STJ limita permanência de concessionária no trecho Juiz de Fora-Rio da BR-040

O fim da concessão da rodovia estava previsto para quarta (15), mas, na segunda (13), o prazo foi prorrogado pelo TRF1 até o julgamento definitivo do processo em que a atual concessionária discute suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou pedido da União para limitar a extensão do contrato de concessão da BR-040, no trecho entre as cidades de Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro (RJ), até a conclusão da licitação em andamento e a entrega dos serviços à nova concessionária, ou até a decisão final no processo que tramita na Justiça Federal, se ocorrer antes.

O fim da concessão da rodovia estava previsto para quarta-feira (15), mas, na segunda (13), o prazo foi prorrogado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) até o julgamento definitivo do processo em que a Concer, atual concessionária, discute suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato – o que não tem data prevista para ocorrer.

Ao atender ao pedido da União, a presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, afirmou que a prorrogação do contrato de concessão a título precário e sem prazo definido poderia causar prejuízo à própria prestação do serviço, o que justifica a intervenção do tribunal.

“Vislumbra-se, também, indicativo de lesão à ordem econômica pela prorrogação contínua do contrato de concessão, a gerar insegurança jurídica e, consequentemente, possível afastamento de eventuais investidores interessados no procedimento licitatório, reduzindo a confiança do mercado quanto às perspectivas do setor”, declarou a magistrada.

Disputa pelo reequilíbrio econômico do contrato de concessão

A Concer, responsável pelo trecho desde 1996, recorreu à Justiça para o reequilíbrio econômico do contrato de concessão, citando, entre outros motivos, prejuízos que teria sofrido com a realização de obras.

No curso da ação, a Justiça deferiu um pedido da concessionária para adiar o fim da concessão de março de 2021 para 15 de fevereiro de 2023, alargando o prazo em razão dos problemas causados pela pandemia da Covid-19. No início deste mês, a Concer fez novo pedido de extensão, deferido pelo TRF1 em caráter liminar.

No pedido de suspensão de liminar dirigido ao STJ, a Advocacia-Geral da União (AGU) questionou essa última prorrogação, apontando risco à segurança dos usuários devido à baixa qualidade dos serviços prestados pela concessionária – o que, inclusive, motivou a abertura de processo administrativo para a declaração de caducidade da concessão. Para a AGU, seria um erro permitir a continuidade da cobrança de pedágio sem a contrapartida de investimentos por parte da concessionária.

Além disso, a AGU questionou os dados apresentados pela empresa e refutou a tese de necessidade de nova pactuação para reequilíbrio econômico-financeiro, afirmando que o erário é que teve prejuízo.

A União pretendia que a liminar do TRF1 fosse cassada, o que implicaria a retomada do trecho da rodovia pelo governo federal e a sua colocação sob a administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) até o fim do processo da nova licitação. Como alternativa, pediu, ao menos, que o prazo da extensão fosse reduzido.

Prestação do serviço público não pode parar

Ao optar pelo atendimento do pedido subsidiário, a ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou que, nesse tipo de demanda, é preciso atentar para o princípio da continuidade na prestação do serviço público.

De acordo com a magistrada, a suspensão abrupta de uma concessão que perdura por 27 anos poderia comprometer a efetiva continuidade dos serviços prestados na BR-040, com possíveis reflexos na segurança da via.

A presidente do STJ levou em conta um documento do processo, no qual o DNIT informou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que não tinha condições imediatas para assumir o trecho da BR-040. Além disso, segundo ela, a prorrogação não é surpresa para a União, pois há pelo menos dois anos a Concer vem se valendo do alegado desequilíbrio do contrato para postular a continuidade da concessão, a pretexto de recuperar prejuízos.

“Analisar se há cobrança de tarifa elevada aos usuários sem a realização dos investimentos previstos no contrato ou mesmo se a rodovia está em ‘estado caótico’, por se tratar de questões afetas ao mérito da demanda originária, extrapola os limites da suspensão de liminar e de sentença”, disse a ministra, lembrando que esse instrumento não serve para substituir recurso no processo nem para discutir o acerto ou o desacerto da decisão impugnada, mas apenas para analisar se ela traz risco imediato a determinados interesses sociais.

