BR-040: concessão pode ter sobrepreço de R$ 582 mi e onerar pedágio, alerta TCU

ANTT aprovou edital nesta quinta-feira (23); especialistas temem fiasco de leilão como o da BR-381

O trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora ganhou um golpe de esperança após o edital de concessão ser finalmente aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) nessa quinta-feira (23 de novembro). Mas o processo até um leilão de sucesso ainda guarda algumas ressalvas. O Tribunal de Contas da União (TCU), ao avaliar o projeto de concessão do trecho, identificou um sobrepreço de R$ 582 milhões. Segundo o órgão, foram levantados custos acima dos preços do mercado e estão sendo considerados serviços desnecessários, o que deve resultar em uma oneração indevida da tarifa de pedágio. O problema de um edital de concessão inadequado é, segundo especialistas, a consequência de um leilão que não desperta interesse, como aconteceu com a BR-381

A análise do TCU observou que a tabela de custos do projeto de concessão da BR-040 não segue a base de referência do governo federal – o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) – e sequer explica como os valores foram estabelecidos. Para se ter ideia, o projeto determina um custo de R$ 55,58 o m³ do “solo para base de remendo profundo”. Já o custo determinado pelo Sicro para o mesmo item é de R$ 3,76 o m³. A diferença é de 1378%. 

Outro problema que pode acabar onerando os bolsos dos motoristas foi sinalizado pelo TCU como serviços sem sentido. O órgão cita os trechos escolhidos pelo projeto de concessão para “correção de traçado” da 040. Segundo a análise, são trechos em que não é preciso refazer toda a pista ou que o ajuste previsto, na verdade, prejudicaria a rodovia. Só a correção desses serviços a mais oneram o projeto em R$ 69 milhões. 

A ANTT respondeu ao órgão que o projeto possui as justificativas dos valores, mas isso não foi confirmado pelo TCU. “Esse sobrepreço é estranho. Obviamente, o governo vai fazer os levantamentos dos custos de acordo com as suas planilhas básicas. Quando os custos estão dentro do posto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é quando o projeto está adequado”, explica o especialista em trânsito Silvestre Andrade.  

Mesmo assim, segundo Andrade, as diferenças de custo costumam ser comuns quando comparados projetos públicos e privados, e o que vai beneficiar ou não o leilão é a concordância com os valores do mercado. “O setor público às vezes dimensiona valores que não funcionam no âmbito privado, que o mercado não está disposto a bancar. O valor, quando vai à licitação, também pode ser negociado, pode ser apresentado desconto, ofertas melhores. Já se o custo fica muito abaixo, se foge da realidade, acaba em uma licitação deserta como foi com a 381”, afirma. 

De fato, o trauma de uma licitação que falha parece ter sido herdada do leilão da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, que precisou ser adiado ao não despertar empresas interessadas. O investimento previsto para a obra gira em torno de R$ 10 bilhões, e o da BR-040, entre BH e Juiz de Fora, R$ 9 bilhões. “Quando não aparece nenhum interessado, a impressão é que tem uma falha muito grande no edital do governo. Um problema na 040 é a concessionária querer entregar o trecho de qualquer jeito, e isso há anos. Esses processos estão acontecendo com certa irresponsabilidade. São concessões baseadas no menor valor da tarifa, quando vale também uma análise na viabilidade e sucesso do projeto”, analisa o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto. 

O TCU fez determinações de revisão do projeto à ANTT, que deve dar um retorno antes de seguir com a licitação da BR-040 entre BH e Juiz de Fora. O órgão informou que esses pedidos serão monitorados, mas, como a avaliação do projeto está recente, ainda não há previsão para que ocorra a fiscalização. “Isso vai ser monitorado ao longo do tempo pelo poder público. É um processo de longo prazo”, explica o especialista Andrade. 

