Santuário do Caraça recebe ‘Ancestral’, novo festival gastronômico

Primeira edição do ‘Ancestral – Festival Cultural do Queijo e do Vinho’ será realizada em 4 de maio

O Santuário do Caraça, situado na região Central de Minas Gerais, recebe, em 4 de maio, a primeira edição de um novo festival gastronômico especializado em queijos e vinhos. O evento intitulado “Ancestral – Festival Cultural do Queijo e do Vinho” promete reunir produtores de todas as regiões do estado, levando hóspedes e visitantes a uma “viagem às origens” dos produtos no Brasil.

Prestes a comemorar seus 250 anos de história, o Santuário do Caraça será ponto de encontro para “um dia em que a gastronomia, a arte e a música irão enaltecer as tradições e riquezas culturais de Minas Gerais”, conforme divulgado pelos organizadores. O evento também promete resgatar uma parte da história local pouco difundida.

Gerente geral do Santuário do Caraça, Pablo Azevedo destaca que o “Ancestral” é um movimento cultural que visa valorizar o queijo artesanal e o vinho fino nacional, buscando resgatar a origem deste último no Brasil. Segundo ele, a região do Santuário do Caraça teve um papel significativo na história da produção de vinhos finos no país.

“Quando os padres portugueses chegaram em Minas Gerais, trouxeram a expertise do plantio das parreiras de uvas e produção do vinho fino, inclusive na região da Serra do Caraça, isso antes da colonização italiana no Sul do país, onde hoje se tem a tradição da produção da bebida. Por isso, o Santuário do Caraça pode ser considerado o local onde começou a produção de vinho fino no Brasil, inclusive com uma premiação por júri internacional datada em 1920″, destacou Azevedo.

Além de resgatar a história do vinho fino brasileiro, o festival também valoriza a produção do queijo artesanal mineiro. “Minas Gerais produzia vários tipos de queijos artesanais que se perderam com a chegada dos laticínios e a imposição de regras da vigilância sanitária aos produtores artesanais nos mesmos moldes das exigências às indústrias e o nosso intuito é resgatar os sabores e processos que eram utilizados no passado”, afirmou o gerente geral do Santuário.

Reservas de hospedagem no Santuário do Caraça para a data do evento já estão disponíveis. Mais informações sobre o festival gastronômico ainda serão divulgadas.

Ancestral – Festival Cultural do Queijo e do Vinho

Data: 04 de maio
Local: Santuário do Caraça | Estrada do Caraça, Km 9 – Entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara – CEP 35960-000

 

FONTE ITATIAIA

A Fantástica Fábrica de Música Encanta Conselheiro Lafaiete

Na noite de sexta-feira, 5 de abril, o Ginásio Poliesportivo de Conselheiro Lafaiete se rendeu à magia e ao encantamento do musical “A Fantástica Fábrica de Música”. Um grande público lotou o local para presenciar essa experiência teatral que abordou o poder da música e seus elementos – ritmo, melodia e harmonia – e como eles devem tocar em nossas vidas e relações.

Com texto de Adalberto Neto, direção de Roberto Bomtempo e direção musical de Roger Henri, o musical encantou pessoas de todas as idades. A peça contou com a participação de crianças e adultos, que foram conduzidos pelo personagem do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827). Através da magia do palco, Beethoven surge em nosso mundo para conduzir essa aventura musical que celebra a universalidade da música.

A idealização do musical é de Gustavo Nunes e Rose Dalney. A produção é da Turbilhão de Ideias (“Cassia Eller, o musical”) e Miniatura 9 (“Musical Mamonas”), com produção local da Rubim Produções. O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, LGA Mineração e conta com o apoio da Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e patrocínio da LGA MINERAÇÃO.

O Secretário Municipal de Cultura, Geraldo Lafaiete, deu as boas-vindas à companhia teatral e ao público presente, e agradeceu à produção pela escolha de Conselheiro Lafaiete para receber este magnífico espetáculo.

XXVII Festa da Goiaba em São Bartolomeu celebra tradição com shows, comidas típicas, oficinas, teatro e feira; veja a programação

A cidade histórica de Ouro Preto se prepara para sediar a XXVII edição da Cultural da Goiaba, que acontecerá no Distrito de São Bartolomeu entre os dias 19 e 21 de abril de 2024. Organizado pela ADAF (Associação dos Doceiros e Agricultores Familiares de São Bartolomeu) em parceria com entidades locais e o apoio da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, o evento promete uma vasta programação gratuita, valorizando a tradição doceira e cultural da região.

Com uma programação diversificada, a festa contará com a presença de autoridades, doceiras e produtores locais na abertura oficial, seguida por apresentações culturais e uma série de shows com grupos e bandas regionais. Além disso, a feira de doceiras e produtores locais será uma oportunidade para os visitantes conhecerem e adquirirem os tradicionais doces mineiros, geleias, licores, artesanatos e outros produtos típicos da região.

Este ano, a festa tem um motivo especial para comemorar: os 16 anos do registro da Arte Doceira como Patrimônio Cultural e Imaterial de Ouro Preto, tombado pela UNESCO. Uma conquista que reforça a importância histórica e cultural da produção artesanal de São Bartolomeu e região.

Aqueles que desejam aproveitar a festa e conhecer as belezas naturais do local devem se antecipar na busca por hospedagem, já que as opções no Distrito e nas imediações costumam se esgotar rapidamente. Pousadas, casas de aluguel e camping são algumas das opções disponíveis, assim como hospedagens nos distritos próximos.