FONTE O TEMPO

O CODAP, atento aos processos da BR 040, divulga ações do Superior Tribunal de Justiça, que limita a permanência da CONCER, no trecho de Juiz de Fora ao Rio de Janeiro

Segundo o Engenheiro Crispim Ribeiro, Consultor Técnico para assuntos da BR 040 junto ao CODAP (Consórcio Público Para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba), que já vem acompanhando todos os trâmites dos processos relacionados à retomadas das obras de duplicação da rodovia BR 040 desde 2013, divulga as ações recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deferiu pedido da União, para limitar a extensão do contrato de concessão da BR-040 da CONCER, no trecho entre Juiz de Fora (MG) ao Rio de Janeiro (RJ), após a concessão da liminar emitida em 13/02/23, pelo (TRF-1), para permanecer no trecho, até a conclusão da licitação em andamento e a entrega dos serviços à nova Concessionária, ou até a decisão final no processo que tramita na Justiça Federal, se ocorrer antes.

O fim da concessão da rodovia estava previsto para esta quarta-feira (15), mas, na segunda (13), o prazo foi prorrogado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) até o julgamento definitivo do processo em que a CONCER, atual concessionária, discute suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato – o que não tem data prevista para ocorrer.

Ao atender ao pedido da União, a presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, afirmou que a prorrogação do contrato de concessão a título precário e sem prazo definido poderia causar prejuízo à própria prestação do serviço, o que justifica a intervenção do tribunal.

“Vislumbra-se, também, indicativo de lesão à ordem econômica pela prorrogação contínua do contrato de concessão, a gerar insegurança jurídica e, consequentemente, possível afastamento de eventuais investidores interessados no procedimento licitatório, reduzindo a confiança do mercado quanto às perspectivas do setor”, declarou a magistrada.

Disputa pelo reequilíbrio econômico do contrato de concessão

A Concer, responsável pelo trecho desde 1996, buscou na Justiça o reequilíbrio econômico do contrato de concessão, citando, entre outros motivos, prejuízos que teria sofrido com a realização de obras.

No curso da ação, a Justiça deferiu um pedido da concessionária para adiar o fim da concessão de março de 2021 para 15 de fevereiro de 2023, alargando o prazo em razão dos problemas causados pela pandemia da Covid-19. No início deste mês, a CONCER fez novo pedido de extensão, deferido pelo TRF1 em caráter liminar.

No pedido de suspensão de liminar dirigido ao STJ, a Advocacia-Geral da União (AGU) questionou essa última prorrogação, apontando risco à segurança dos usuários devido à baixa qualidade dos serviços prestados pela concessionária – o que, inclusive, motivou a abertura de processo administrativo para a declaração de caducidade da concessão. Para a AGU, seria um erro permitir a continuidade da cobrança de pedágio sem a contrapartida de investimentos por parte da concessionária.

Além disso, a AGU questionou os dados apresentados pela empresa e refutou a tese de necessidade de nova pactuação para reequilíbrio econômico-financeiro, afirmando que o erário é que teve prejuízo.

A União pretendia que a liminar do TRF1 fosse cassada, o que implicaria a retomada do trecho da rodovia pelo governo federal e a sua colocação sob a administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) até o fim do processo da nova licitação. Como alternativa, pediu, ao menos, que o prazo da extensão fosse reduzido.

Prestação do serviço público não pode parar

Ao optar pelo atendimento do pedido subsidiário, a ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou que, nesse tipo de demanda, é preciso atentar para o princípio da continuidade na prestação do serviço público.

De acordo com a magistrada, a suspensão abrupta de uma concessão que perdura por 27 anos poderia comprometer a efetiva continuidade dos serviços prestados na BR-040, com possíveis reflexos na segurança da via.

A presidente do STJ levou em conta um documento do processo, no qual o DNIT informou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que não tinha condições imediatas para assumir o trecho da BR-040. Além disso, segundo ela, a prorrogação não é surpresa para a União, pois há pelo menos dois anos a CONCER vem se valendo do alegado desequilíbrio do contrato para postular a continuidade da concessão, a pretexto de recuperar prejuízos.

“Analisar se há cobrança de tarifa elevada aos usuários sem a realização dos investimentos previstos no contrato ou mesmo se a rodovia está em ‘estado caótico’, por se tratar de questões afetas ao mérito da demanda originária, extrapola os limites da suspensão de liminar e de sentença”, disse a ministra, lembrando que esse instrumento não serve para substituir recurso no processo nem para discutir o acerto ou o desacerto da decisão impugnada, mas apenas para analisar se ela traz risco imediato a determinados interesses sociais.(Agência – Infra – Brasília).