Empresa que vencer leilão vai herdar rodovia da morte 

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Um dos trechos com maior incidência de acidentes está entre os km 563 e km 617 da BR-040. Nesta sexta (24 de novembro), um acidente com duas carretas no km 603, em Congonhas, na região Central de Minas Gerais, deixou duas pessoas gravemente feridas. Há 18 dias, três pessoas morreram em um engarrafamento no mesmo local.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG) realizou um estudo específico desse trecho da 040 e identificou desafios para a próxima gestão da via. “É o trecho com maior número de acidentes e está em um quadrilátero ferrífero. O transporte irregular de carretas e caminhões pesados já é feito de forma a super explorar as vias. E, em todo o tempo de concessão da Via 040, não foi feita nenhuma melhoria no local. O pedágio foi cobrado, mas nada foi feito”, denuncia o coordenador do GT Engenharia do Crea-MG, o engenheiro mecânico Antônio Humberto Almeida. 

Para a próxima concessão, o engenheiro propõe no estudo que soluções rápidas, de baixo custo e intermediárias sejam feitas com prioridade, antes das obras de longo prazo, que devem demorar a começar, segundo o projeto previsto. “Por exemplo, divisórias metálicas entras as pistas impedem colisões frontais, pinos evitam cruzamento de estrada, além de alargamentos, acostamentos e retornos. São medidas emergenciais, relativamente baratas. Isso porque o projeto prevê obras em sete anos de concessão. Se a empresa começar mesmo em 2025. Pode atrasar, e lá se vão mais anos. Não podemos esperar mais uma década para uma mudança”, afirma. 

O engenheiro se preocupa com o futuro da 040. “Uma nova concessão é sempre bem-vinda, mas feita da forma correta. O TCU fez uma série de recomendações de mudanças, de melhorias e observações no projeto apresentado. Uma boa concessão começa com um bom projeto”, diz. 

A ANTT ainda tem ressalvas a consertar no edital. O projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro.  

A ANTT foi procurada pela reportagem, mas não respondeu. O espaço segue aberto. 

FONTE O TEMPO

BR-040: concessão pode ter sobrepreço de R$ 582 mi e onerar pedágio, alerta TCU

ANTT aprovou edital nesta quinta-feira (23); especialistas temem fiasco de leilão como o da BR-381

O trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora ganhou um golpe de esperança após o edital de concessão ser finalmente aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) nessa quinta-feira (23 de novembro). Mas o processo até um leilão de sucesso ainda guarda algumas ressalvas. O Tribunal de Contas da União (TCU), ao avaliar o projeto de concessão do trecho, identificou um sobrepreço de R$ 582 milhões. Segundo o órgão, foram levantados custos acima dos preços do mercado e estão sendo considerados serviços desnecessários, o que deve resultar em uma oneração indevida da tarifa de pedágio. O problema de um edital de concessão inadequado é, segundo especialistas, a consequência de um leilão que não desperta interesse, como aconteceu com a BR-381

A análise do TCU observou que a tabela de custos do projeto de concessão da BR-040 não segue a base de referência do governo federal – o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) – e sequer explica como os valores foram estabelecidos. Para se ter ideia, o projeto determina um custo de R$ 55,58 o m³ do “solo para base de remendo profundo”. Já o custo determinado pelo Sicro para o mesmo item é de R$ 3,76 o m³. A diferença é de 1378%. 

Outro problema que pode acabar onerando os bolsos dos motoristas foi sinalizado pelo TCU como serviços sem sentido. O órgão cita os trechos escolhidos pelo projeto de concessão para “correção de traçado” da 040. Segundo a análise, são trechos em que não é preciso refazer toda a pista ou que o ajuste previsto, na verdade, prejudicaria a rodovia. Só a correção desses serviços a mais oneram o projeto em R$ 69 milhões. 