Confira a programação completa:

DIA 19 | Sexta-feira

  • 17h: Abertura Oficial
  • 18h: Início da Programação Cultural
  • 21h: Início dos shows
  • 22h: Último show da noite

DIA 20 | Sábado

  • 10h: Abertura da Feira de Doceiras e Produtores Locais e Oficina de Gastronomia Infantil
  • 12h: Início da Programação Cultural e abertura dos Shows
  • 22h: Último show da noite

DIA 21 | Domingo

  • 10h: Abertura da Feira de Doceiras e Produtores Locais e Oficina de Gastronomia Adulto
  • 12h: Início dos Shows
  • 16h: Último show do dia

SERVIÇO

  • Período: 19 a 21 de abril de 2024
  • Horário: Sexta de 18h às 22h | Sábado de 12h às 22h | Domingo de 12h às 21h
  • Local: Rua do Carmo, Distrito de São Bartolomeu, Ouro Preto – MG
  • Informações: Instagram @festadagoiabasaobartolomeu

 

FONTE SOU BH

O impressionante jardim persa que prospera no meio do deserto no Irã

Um jardim impressionante floresce no meio da terra árida do deserto de Lut, no Irã. Localizado perto de Mahan, na província de Kerman, Bagh-e-Shazdeh ou Jardim Shazdeh é um magnífico oásis verde e seu nome significa “jardim do príncipe”. O tom das árvores e das plantas e o colorido da flores impressiona os visitantes que não esperam encontrar tal estrutura no coração do deserto.

O jardim foi construído durante a dinastia Qajar como uma demonstração de riqueza e também para servir de refúgio aos habitantes locais durante as caminhadas no deserto. Desde 2011, é um dos monumentos nacionais do Irã que está na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.

Olhando de dentro, mal parece que o Jardim Shazdeh está no meio do deserto — Foto: Wikimedia / Ninara
Olhando de dentro, mal parece que o Jardim Shazdeh está no meio do deserto — Foto: Wikimedia / Ninara
Além da natureza exuberante, destaca-se a arquitetura da construção, que remete à tradição e ao estilo de concepção de jardins com origem na Pérsia (como era chamado o Irã). Ele foi erguido em um sistema de terraços escalonados com piscinas e fontes, cercados pela vegetação. O seu belo pavilhão se encontra no ponto mais alto e possui vista para toda a sua extensão.
Além da vegetação, o jardim impressiona pela arquitetura de suas construções — Foto: Wikimedia / Ninara
Além da vegetação, o jardim impressiona pela arquitetura de suas construções — Foto: Wikimedia / Ninara

A construção em degraus é uma técnica construtiva que auxilia na irrigação da plantas, pois a água flui como uma cachoeira do ponto mais alto ao mais baixo. O líquido é trazido de uma nascente nas montanhas próximas, por meio de um sistema de canais e aquedutos.

Verde e florido, o jardim no Irã atrai muitos turistas todos os anos — Foto: Flickr / Ninara / Creative Commons
Verde e florido, o jardim no Irã atrai muitos turistas todos os anos — Foto: Flickr / Ninara / Creative Commons

Os jardins persas também tinham um apelo simbólico de “paraíso na terra”. “Sempre dividido em quatro setores, com a água desempenhando um papel importante tanto na irrigação quanto na ornamentação, o jardim persa foi concebido para simbolizar o Éden e os quatro elementos zoroastristas: céu, terra, água e plantas”, descreve o site da Unesco.

FONTE REVISTA CASA E JARDIM

Roteiros preciosos integram 17 cidades mineiras entre serras, sabores e história

Rota turística pretende conectar cidades mundialmente conhecidas com outros destinos que passam despercebidos em Minas Gerais. Projeto visa dar visibilidade a tesouros históricos escondidos do grande público

Sobre lombos de burros ou a pé, os bandeirantes desempenharam um papel significativo na exploração e desbravamento de Minas Gerais entre os séculos 16 e 18. Originários principalmente de São Paulo, esses tropeiros eram conhecidos por suas buscas por riquezas minerais, como ouro, prata e pedras preciosas, além de sua atuação na expansão territorial do Brasil colonial. Apesar de sua importância na história da colonização do Brasil, a atuação dos bandeirantes também foi marcada por conflitos com povos indígenas e outras comunidades, além de práticas consideradas violentas e controversas.

E nessa busca incansável por riquezas, os bandeirantes desempenharam um papel crucial na descoberta e exploração das minas de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais, o que teve um impacto significativo no desenvolvimento econômico e social da região. Suas expedições desbravaram caminhos, estabeleceram rotas e contribuíram para a formação de povoados e vilas que mais tarde se tornaram cidades importantes. Exploradores intrépidos, a presença deles foi fundamental para o surgimento de povoados históricos como a antiga Vila Rica ( Ouro Preto) e o Arraial do Tejuco ( Diamantina).

Cerca de 300 anos depois, esses caminhos outrora trilhados por bandeirantes como Antônio Dias, Pascoal Moreira Cabral, Bartolomeu Bueno da Silva, Fernão Dias Pais e Antônio Rodrigues Arzão deram lugar ao Circuito do Ouro. Trata-se de uma região turística que engloba 17 municípios, com afinidades culturais, históricas e naturais, e uma grande proximidade geográfica entre eles. Algumas cidades estão situadas na região metropolitana de Belo Horizonte, enquanto os mais distantes estão a, no máximo, 170 quilômetros da capital mineira.