Segundo o Engenheiro Crispim Ribeiro a publicação do próximo Edital da ANTT, para a contratação da nova Concessionária e, consequentemente, dar início à execução das obras de duplicação ao longo do trecho de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, depende da solução desse imbróglio jurídico. Caso não tenhamos sucesso nesse contexto, vamos nos empenhar para obtermos o edital somente para o sub trecho de B.H. a J.F., tendo em vista que o mesmo trecho já encontra-se liberado pela atual Concessionária Via 040, para reinicio das obras da rodovia.

Sexta-feira (17) I Via 040 inicia operação especial de Carnaval na BR-040

Previsão de cerca de 687 mil veículos circulando nos cinco dias de festividades; Empresa irá reforçar equipes e equipamentos na pista;

16 de fevereiro de 2023 – A Via 040 inicia, sexta-feira (17/2), a operação especial para os dias de Carnaval. A concessionária estima aumento de aproximadamente 20% do tráfego comparado aos dias normais. Para garantir a fluidez do trânsito e a segurança de motoristas, a concessionária irá reforçar o quadro de equipes e de viaturas, e não fará interdições para realização de obras nos horários de tráfego mais intenso. As equipes se revezarão, em escalas, 24 horas por dia, buscando minimizar os impactos do aumento do fluxo de veículos no período.
Qual melhor horário para viajar? Conheça os horários com maior fluxo:
 Sexta-feira (17/02) – Tráfego intenso a partir das 14h
 Sábado (18/02) – Tráfego intenso das 5h às 12h
 Domingo (19/02) – Tráfego normal
 Segunda-feira (20/02) – Tráfego normal
 Terça-feira (21/02) – Tráfego intenso das 13h às 18h
 Quarta-feira (22/02) – Tráfego intenso das 13h às 18h
Época de chuvas exigem cuidados extras na condução
Em caso de chuva, o motorista deve redobrar a atenção na condução, já que ela é um dos principais fatores de risco para a segurança viária, reduzindo inesperadamente a visibilidade. Ao se deparar com situações de chuvas e pista molhada, a principal ação a ser tomada é reduzir a velocidade e manter distância dos demais veículos.
Para evitar contratempos na viagem, a Via 040 recomenda a manutenção preventiva dos veículos, como condições dos pneus, lanternas, palhetas do limpador, limpeza e condições do para-brisa. Outra recomendação importante durante o período de chuvas é ligar o ar-condicionado no modo desembaçador, antes que os vidros comecem a prejudicar a visibilidade.

Como passar pelo pedágio pelas pistas automáticas?
Além do dinheiro e do vale-pedágio (transportadores), os tags são úteis para agilizar a passagem nas praças de pedágio. O serviço é oferecido por empresas credenciadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres. O seu uso permite passar pela praça sem necessidade de parar em uma das cabines. A lista de empresas credenciadas pode ser consultada no site da concessionária.

Como consultar as condições de tráfego?
Os motoristas também podem acompanhar as condições de tráfego, 24h, pelo Twitter da concessionária e pelo site da Via 040.

Precisa de auxílio no trecho e não sabe onde está?
Na BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora as placas de sinalização possuem uma “carteira de identidade”. A Via 040 instalou etiquetas que identificam cada uma das mais de 22 mil placas de sinalização existentes no trecho, tecnologia que auxilia a agilizar a operação da concessionária e disponível para o usuário da pista.
Caso o usuário necessite de algum auxílio na rodovia e não saiba a sua localização exata, basta procurar uma placa mais próxima e verificar, no verso, um adesivo com um número de identificação. Esse número deve ser informado ao atendimento gratuito 0800-040-0040. Por ele, nossas equipes conseguem informações como quilômetro, sentido da pista, localização geográfica, dentre outros. Além disso, cada quilômetro da rodovia possui uma placa de cor azul indicando o marco quilométrico, outra forma que agiliza a busca por nossas equipes.

Quais são os serviços que estão disponíveis na operação especial?

  • 18 painéis eletrônicos de mensagens informarão, em tempo real, as condições da pista e do tráfego e o tempo estimado de viagem entre as cidades dos trechos de maior movimento.
  • 21 postos de atendimento entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG), com estacionamento, banheiros, fraldários, água e área de descanso.
  • 23 veículos de inspeção circularão pelo trecho sob concessão 24 horas por dia, com profissionais preparados para auxiliar os usuários em diversas situações.
  • 28 ambulâncias para resgate e socorro médico.
  • 30 guinchos para remoção de veículos leves e pesados.
  • Viaturas de resgate de animais e combate a incêndios.