A ANTT respondeu ao órgão que o projeto possui as justificativas dos valores, mas isso não foi confirmado pelo TCU. “Esse sobrepreço é estranho. Obviamente, o governo vai fazer os levantamentos dos custos de acordo com as suas planilhas básicas. Quando os custos estão dentro do posto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é quando o projeto está adequado”, explica o especialista em trânsito Silvestre Andrade.  

Mesmo assim, segundo Andrade, as diferenças de custo costumam ser comuns quando comparados projetos públicos e privados, e o que vai beneficiar ou não o leilão é a concordância com os valores do mercado. “O setor público às vezes dimensiona valores que não funcionam no âmbito privado, que o mercado não está disposto a bancar. O valor, quando vai à licitação, também pode ser negociado, pode ser apresentado desconto, ofertas melhores. Já se o custo fica muito abaixo, se foge da realidade, acaba em uma licitação deserta como foi com a 381”, afirma. 

De fato, o trauma de uma licitação que falha parece ter sido herdada do leilão da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, que precisou ser adiado ao não despertar empresas interessadas. O investimento previsto para a obra gira em torno de R$ 10 bilhões, e o da BR-040, entre BH e Juiz de Fora, R$ 9 bilhões. “Quando não aparece nenhum interessado, a impressão é que tem uma falha muito grande no edital do governo. Um problema na 040 é a concessionária querer entregar o trecho de qualquer jeito, e isso há anos. Esses processos estão acontecendo com certa irresponsabilidade. São concessões baseadas no menor valor da tarifa, quando vale também uma análise na viabilidade e sucesso do projeto”, analisa o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto. 

O TCU fez determinações de revisão do projeto à ANTT, que deve dar um retorno antes de seguir com a licitação da BR-040 entre BH e Juiz de Fora. O órgão informou que esses pedidos serão monitorados, mas, como a avaliação do projeto está recente, ainda não há previsão para que ocorra a fiscalização. “Isso vai ser monitorado ao longo do tempo pelo poder público. É um processo de longo prazo”, explica o especialista Andrade. 

Empresa que vencer leilão vai herdar rodovia da morte 

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Um dos trechos com maior incidência de acidentes está entre os km 563 e km 617 da BR-040. Nesta sexta (24 de novembro), um acidente com duas carretas no km 603, em Congonhas, na região Central de Minas Gerais, deixou duas pessoas gravemente feridas. Há 18 dias, três pessoas morreram em um engarrafamento no mesmo local.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG) realizou um estudo específico desse trecho da 040 e identificou desafios para a próxima gestão da via. “É o trecho com maior número de acidentes e está em um quadrilátero ferrífero. O transporte irregular de carretas e caminhões pesados já é feito de forma a super explorar as vias. E, em todo o tempo de concessão da Via 040, não foi feita nenhuma melhoria no local. O pedágio foi cobrado, mas nada foi feito”, denuncia o coordenador do GT Engenharia do Crea-MG, o engenheiro mecânico Antônio Humberto Almeida. 

Para a próxima concessão, o engenheiro propõe no estudo que soluções rápidas, de baixo custo e intermediárias sejam feitas com prioridade, antes das obras de longo prazo, que devem demorar a começar, segundo o projeto previsto. “Por exemplo, divisórias metálicas entras as pistas impedem colisões frontais, pinos evitam cruzamento de estrada, além de alargamentos, acostamentos e retornos. São medidas emergenciais, relativamente baratas. Isso porque o projeto prevê obras em sete anos de concessão. Se a empresa começar mesmo em 2025. Pode atrasar, e lá se vão mais anos. Não podemos esperar mais uma década para uma mudança”, afirma. 

O engenheiro se preocupa com o futuro da 040. “Uma nova concessão é sempre bem-vinda, mas feita da forma correta. O TCU fez uma série de recomendações de mudanças, de melhorias e observações no projeto apresentado. Uma boa concessão começa com um bom projeto”, diz. 

A ANTT ainda tem ressalvas a consertar no edital. O projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro.  