Mapa do Circuito do Ouro mostra os quatro roteiros disponíveis
Mapa do Circuito do Ouro mostra os quatro roteiros disponíveis Circuito do Ouro/Divulgação

Esta região, marcada pelo Ciclo do Ouro em Minas Gerais, foi o berço da Inconfidência Mineira e é o cenário de histórias e lendas incríveis. Além disso, é uma referência em arquitetura. De acordo com Márcia Martins, diretora-executiva do Circuito do Ouro, é possível desfrutar de uma excelente gastronomia, aventuras e uma natureza deslumbrante, além de uma variedade de eventos que atraem desde os mais jovens até os mais experientes. Para facilitar a exploração da região, O Circuito do Ouro é dividido em roteiros. No total, são quatro rotas para que o visitante possa conhecer mais sobre Minas Gerais.

“O papel do Circuito do Ouro é promover os municípios organizados através desses quatro roteiros, sendo cada um com a sua temática. A ideia é mostrar ao visitante que o circuito tem muito mais do que se espera daquele óbvio, do que as pessoas esperam de Minas Gerais. Então a gente vai além, o turista vai sair da concentração do eixo das cidades mais famosas, a gente consegue mostrar que outras localidades tem várias possibilidades, então a gente costuma falar que o Circuito do Ouro vai além do pão de queijo, ele vai além do histórico-cultural, nós temos várias possibilidades de natureza e aventura, inclusive nas cidades que são o Patrimônio da Humanidade”, observa Márcia.

A diretora-executiva do Circuito do Ouro explica por que os roteiros são organizados em temas e o diferencial para quem visita a região Central de Minas Gerais: “ a gente indica um roteiro específico, por exemplo, natureza, aventura e gastronomia, ou sabores e aromas. Opção também para quem quer conhecer um pouco de história. Quem quer conhecer um roteiro da origem aí da cozinha mineira, religiosidade, gastronomia, né? Um exemplo de turismo da fé, temos um roteiro que liga dois grandes santuários, que é a Piedade e o Caraça. No Ruralidades e Personalidades a gente tem grandes nomes, grandes artistas que trabalharam no nas cidades como Vieira Servas em Nova Era e o próprio Carlos Drummond de Andrade, em Itabira. A região sente orgulho de ter personalidades contemporâneas como Dona Terezinha, do pastel de São José, que ajudou a salvar a Matriz de Nova Era. Nós temos vários artistas, pequenos artesãos, então, assim, várias oportunidades de visita às fazendas. Além de toda a história do tropeirismo em Ipoema. A ideia é que as pessoas consigam consumir essa região, além do óbvio que espera, porém, de um jeito diferente, de um jeito mais gostoso, com base naquilo que ela quer, do desejo dela, e a gente quer mostrar que ela pode encontrar tudo isso aqui.”, finaliza Márcia Martins.

Roteiros

Minas Gerais possui diversos roteiros maravilhosos! São tantas histórias que recheiam o estado cercado por serras, trilhas, sabores, rios, lagos e cachoeiras. É inegável o peso histórico da região do ouro para o mundo e, o quanto é fascinante visitar lugares que parecem um verdadeiro túnel do tempo. Para facilitar a circulação, a região é apresentada de maneira prática e segmentada. Com isso, você consegue organizar melhor a sua viagem, saindo do óbvio e aproveitando o que tem de melhor dos roteiros do Circuito do Ouro.

Entre Serras da Piedade ao Caraça

 Santuário do Caraça, em Catas Altas, faz parte do roteiro de fé e natureza Entre Serras
Santuário do Caraça, em Catas Altas, faz parte do roteiro de fé e natureza Entre Serras Gladyston Rodrigues/EM

Saindo de Belo Horizonte pela BR-381, a primeira parada deste roteiro comeca em Caeté no Santuario de Nossa Senhora da Piedade. Independente de sua crenca ou religiao, voce vai poder desfrutar de um visual belissimo e garantindo várias selfies! E descendo a serra vai poder conhecer a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso e provar o famoso ‘queijão do Morro Vermelho’, que na verdade é um doce. Seguindo para Barao de Cocais você vai conhecer registros da pre-história de 6 mil anos a.C e experimentar as quitandas e a famosa goiabada cascão, patrimônio imaterial da cidade. Em Santa Barbara pinturas de Mestre Ataide, o lindo trabalho das Tecelãs de Brumal e conhecer um pouco mais sobre Santo Antonio, padroeiro da cidade. Catas Altas finaliza o roteiro, com charme, tranquilidade, vinho de jabuticaba aos pés da serra e, claro, você também pode visitar o Santuário do Caraça.

Entre Cenários da História

 Patrimônio da Humanidade, Ouro Preto tem longa vocação turística em Minas. Destino histórico é uma viagem ao período colonial do Brasil
Patrimônio da Humanidade, Ouro Preto tem longa vocação turística em Minas. Destino histórico é uma viagem ao período colonial do Brasil Edesio Ferreira/EM

As cidades que compõem este roteiro são Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. Elas abrigam um conjunto de patrimônios impressionantes, que abriga igrejas, casas e centros históricos. Essa herança nos proporciona uma arquitetura espetacular, assim como muita cultura, artes e ofícios tradicionais da região — jóias, pinturas e música clássica e barroca. O acervo histórico presente na região se une às belezas naturais: serras, cachoeiras, fauna e flora. Somado a isso, encontramos uma cultura com experiências e vivências tradicionais singulares, como a construção de esculturas e objetos em pedra-sabão, inclusive, projetos de artistas contemporâneos. O conjunto impressiona.Unindo as atrações dessas quatro cidades, o roteiro Entre Cenários da História propõe uma viagem diferente de todas as que você já viveu: uma volta ao passado. A proximidade entre elas permitiu a criação de um roteiro com deslocamento fácil e rápido, feito por estrada. Isso o torna ideal para fazê-lo só, em família ou com amigos!