Homem é atropelado na BR 040 por caminhão

Na manha de segunda-feira (06), militares do Corpo de Bombeiros de Conselheiro Lafaiete socorreram um homem que foi atropelado na BR 040, na altura do bairro Siderúrgico, em frente à Usina Granha Ligas. Segundo informações, o homem estava atravessando quando foi atingido por um caminhão. A vítima sofreu uma fratura, além de cortes e escoriações, e foi transportada em estado grave para o Hospital e Maternidade São José.

Nota de repúdio à estrutura da BR04O

Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete (CDLCL), CNJP nº 19.723.006/0001-15, situada à Rua Dias de Souza, Nº 255, CEP 36408-000, telefone (31) 3769-6900 ou (31) 9 8468-5846, e-mail [email protected] / [email protected] , por seu Presidente abaixo assinado, vem através desta nota, externar nosso pesar e solidariedade às famílias das vítimas dos recorrentes acidentes ocorridos em toda a extensão da Rodovia BR 040, principalmente na altura dos quilômetros às margens da cidade e região.
Entendendo a gravidade da situação e os impactos sociais e econômicos totalmente prejudiciais, nos manifestamos com o intuito de requerer dos órgãos públicos e privados uma solução que possa sanar ou minimizar o número de acidentes fatais e feridos, que tanto assombram a nossa realidade regional.
Sabendo da jurisdição de competência federal e de concessão a empresa privada, vimos que é necessário que haja um empenho dos poderes constituídos harmoniosos entre si, nas esferas municipal, estadual e federal para atuarem em prol da resolução, onde haja a fiscalização por parte de cada competência dos órgãos, e construção de muretas de proteção, bem como, outras atitudes que limite a ação inconsequente dos pedestres.
Solicitamos às autoridades e empresas locais a criação e apoio às campanhas e projetos que promovam a conscientização no trânsito com respeito a vida, seja a própria quanto a de terceiros.

BR-040 tem uma morte a cada 12 dias e o MP pressiona por melhorias na via

Levantamento da PRF apontou que foram 25 óbitos em acidentes no período entre janeiro e outubro do ano passado; caminhões cheios de minério são apontados como responsáveis por boa parte dos acidentes

A cada 12 dias, uma morte é registrada na BR-040, entre o viaduto do Mutuca, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, e a cidade de Cristiano Otoni, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Conforme o levantamento da Polícia Rodoviária Federal, foram 25 acidentes com óbitos entre janeiro e outubro do ano passado nesta parte da rodovia que é conhecida como o “trecho do minério”. Uma situação que aumenta a insegurança de quem passa pelo trecho, que aponta como principais problemas a falta de infraestrutura e a circulação de caminhões carregados com minério. O Ministério Público também tem denunciado más condições da rodovia e cobrado que a Via 040, concessionária responsável pelo trecho, adote medidas para aumentar a segurança viária do local.  

“É só buraco e remendo. Tem um trecho da rodovia em que nós decidimos contar, foram pelo menos cem remendos em menos de um quilômetro. E além disso tem o transporte de carregamento de minério. O volume de cargas aumentou muito depois da pandemia, parece que triplicou, e isso preocupa a gente que passa pelo trecho”, alerta o técnico em mecânica aposentado, Sandoval de Souza Pinto Filho, de 57 anos. 

O aposentado, que utiliza a rodovia para se deslocar até a família e também para compromissos pela Associação a qual faz parte, relata se sentir inseguro todas as vezes em que utiliza o trecho. Para se livrar do volume de caminhões e também da precariedade da pista, cheia de buracos e remendos, conforme avaliado por ele, a alternativa é procurar outras rotas. “Às vezes o caminho é até maior e a gente dá preferência por ele. Alguns pontos tem estreitamento e o engarrafamento também é muito grande”, relata o aposentado, que aponta como problema a redução da pista no km 615.6.

As reclamações não partem somente do técnico em mecânica aposentado Sandoval Filho. O engenheiro civil Hérzio Mansur, que mora em Nova Lima, e desloca diariamente pelo mesmo trecho até o Cartório, onde é titular, em Congonhas, também questiona as condições da rodovia. “O que a gente percebe ali é que tem uma série de coisas que precisam ser atacadas de imediato, mais condizentes com o século XXI. E não é nada de outro mundo uma adequação de uma rodovia, seja na questão de projeto ou de investimento”, aponta. Mansur, que já foi vítima de um acidente no trecho, decidiu produzir um relatório após a morte de um colega na mesma estrada. “ A rodovia tem um volume muito grande de ocorrências, de sinistros, de batidas. É uma calamidade que a gente vê todos os dias”, justifica. 