A ANTT foi procurada pela reportagem, mas não respondeu. O espaço segue aberto. 

FONTE O TEMPO

Sobrecarregada por carretas com minério, BR-040 já foi palco de quase 2,8 mil acidentes em 2023

Enquanto familiares de vítimas protestam contra mortes, prefeito de Congonhas cobra solução para diminuir fluxo de veículos pesados na rodovia

Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que, apenas neste ano, quase 2,8 mil acidentes aconteceram no trecho de Minas Gerais da BR-040. A rodovia federal é apontada como a estrada com o maior trânsito de veículos pesados e carretas de mineradoras. No início deste mês, uma das vítimas foi Breno Rodrigues, de 25 anos. Ele morreu na BR-040, na altura de Congonhas, na Região Central do estado. O carro em que Breno e dois colegas estavam foi atingido por uma carreta carregada de minério.

João Paulo Rodrigues, tio de Breno, diz que que toda a cidade de Congonhas corre perigo na rodovia, chamada por ele de “assassina”. 

“É uma situação muito triste que temos vivido. A gente presencia, todos os dias, acidentes na rodovia, com crianças e idosos. Temos sofrido bastante com esses acidentes. São só mortes, mortes e mortes”, afirma, à Itatiaia.

João diz que ele e Breno já participaram de inúmeros resgates de feridos em acidentes na via, marcada por um traçado antigo e por falhas na sinalização.

“Todos falam da Fernão Dias, mas estão esquecendo desse trecho (BR-040). O que mais dói é que tiraram os corpos deles como se fossem um saco de lixo que você pega e joga no chão”, completa, relembrando o acidente que tirou a vida do sobrinho. 

Carlos Eduardo Matosinho, de 21 anos, também morreu no acidente envolvendo Breno. O jovem estava no mesmo carro. Eduardo Soares Raimundo, pai de Carlos, culpa a administração da via.  

“Meu filho trabalhava comigo em uma oficina. Quando acordava, ele vinha trabalhar. É uma dor que não tem tamanho. Estamos em estado de choque. Fiquei muito, muito, muito chateado devido a esse acidente, que, infelizmente, foi imprudência da Via 040”, aponta.

Prefeito cobra solução

Como já mostrou a reportagem, prefeitos, empresários e até mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defendem formas de escoar o minério do Quadrilátero Ferrífero de outra forma que não a passagem pelas BRs 040 e 356. O governo federal também encampa o tema. Uma das possibilidades é utilizar ferrovias do entorno. Estradas alternativas, como a chamada “Rodovia do Minério”, são citadas como hipóteses.

Segundo o prefeito de Congonhas,  Cláudio Antônio de Souza (MDB), a criação das vias alternativas é imprescindível. 

“No trecho de Nova Lima a Lafaiete, Congonhas tem, sozinha, 22 quilômetros do tráfego mais intenso. Por ali, temos as principais mineradoras. Congonhas é um foco muito importante desse tráfego mais intenso. Todas essas intervenções serão muito importantes e necessárias para garantir segurança. Grande parte de Congonhas trafega dentro da BR-040. Há bairros interligados na própria cidade, andando dentro da própria BR-040”, aponta ele, que integra a Associação dos Municípios Mineradores de Minas e do Brasil (Amig).

Cláudio lembra, ainda, que a BR-040 é utilizada por habitantes de cidades do entorno quando precisam se deslocar, por exemplo, até Belo Horizonte. 

Em nota, a Via 040, que administra a BR-040, diz que vem realizando melhorias no trecho citado desde 2014. A concessionária não topou designar um porta-voz para conceder entrevista.