Entre Trilhas, Sabores e Aromas

 Pastel de angu de Itabirito é patrimônio imaterial do município desde 2010
Pastel de angu de Itabirito é patrimônio imaterial do município desde 2010 Mineirosnaestrada.com.br/Reproducao

Para se surpreender com a gastronomia e desfrutar de passeios junto à natureza, o roteiro ideal é composto por Rio Acima, Itabirito, Nova Lima, Sabará, Raposos e Santa Luzia – ele oferece experiências únicas! Nesse roteiro você vai conhecer a produção da queca, uma tradição inglesa mantida em Nova Lima ! Uma outra delícia do roteiro é o pastel de angu de Itabirito que você pode harmonizar com molho de jabuticaba de Sabará. E para os aventureiros, Rio Acima e Raposos apresentam cachoeiras lindíssimas, cada trecho das trilhas para se chegar a cada uma delas vale muito a pena. Em Santa Luzia, cidade renomada por suas tradições religiosas, há muito para explorar. Além das suas características religiosas marcantes, como o Convento de Macaúbas, um refúgio de paz e devoção onde as freiras vivem em comunhão com a natureza, há também uma rica cena gastronômica a ser apreciada. O recém-inaugurado Museu da Cozinha Mineira. Vale a pena vivenciar essa experiência!

Entre Ruralidades e Personalidades

Foi neste antigo sobrado, em Itabira, que o poeta Carlos Drummond de Andrade passou a infância. Hoje, o local é um museu
Foi neste antigo sobrado, em Itabira, que o poeta Carlos Drummond de Andrade passou a infância. Hoje, o local é um museu Carlos Altman/EM

O poeta Carlos Drummond de Andrade, de Itabira, é uma das grandes personalidades mineiras. E, por isso, Itabira, sua cidade natal, está repleta de homenagens ao grande escritor. Além do Centro Histórico, que reúne os casarões centenários, os paredões e as ruas com o calçamento da época, Itabira é a sede do Museu de Território Caminhos Drummondianos e do Memorial Carlos Drummond de Andrade. Montanhas, matas, riachos, cachoeiras e outras belezas naturais podem ser encontradas nos distritos de Ipoema e Senhora do Carmo, para onde vão os amantes de esportes radicais e aqueles que querem conhecer mais sobre a história do tropeirismo em Minas. Terminamos o roteiro em Nova Era, fundada em 1703 como um arraial. Localizada na bacia do Rio Piracicaba, a cidade se encontra entre a Região do Ouro e do Vale do Aço.

Sobre a Associação Circuito do Ouro

Circuito do Ouro teve sua origem como um fórum de turismo no Santuário do Caraça na década de 1990. No início dos anos 2000, adquiriu personalidade jurídica, tornando-se uma uma entidade privada, sem fins lucrativos, que tem a responsabilidade de organizar o turismo regionalmente, promovendo o diálogo e desenvolvendo projetos em colaboração com entidades públicas e privadas, além de apoiar e impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região por meio da atividade turística. Atualmente, a associação tem como presidente a diretora de turismo de Nova Era, Sandra Coelho, e como vice-presidente a turismóloga de Ouro Preto, Fabiana Nonato, ambas com mais de dez anos de experiência no mercado turístico. Os municípios associados, além de participarem das políticas públicas de turismo orientadas pela instância de governança regional, que é responsável por orientar as cidades seguindo as diretrizes da Secretaria de Turismo e Cultura de Minas Gerais – SECULT e do Ministério do Turismo, também se beneficiam do plano de trabalho estratégico da entidade.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Parque nacional em Minas Gerais guarda maior estalactite do mundo

Além de belíssimas grutas e trilhas, a Unidade de Conservação também tem sítios arqueológicos e pinturas rupestres

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um complexo de lapas, cavernas e cachoeiras de 56 mil hectares que abrange três cidades no norte de Minas Gerais: Januária, Itacarambi e São João das Missões. O cenário é grandioso, com enormes grutas que chegam a centenas de metros de altura.

A principal delas é a Gruta do Janelão, que guarda a Perna da Bailarina – nada menos que a maior estalactite do mundo. A trilha até lá leva em torno de cinco horas e meia (ida e volta), com dificuldade moderada.

Gruta do Janelão, Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Minas Gerais

Outro destaque do parque são as pinturas rupestres, com desenhos impressionantes que datam do período pré-histórico. Na Lapa dos Desenhos, é possível testemunhar a presença humana na região por meio dos enormes painéis de arte na boca da gruta.

Lapa dos Desenhos, Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Minas Gerais

Já o Arco do André tem paredes de 110 metros de altura que formam uma abóbada. Com cerca de 8 km e dificuldade moderada, a trilha que leva até lá dura em torno de sete horas ida e volta em terreno bastante íngreme. É importante estar com bom preparo físico para encarar.

Serviço
Só é permitido realizar as trilhas no parque acompanhado de um guia credenciado pelo ICMBio, que deve ser contratado com antecedência. No site oficial do instituto, há uma lista com todos os condutores habilitados e os contatos para realizar o agendamento. Os valores cobrados variam, vale pesquisar.

O aeroporto mais próximo ao Parque é o de Montes Claros, a 200 km de distância. De lá, é possível pegar um ônibus ou alugar um carro até Januária ou Itacarambi, as cidades mais próximas ao complexo.