O levantamento feito pelo engenheiro civil apontou que 272 acidentes ocorreram em um trecho de 54 quilômetros entre Nova Lima e Conselheiro Lafaiete no período de dezembro de 2020 a dezembro de 2022. Desse total, 53 pessoas morreram. Os quilômetros 588, 593, 611 e 614 foram os que registraram o maior número de acidentes, com pelo menos 10. Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pelo engenheiro, as carretas, responsáveis principalmente pelo transporte de minério, são responsáveis por quase metade dos acidentes. Ao todo foram 127 dos 272 contabilizados, o que representa 46,7%. Os acidentes com veículos de carga pesada foram responsáveis por 28 dos 53 óbitos. 

“Essas questões das carretas chamam muito a atenção porque existe uma via paralela que parou de ser utilizada. Se ela fosse aproveitada, isso tiraria as carretas de minério da rodovia. Isso precisa ser revisto. Dá pra se utilizar de uma maneira que agrida menos uma mãe que está levando seu filho para a escola, a pessoa que está indo trabalhar ou até mesmo para quem viaja para o Rio de Janeiro”, aponta o engenheiro responsável pelo levantamento.

O estudo indicou também que outubro é o mês com mais acidentes, ao todo foram 31. Já o mês de julho foi o que registrou o maior número de mortes, com 9. Conforme o levantamento, a segunda-feira é o dia da semana que acumula mais acidentes (49) e mortes (15). Os dados foram obtidos pelo engenheiro a partir de um levantamento próprio, feito por ele, com base nas informações publicadas nos canais de comunicação da concessionária que administra o trecho e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O engenheiro também considerou reportagens publicadas pelos veículos de imprensa. “Eu comecei a reunir esses dados. As pessoas falavam dos acidentes, no whatsapp ou em conversas, e eu confirmava”, conta.

Ainda segundo Mansur, o relatório foi desenvolvido para chamar a atenção da concessionária e do poder público para as condições da rodovia. “Muitos falam que a BR-381 é a rodovia da morte, mas esse trecho também está muito perigoso. Na 381, pelo menos algumas obras estão sendo feitas, como a duplicação. Aqui a gente não sabe”, alerta. O engenheiro afirmou também que está em contato com o governo estadual, a prefeitura de Congonhas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “O que eu vejo muito é que às vezes as pessoas se perdem na discussão apontando única e exclusivamente a responsabilidade para a concessionária. Tem que cobrar dela sim, mas tem um poder que concede essa rodovia e ele também precisa ser lembrado. Não podemos cair na armadilha de ficar só por conta disso, esses grandes atores precisam ser chamados para colaborarem com a solução”, aponta.

Para além da preocupação com o número de acidentes e de mortes, o engenheiro, que possui formação com ênfase em trânsito, revela que se sente aflito com alguns problemas estruturais da rodovia e que acredita que muitos destes contribuem para o alto número de acidentes. “De imediato, tinha que ter um aumento da fiscalização, seja de velocidade, de limpeza, de carga, de buracos. Está todo mundo sob risco”, alerta Mansur.

Entre os problemas identificados pelo levantamento estão os longos trechos sem acostamento, os afunilamentos dos traçados da via para transposição de pontes e viadutos em mão dupla simples,intercessões entre vias rodoviárias e urbanas no mesmo nível e em cruzamentos simples, falta de sinalização, além de manutenção precária do pavimento e da drenagem.

O técnico em mecânica aposentado Sandoval Filho também aponta esses problemas. Para ele, uma das primeiras intervenções a serem feitas é em relação ao controle dos caminhões. “A rodovia precisa ser modernizada, duplicada, com acostamento e tudo mais. Hoje ela não comporta o volume”, indica. Sandoval também alerta sobre a necessidade do serviço de manutenção constante e eficiente. “Quando chove, é lama pra baixo e pra cima, e quando seca a gente tem poeira. Tem que fazer drenagem, refazer pavimento, tirar esses afunilamentos, são muitas coisas”, completa. 

Denúncias do Ministério Público

Em nota, o Ministério Público de Minas Gerais disse que “por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Conselheiro Lafaiete, vem utilizando todos os recursos jurídicos disponíveis para conseguir, junto ao Poder Judiciário, que a concessionária VIA-040, responsável pela gestão do trecho entre Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte da BR-040, adote as medidas de conservação e melhorias previstas no contrato de concessão em prol da segurança dos usuários da rodovia”. 

