro quais seriam os termos de um pacto diplomático com civilizações avançadas.
Ou seja, Avi Loeb está falando sobre uma explosão hipotética, causada por uma civilização alienígena teórica, que teria de construir um acelerador de partículas maior que todo o nosso Sistema Solar. Para efeito de comparação, nossa maior máquina do tipo, o Grande Colisor de Hádrons, tem em torno de 27 km de extensão.
Mas, e se?
Contudo, se esse dispositivo fosse construído e ligado, poderia gerar uma espécie de “bolha de sabão” de energia escura que se expandiria e destruiria tudo que visse pela frente em uma onda cósmica. “A má notícia é que não receberíamos nenhum aviso prévio antes que este desastre cósmico nos atingisse na cara porque nenhum sinal precursor pode se mover mais rápido do que a luz para nos alertar sobre o risco”, disse Loeb.
Porém, segundo ele, talvez essa seja a boa notícia nesse desastre teórico. “Qualquer devastação resultante ocorreria instantaneamente e seria tão surpreendente quanto o meteorito Chicxulub foi para os dinossauros. Nunca saberíamos o que nos atingiu”, concluiu o professor.
Fonte Olhar Digital