 

FONTE VIAGEM E TURISMO

Mais antiga que Ouro Preto, cidade mineira é pepita que merece ser descoberta

Ao completar 321 anos, antigo Arraial de São José da Lagoa, hoje conhecido como Nova Era, faz um resgate do passado ao apresentar aos visitantes o quanto a cidade é rica em história e tradição

Nos anos de 1980, os desfiles dos alunos das escolas estaduais no 7 de setembro, em Nova Era, eram marcados por fanfarras, alegorias e representações dos bandeirantes, que foram os fundadores da cidade. Os tropeiros Antônio Dias de Oliveira e os irmãos Camargos fundaram a cidade entre 1703 e 1705 e seus feitos são lembrados até os dias atuais. Quem hoje passa pela BR-381 a caminho do Vale do Aço não imagina que na cidade às margens da rodovia e, separada ao meio pelo Rio Piracicaba que serpenteia o município, encontram-se tesouros barrocos em monumentos na localidade que completou este ano 321 anos de história.

A pequena cidade de Nova Era, com cerca de 17 mil habitantes, mira no passado para se projetar como um destino turístico no futuro. A valorização de bens tombados como a Matriz de São José da Lagoa, além dos monumentos históricos no adro da igreja, como o museu e a atual Câmara Municipal. Junta-se ao registro de bens com mais de 300 anos a antiga Fazenda da Vargem; Com toda essa riqueza, a cidade preserva um bem valioso – a história – para poder atrair visitantes para a cidade na Região Central de Minas Gerais.

“Nova Era tem um potencial turístico alto. O Circuito do Ouro é a possibilidade de conexão da cidade com outros destinos já consagrados no turismo. É poder inserir a cidade num mapa e atrair visitantes. Imagine um visitante que vai ao Santuário do Caraça, em Catas Altas, e queira conhecer localidades ao redor. O circuito divulga os roteiros e oferece outras possibilidades de passeios”, admira Txai Costa, o jovem prefeito de Nova Era.

Entusiasta do Circuito do Ouro, Txai aposta na cidade como um destino onde os turistas possam visitar por mais um dia, não apenas um local de passagem para outros roteiros. Por isso a importância de divulgar os monumentos históricos e culturais que a cidade oferece. Como gestor público, nada melhor que ele mesmo apresentar aos visitantes todos os tesouros escondidos em Nova Era.

Igreja Matriz de São José da Lagoa

Altar-mor, criado por Francisco Vieira Servas, escultor e entalhador da época de Aleijadinho, é uma das principais atrações da igreja Matriz de São José da Lagoa
Altar-mor, criado por Francisco Vieira Servas, escultor e entalhador da época de Aleijadinho, é uma das principais atrações da igreja Matriz de São José da Lagoa/ Carlos Altman

Construída em formato de navio negreiro ( como outras igrejas em Santa Bárbara, Sabará e Milho Verde), a Matriz de São José da Lagoa foi edificada no século 18 e é considerada um Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tombada pelo IPHAN em 1953. De acordo com registros históricos, a Igreja Matriz São José da Lagoa foi construída antes de 1754. O altar-mor, criado por Francisco Vieira Servas, escultor e entalhador da época de Aleijadinho, é uma das principais atrações da igreja. A pintura do teto da Matriz São José reflete o estilo rococó da transição entre os séculos 18 e 19. A planta da igreja se desenvolve a partir da nave, separada da capela-mor pelo arco-cruzeiro. O interior é marcado pela exuberante decoração em ouro, conjunto de talhas. Os altares abrigam imagens de São Francisco, Sant’Anna, São João Batista, São Sebastião, Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Benedito. Destaca-se no altar-mor a imagem do padroeiro São José. Um dos altares colaterais possui uma curiosidade arquitetônica, com o camarim subdividido em dois níveis para abrigar Santana Mestra e São Francisco, um exemplo único no Brasil.

Lagoa de São José

Tida como sagrada, foi nessa lagoa que se deu a fundação de Nova Era no início do século 18, por uma promessa de dois bandeirantes
Tida como sagrada, foi nessa lagoa que se deu a fundação de Nova Era no início do século 18, por uma promessa de dois bandeirantes/ Carlos Altman/EM

Fruto de uma lenda do passado, é um local de devoção e acredita-se que suas águas são milagrosas. Ditos populares contam que dois bandeirantes, em exploração das riquezas das Minas Gerais, acabaram por se perder no sertão desconhecido. Estavam cansados de caminhar, a pele ressequida pelo sol, os pés calejados pelo chão sem fim. Totalmente desamparados, com fome e sede, viam as forças lhes fugirem e pouca perspectiva de salvação. Amparados apenas um no outro, encontraram na fé o único elo de perseverança e lucidez. Oraram por São José, santo que lhes era conhecido e querido. Pediram forças, vida e água. Prometeram erguer uma cidade, se e onde encontrassem água. Continuaram andando em meio às orações. De repente, depararam-se em uma clareira, e naquele local, uma bela lagoa de águas cristalinas. Saciada a sede, ao olharem o espelho d’água, viram ali a imagem refletida do santo em oração. Era 19 de Março, dia de São José. Promessa cumprida, nasce o arraial de São José da Lagoa, que hoje é conhecido como Nova Era. Hoje, o local funciona como Centro de Educação Ambiental.