Mineração – estradas que impactam

Esta é a última reportagem da série “Mineração – estradas que impactam”. Leia os outros capítulos do especial

FONTE ITATIAIA

Sobrecarregada por carretas com minério, BR-040 já foi palco de quase 2,8 mil acidentes em 2023

Enquanto familiares de vítimas protestam contra mortes, prefeito de Congonhas cobra solução para diminuir fluxo de veículos pesados na rodovia

Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que, apenas neste ano, quase 2,8 mil acidentes aconteceram no trecho de Minas Gerais da BR-040. A rodovia federal é apontada como a estrada com o maior trânsito de veículos pesados e carretas de mineradoras. No início deste mês, uma das vítimas foi Breno Rodrigues, de 25 anos. Ele morreu na BR-040, na altura de Congonhas, na Região Central do estado. O carro em que Breno e dois colegas estavam foi atingido por uma carreta carregada de minério.

João Paulo Rodrigues, tio de Breno, diz que que toda a cidade de Congonhas corre perigo na rodovia, chamada por ele de “assassina”. 

“É uma situação muito triste que temos vivido. A gente presencia, todos os dias, acidentes na rodovia, com crianças e idosos. Temos sofrido bastante com esses acidentes. São só mortes, mortes e mortes”, afirma, à Itatiaia.

João diz que ele e Breno já participaram de inúmeros resgates de feridos em acidentes na via, marcada por um traçado antigo e por falhas na sinalização.

“Todos falam da Fernão Dias, mas estão esquecendo desse trecho (BR-040). O que mais dói é que tiraram os corpos deles como se fossem um saco de lixo que você pega e joga no chão”, completa, relembrando o acidente que tirou a vida do sobrinho. 

Carlos Eduardo Matosinho, de 21 anos, também morreu no acidente envolvendo Breno. O jovem estava no mesmo carro. Eduardo Soares Raimundo, pai de Carlos, culpa a administração da via.  

“Meu filho trabalhava comigo em uma oficina. Quando acordava, ele vinha trabalhar. É uma dor que não tem tamanho. Estamos em estado de choque. Fiquei muito, muito, muito chateado devido a esse acidente, que, infelizmente, foi imprudência da Via 040”, aponta.

Prefeito cobra solução

Como já mostrou a reportagem, prefeitos, empresários e até mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defendem formas de escoar o minério do Quadrilátero Ferrífero de outra forma que não a passagem pelas BRs 040 e 356. O governo federal também encampa o tema. Uma das possibilidades é utilizar ferrovias do entorno. Estradas alternativas, como a chamada “Rodovia do Minério”, são citadas como hipóteses.

Segundo o prefeito de Congonhas,  Cláudio Antônio de Souza (MDB), a criação das vias alternativas é imprescindível. 

“No trecho de Nova Lima a Lafaiete, Congonhas tem, sozinha, 22 quilômetros do tráfego mais intenso. Por ali, temos as principais mineradoras. Congonhas é um foco muito importante desse tráfego mais intenso. Todas essas intervenções serão muito importantes e necessárias para garantir segurança. Grande parte de Congonhas trafega dentro da BR-040. Há bairros interligados na própria cidade, andando dentro da própria BR-040”, aponta ele, que integra a Associação dos Municípios Mineradores de Minas e do Brasil (Amig).

Cláudio lembra, ainda, que a BR-040 é utilizada por habitantes de cidades do entorno quando precisam se deslocar, por exemplo, até Belo Horizonte. 

Em nota, a Via 040, que administra a BR-040, diz que vem realizando melhorias no trecho citado desde 2014. A concessionária não topou designar um porta-voz para conceder entrevista.

Mineração – estradas que impactam

Esta é a última reportagem da série “Mineração – estradas que impactam”. Leia os outros capítulos do especial

FONTE ITATIAIA

BR-040: relembre o imbróglio da concessão até a aprovação do edital de R$ 9 bi

Ação do MPF impediu interrupção de serviços da concessionária Via-040 em agosto deste ano

trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora espera um novo direcionamento desde que o processo de relicitação foi iniciado, em novembro de 2020, após a concessionária Via-040 informar prejuízo. A briga por quem herdaria as trincas no asfalto, os gargalos no trânsito, a falta de passarelas e a média de quase cinco acidentes por dia passou por diversos trâmites na Justiça e dentro do processo. Esta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital para a concessão do trecho. Relembre nesta matéria o imbróglio da 040 até aqui e veja os próximos passos. 