Ainda conforme o MP, o promotor de Justiça responsável pela ação, Glauco Peregrino, pede “a melhoria e conservação do pavimento asfáltico, de modo a evitar o aparecimento de buracos e deformidades; a implantação e constante limpeza de tachões refletivos (olhos de gato), a fim de melhorar a visibilidade noturna e em períodos de chuva na estrada; e a melhoria nos sistemas de drenagem, com o intuito de se diminuírem episódios de aquaplanagem dos veículos” e aguarda decisão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para definir se precisará recorrer à Justiça Federal.

Em nota, a Via 040, concessionária responsável pela administração do trecho, afirmou que, desde 2014, tem realizado diversas melhorias em relação ao pavimento, à sinalização, ao sistema de drenagem e também a segurança da via, com a implantação de defensas metálicas e barreiras de concreto. A concessionária garante ainda que busca ampliar a capacidade do sistema viário com a implantação de passarelas e duplicação de trechos. “Somando-se a isso, a Concessionária desenvolve diversas ações voltadas à prevenção de acidentes e conscientização dos motoristas em parceria com a PRF, Polícia Militar Rodoviária (PMRV), SEST SENAT, ANTT, BHTrans, e prefeituras ao longo trecho”, afirma em nota. 


Via 040 afirma ter feito

  • Recuperação de mais de 1.800 km de pavimento
  • Recuperação de 46.000 metros de sistemas de drenagem
  • Instalação ou substituição de 29.500 placas
  • Revitalização da sinalização horizontal, com mais de 13.000 km de faixas pintadas nas pistas
  • Instalação de 660.000 “olho-de-gato” (tachas refletivas)
  • 195 quilômetros de defensas metálicas (“guard rail”), 790 metros de barreiras de concreto
  • Mais de 330 taludes recuperados

FONTE O TEMPO

Tragédia na BR 040: acidente mata 2 pessoas e deixa 4 feridos

Um acidente ocorrido agora há pouco no KM 572, em Itabirito, perto da fábrica da Coca – Cola, envolveu 3 carros e uma carreta. Foram 2 vítimas fatais e 4 feridos encaminhados ao Hospital João XXIII. Há interdição parcial sentido Rio de Janeiro com congestionamento de mais de 3 KM. Mais informações em breve.

Acidente entre carreta e carro interdita BR 040

Um acidente ocorrido agora há pouco na BR 040, no KM 572, perto da fábrica da Coca-Cola, em Itabirito, interdita parcialmente a rodovia sentido Rio de Janeiro. Há lentidão de 3 km. Não há informações de vítimas. Mais informações em breve.

BR-040, em Itabirito, é liberada; há congestionamento em outros pontos

Nessa segunda (2), a BR-040 registrou lentidão de 12 km após acidente grave com carreta em Itabirito

Motoristas que seguem no sentido Rio de Janeiro na BR-040 enfrentam um pequeno congestionamento na manhã desta terça-feira (3).

De acordo com a Via-040, que administra a via, em Santos Dumont, na Zona da Mata, próximo ao Km 745, houve um acidente. O tráfego flui em “pare-e-siga”. Por volta de 5h30, havia um quilômetro de retenção entre viadutos do município.

Na capital mineira, próximo ao Km 541, há lentidão devido ao excesso de veículos.

Na noite de ontem, em Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte, houve 12 quilômetros de lentidão nas imediações do Viaduto das Almas. Por volta 2h19, a pista foi liberada nos dois sentidos.

As pistas ficaram interditadas em função de um grave acidente envolvendo uma carreta e um caminhão. Houve derramamento de carga, e até 22h15 não havia previsão de liberação das faixas, segundo informações da Via 040, concessionária responsável pelo trecho.

O acidente aconteceu na tarde de segunda-feira e deixou uma pessoa morta, além de outros três feridos. As vítimas foram socorridas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

(com informações de Lara Alves)

FONTE ITATIAIA

BR-040 em Santos Dumont é interditada devido a erosão e deslizamento

Nesta segunda-feira (02/01), a BR-040, Km 745 em Santos Dumont, foi interditada nos dois sentidos em decorrência de uma erosão e deslizamento de pavimento. As equipes estão no local avaliando as opções para recuperação do pavimento.
Segundo informações da Via 040, o fluxo é de 2Km de lentidão. A pista sentido Rio de Janeiro se encontra interditada, sendo adotado o sistema paree-siga.

FONTE FOLHA DE BARBACENA

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