Fazenda da Vargem

Mais antiga que Ouro Preto, Nova Era guarda preciosidades históricas como a Fazenda da Vargem, bem conservada que hoje abriga um museu
Mais antiga que Ouro Preto, Nova Era guarda preciosidades históricas como a Fazenda da Vargem, bem conservada que hoje abriga um museu/ Carlos Altman/EM

A Fazenda da Vargem, situada a 6 quilômetros da cidade, às margens da MG 120 no caminho de São Domingos do Prata, impressiona pela sua beleza e imponência arquitetônica com suas 48 janelas coloniais. Construída na primeira metade do século 19, a fazenda serviu como um importante ponto de comércio. A rodovia foi originalmente projetada como uma rota estratégica para o tropeirismo, interagindo com toda a região ao redor. Na década de 1950/60, parte dessa rota foi pensada como ramal ferroviário (Leopoldina) ligando Nova Era à Zona da Mata, mas que infelizmente o projeto não foi concluído. Elvécio Eustáquio da Silva, antigo pesquisador de Nova Era, descobriu que pela fazenda passavam as tropas seguiam para regiões onde hoje estão os municípios de Dom Silvério, Itabira, Ponte Nova, entre outros. Ainda de acordo com Elvécio, a fazenda também seria possivelmente ponto de venda da mão-de-obra escravizada. Nos anos de 1980, o local já serviu de palco de grandes artistas de renome nacional, como Elba Ramalho, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Jorge Ben e Skank. Com a presença de atrações musicais, a FEANE ( Festa da Amizade de Nova Era) atraía um grande público, não apenas do município, mas também das cidades vizinhas.

Museu de Arte e História

Tombado pelo Iphan, conjunto arquitetônico no adro da Igreja Matriz de São José da Lagoa, abriga casarões coloniais
Tombado pelo Iphan, conjunto arquitetônico no adro da Igreja Matriz de São José da Lagoa, abriga casarões coloniais/ Carlos Altman/EM

O local abriga uma coleção de peças e documentos relacionados à história do município, provenientes principalmente de doações de famílias locais. O Museu Municipal de Arte e História de Nova Era está localizado em uma casa construída no século 18. As peças contam a história da cidade através de objetos tradicionais, como os ligados à liturgia da Igreja Católica, e também itens inusitados, como um gasômetro do século 19 e um antigo projetor cinematográfico a querosene. O espaço também documenta a presença de negros escravizados na região, exibindo objetos utilizados em sessões de tortura. Além disso, possui uma coleção de fotos representativas da evolução da região, suas características e manifestações populares. O local é utilizado para eventos sociais e culturais, recebendo visitantes locais, turistas e alunos de cidades vizinhas. Tombado pelo IPHAN, o espaço conta com mais de 500 peças, incluindo objetos religiosos, peças sacras, uma pinacoteca com destaque para o “Senhor Morto” do século 18, e dois Missais Romanum de 1782 e 1818.

Ponte Benedito Benedito Valadares

 Inaugurada em 1940, Ponte Benedito Valadares teve a presença do presidente Getúlio Vargas na cidade
Inaugurada em 1940, Ponte Benedito Valadares teve a presença do presidente Getúlio Vargas na cidade/ Carlos Altman/EM

Os arcos icônicos da Ponte Benedito Valadares chamam a atenção dos visitantes. Inaugurada em 1940, a cerimônia trouxe para a cidade mineira o presidente Getúlio Vargas e o governador Benedito Valadares. Localizada no Centro da cidade, a construção em concreto armado é de grande utilidade para todos os habitantes de Nova Era. Em 2010, a ponte sofreu alteração em sua estrutura para impedir a passagem de veículos pesados, pois, estudos realizados na construção indicaram que a estrutura não suporta mais que dez toneladas. Já em 2016, foi tombada como Patrimônio Cultural do município.

Gruta de São José da Lagoa

Local de fé e devoção, Gruta de São josé tem poder de cura e relaxamento
Local de fé e devoção, Gruta de São josé tem poder de cura e relaxamento/ Carlos Altman/EM

Para quem tem fé, a pequena gruta é um local de devoção, de pedidos e de cura. Abaixo da Lagoa de São José, o barulho da cascatinha nas pedras é um local de relaxamento. É um portal espiritual que conecta o visitante ao divino. Situada às margens da BR 381, ela foi inaugurada em 19 de março de 1966. Nesse pequeno abrigo natural, que recebeu a imagem de São José Operário, a presença do pai de Jesus conforta os corações em aflito. Um lugar de adoração e contemplação em meio à natureza exuberante. Mesmo em dias quentes, prevalece o frescor proveniente das águas que escorrem pelas pedras. Um recanto de Paz que merece ser visitado.

Cascatinha da Pedra Furada

Entre Nova Era e Bela Vista, próxima à linha férrea e ao Rio Piracicaba, uma cascatinha desponta na paisagem. O local, conhecido como Pedra Furada, já era de conhecimento dos ‘novos tropeiros” – praticantes de trekking e bike –que descobriram o lugar em suas explorações. De acordo com o prefeito Txai Costa, análises feitas na água garantem que elas estão aptas para beber e se refrescar.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Salto das Sete Quedas, rio Irharhar e outros 5 lugares do mundo que deixaram de existir

O que não falta no mundo são lugares para serem conhecidos, explorados e desvendados, certo? A lógica faz sentido, menos para os locais destacados abaixo, já que, por diferentes razões, eles não existem mais.

Em comum, é possível afirmar que a ação humana contribuiu para que estes pontos não estivessem mais acessíveis. Seja de maneira direta ou pelas consequências das mudanças climáticas que o planeta enfrenta desde que o ser humano tomou as rédeas do mundo, você só encontrará estas localizações nos livros de história — ou em nosso texto. Confira.

1. Salto das Sete Quedas

(Fonte: Wikimedia Commons)
O Salto das Sete Quedas foi submerso durante a ditadura militar. (Fonte: Wikimedia Commons)

Inauguramos essa lista com um lugar lindo, localizado na divisa entre o Brasil e o Paraguai. Conhecida do lado brasileiro como Salto de Sete Quedas, tratava-se das maiores cachoeiras do mundo em volume de água. De acordo com estimativas da época, eram cerca de 13,3 mil metros cúbicos de água por segundo — o dobro do registrado nas Cataratas do Niágara, a título de curiosidade.

Durante a Ditadura Militar do Brasil, nosso governo e o paraguaio se uniram para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Para que isso fosse possível, foi determinado, em 1966, a submersão do Salto de Sete Quedas, concluída no ano de 1982, dando origem ao Lago de Itaipu.

2. Rungholt

(Fonte: Johannes Gutenberg University Mainz/Reprodução)
Rungholt acabou submersa por conta de uma tempestade. (Fonte: Johannes Gutenberg University Mainz/Reprodução)

Um lugar não ganha a alcunha de “atlântida alemã” à toa. Por séculos, a história de uma cidade na costa norte da Alemanha que sumira do mapa ao ser tragada pelas águas foi nada além de um mito. Porém, a descoberta de vestígios de construções semelhantes a um porto comercial, em 2023, mostraram que Rungholt realmente existiu.

Pesquisadores apontam que uma forte tempestade atingiu a região no ano de 1362, fazendo com que a cidade ficasse submersa. O local, em virtude do caráter portuário, era de fartura e riqueza, o que alimentou as teorias de que um castigo divino teria selado o fim de Rungholt.

3. Doggerland

(Fonte: Wikimedia Commons)
Doggerland foi engolida por um tsunami. (Fonte: Wikimedia Commons)

Doggerland é o nome de um jogo de videogame, mas antes disso foi uma região localizada na costa leste da Grã-Bretanha que foi engolida por um tsunami. Se hoje as pessoas olham e não creem na possibilidade de que naquele pedaço de oceano havia terra firme, há cerca de 12 mil anos era diferente.

Uma área aproximada de 46 mil quilômetros quadrados, batizada de Doggerland, era habitada por caçadores-coletores, que ali colhiam avelãs, frutas vermelhas e outros alimentos. Além do tsunami, ocorrido há 8 mil anos, Doggerland foi afetada pelo derretimento de grandes geleiras, que já haviam feito as porções de terra ficarem submersas. Os primeiros vestígios de que naquela região do Mar do Norte realmente houve terra e vida apareceram em 1931.

4. Ponte Terrestre de Bering

(Fonte: Wikimedia Commons)
Uma ligação entre a América do Norte a Ásia simplesmente sumiu do mapa. (Fonte: Wikimedia Commons)

Há milhares de anos, uma porção de terra ligava a América do Norte à Ásia, em uma região localizada entre o rio Lena, na Rússia, e o rio Mackenzie, no Canadá.

A Ponte Terrestre de Bering, como foi nomeada pelos cientistas, teria sido o ponto de chegada dos seres humanos nas Américas, quando o nível do mar baixou e permitiu a travessia terrestre. Pesquisas recentes demonstraram que essa possibilidade ocorreu há 35.700 anos, durante a Era do Gelo, e durou menos tempo do que se imaginava.

5. Rio Irharhar

(Fonte: Wikimedia Commons)
O rio Irharhar, no deserto do Saara, foi soterrado. (Fonte: Wikimedia Commons)

Pode ser surpreendente, mas o deserto do Saara, famoso por suas longas, quentes e secas areias, já foi bastante diferente. Entre 130.000 e 100.000 anos atrás, essa árida porção do continente africano abrigava o rio Irharhar, responsável por criar uma região apontada como detentora de flora e fauna exuberantes.

Pesquisas recentes sugerem que o rio tenha tido importante papel na migração humana, servindo de corredor para que antepassados deixassem o continente. Isso, é claro, antes de ser soterrado e virar o famoso monte de areia.

 

FONTE MEGA CURIOSO

Ouro Preto recebe Capital Inicial, Paula Toller e Humberto Gessinger em junho

Está confirmado: o Planeta Ouro Preto trará para a cidade muito rock com Capital Inicial, Paula Toller e Humberto Gessinger. O evento ‘Sons do Passado’ está marcado para o dia 1 de junho, às 17h, no Centro de Convenções da UFOP. A FCA – Festival Cultura e Arte revelou que as vendas para o evento serão abertas hoje (02), às 20h.

O Planeta Ouro Preto é um evento que há anos agita a cidade histórica com artistas que marcaram época no Brasil. Somente nos últimos anos, o Centro de Convenções já recebeu Skank, O Rappa, Zé Ramalho e outros artistas consagrados.

Vale destacar que o ‘Sons do Passado’ é 100% Open Bar no estacionamento do centro de convenções da UFOP.

Capital Inicial:

Ouro Preto recebe Capital Inicial, Paula Toller e Humberto Gessinger em junho
A histórica banda de Brasília. Foto: Divulgação

O Capital Inicial é uma das bandas mais icônicas do rock brasileiro, com uma carreira que atravessa décadas e gerações. Formada em Brasília no início dos anos 80, a banda se destacou rapidamente no cenário musical nacional com sua energia contagiante e letras que abordam temas sociais e políticos. Liderada pelo carismático vocalista Dinho Ouro Preto, o grupo é conhecido por hits como “À Sua Maneira”, “Primeiros Erros” e “Natasha”, que conquistaram o público e se tornaram hinos de gerações inteiras. Com uma mistura de punk, pop e rock, o Capital Inicial continua a cativar fãs de todas as idades com sua música autêntica e poderosa, consolidando seu lugar como uma das bandas mais importantes e influentes do Brasil.

Paula Toller:

Ouro Preto recebe Capital Inicial, Paula Toller e Humberto Gessinger em junho
Em nova fase, Paula Toller retorna à Ouro Preto. Foto: Divulgação

Paula Toller é uma das vozes mais reconhecíveis e talentosas do cenário musical brasileiro. Como vocalista da banda Kid Abelha, ela conquistou o público com sua presença de palco cativante e letras marcantes. Após o fim da banda, Paula seguiu carreira solo e continuou a encantar o público com sua música envolvente e estilo único. Sucessos como “Dias de Sol” e “Perto do Fogo” mostram sua habilidade em mesclar pop, rock e música brasileira de forma original e inspiradora. Além de sua carreira musical, Paula também é uma artista versátil, atuando como compositora, atriz e escritora. Seu talento e carisma continuam a conquistar admiradores em todo o país, solidificando seu lugar como uma das grandes divas da música brasileira.

Humberto Gessinger:

Ouro Preto recebe Capital Inicial, Paula Toller e Humberto Gessinger em junho
Hit é com ele. Foto: Divulgação

Humberto Gessinger é uma figura lendária no cenário do rock brasileiro, conhecido principalmente como vocalista, baixista e líder da banda Engenheiros do Hawaii. Com sua voz característica e letras profundas, ele conquistou uma legião de fãs ao longo dos anos. As músicas da banda, como “Pra Ser Sincero”, “Infinita Highway” e “O Papa é Pop”, são verdadeiros clássicos do rock nacional, marcadas pela inteligência poética de Gessinger e pela habilidade da banda em mesclar diferentes estilos musicais. Além de sua carreira com os Engenheiros do Hawaii, Humberto também segue carreira solo, demonstrando sua versatilidade como músico e compositor. Sua influência na música brasileira é inegável, e seu legado como um dos grandes ícones do rock nacional perdura até os dias de hoje.

 

FONTE JORNAL GALILÉ

“Cantinho do Pau-a-Pique”, surge uma obra-prima na arquitetura rural de Belo Vale

Uma boa ideia que valoriza a moradia tradicional e contribui para o ambiente sustentável.

 Uma casa com ares de tempos remotos, construção que ocupa 75 m2 e renova o tradicional pau-a-pique, proporcionando bem-estar, claridade e clima de nostalgia. A proposta de construir um refúgio saudável na Rua Ana Gonçalves de Assunção, zona rural de Olaria, próximo à Barra Nova, bairro de Belo Vale, partiu do aposentado, ex-ferroviário Gerson Vicente Dias Mendes, nascido em 1961, na Chacrinha dos Pretos, terra de quilombolas.

Ainda criança, morando na Chacrinha, Gerson observava parentes e vizinhos construindo casas de pau-a-pique; aquela forma de levantar as casinhas chamava sua atenção. – “O tempo passou; as casas tradicionais foram derrubadas e substituídas por outras com padrões de materiais modernos e caros. As pessoas não valorizam mais moradias e histórias ancestrais de nossos antepassados, que vão ficando esquecidas;” afirmou Gerson.

Cerca de 30 dormentes e eucalipto tratado foram utilizados para estrutura e telhado da moradia.

Elementos construtivos retirados no lote

O sonho amadureceu há quatro anos, quando o construtor colocou sua ideia no papel e elaborou o desenho que vem executando com mão de obra própria. – “Às vezes, recebo visita de amigos, do meu filho e do genro, quem me ajudam e compartilhamos raros momentos de felicidade”, sorriu. A maioria dos elementos construtivos é extraída do próprio lote: terra vermelha para amassar o barro, água que vem de quatro minas ou do poço artesiano, bambus e capim para compor as paredes, além da argila para o reboco que tira no brejo.

A estrutura agrega 30 dormentes antigos que foram utilizados na linha férrea da Rede Ferroviária. A cobertura é traçada com eucalipto tratado e telhas curvas, moldadas na coxa e reaproveitadas de casas e fazendas antigas da região, bem como, janelas e portas em madeira de peroba. A novidade são as garrafas de vidro coloridas que clareiam, suavizam o ambiente e dão um aspecto de neon nas paredes. Elas foram selecionadas por uma amiga de Gerson que trabalha na usina de reciclagem da cidade.

Garrafas coloridas moldadas nas paredes suavizam, clareiam e tornam o ambiente acolhedor.

Inauguração mantida em sigilo

 O proprietário esbanja felicidade por ter forças para desenvolver o seu projeto. A casa composta de três quartos, uma sala, cozinha e dois banheiros, terá varanda frontal e lateral, com piso de tijolos queimados, também recuperados de construções. Será servida com fogão à lenha, forro de taquara e decorada com peças que remetem ao passado. Um luxo da construção com investimentos em torno de R$ 50 mil, bem empregados. A previsão é de que seja inaugurada nesse ano, porém, a data está mantida em segredo. – “Um farto churrasco irá celebrar com a família e amigos, o importante momento de nossas vidas.” Prometeu o amigo, quem me recebeu e, certamente, não irá deixar-me fora dessa confraternização.

Tarcísio Martins, jornalista e ambientalista; fotografias.

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