  • Quando tudo começou: leilão de 2013, contrato de 30 anos 

A Via-040 venceu o leilão de concessão da BR-040, entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Brasília (DF), com a melhor oferta (melhor deságio e menor pedágio) em 2013. A empresa assumiu o controle de 936,8 quilômetros de rodovia em 22 de abril de 2014, com contrato previsto de 30 anos.

A promessa era de obras de melhorias e extensão da capacidade em 714,5 km, sendo a duplicação em 557,2 km e a implantação de 50 passarelas, sendo 41 previstas para serem instaladas logo nos primeiros cinco anos da concessão. Para isso, seriam investidos R$ 8,1 bilhões no sistema rodoviário logo nos anos iniciais de contrato. Em contrapartida, o acordo permitia a construção de onze praças de pedágio, que só poderiam cobrar taxas após a conclusão de 10% das obras de duplicação. 

  • Só 14% dos km previstos foram duplicados

A cobrança foi iniciada em 2015 após a empresa entregar a duplicação de 56,3 quilômetros da rodovia, além de obras de melhorias na pavimentação e sinalização da via. Porém, desde o início do pedágio, apenas 21,7 km foram duplicados, totalizando 78 km  – 14% das intervenções previstas em contrato. Dos trechos que receberam as obras, apenas 12 km estão em Minas. As intervenções ocorreram em João Pinheiro, na região Noroeste. Além disso, apenas cinco passarelas foram instaladas, sendo três em Minas. 

  • Via-040 oficializa desistência da rodovia em 2017

Em meio aos pequenos investimentos na rodovia em relação ao que fora inicialmente pactuado, a Via 040 protocolou, em setembro de 2017, pedido de adesão ao processo de devolução “amigável” da rodovia para que ela fosse relicitada. À época, a concessionária alegou que o cenário de crise econômica havia afetado o planejamento de arrecadação.

  • Contrato de relicitação foi assinado em 2020

As negociações se arrastaram por três anos, até que o termo aditivo ao contrato de concessão, acordado entre Via 040 e ANTT, foi assinado em novembro de 2020 – prorrogado por mais 18 meses em 2022. Meses depois a empresa admitiu investimento de R$ 1,9 bilhão até dezembro de 2020. Ou seja, em seis anos, ela teria investido pouco menos de quatro vezes o valor estimado em estudos de viabilidade da concessão com cifras de 2012. A concessão pela Via-040 terminou na quinta-feira de 17 de agosto deste ano. 

  • O cenário da entrega da rodovia: a 3 dias do fim da concessão, BR–040 tinha mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

  • O cenário da entrega da rodovia: Via 040 tem 975 ocorrências por falhas na BR-040 e paga menos de 4% das multas

Desde que Via-040 começou a tentar a devolução amigável da rodovia, em 2017, a empresa teve 975 Termos de Registro de Ocorrência (TRO) lavrados em função do descumprimento de regras, segundo dados levantados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Esses documentos geraram 133 Autos de Infração (AI), que resultaram em R$ 4,2 milhões em multas. A concessionária pagou apenas R$ 156 mil desse montante, ou 3,6% do total. 

  • Mas ação na Justiça quis impedir interrupção de serviços da concessionária em agosto de 2023

O Ministério Público Federal (MPF), no entanto, ajuizou uma ação civil pública para que a Via 040 fosse obrigada a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR-040 até a conclusão do processo de relicitação. Para o MPF, a interrupção dos serviços essenciais prestados pela Via 040 causaria prejuízos inaceitáveis à segurança dos usuários da rodovia. Já a concessionária pedia a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão. 

  • 17 de agosto de 2023: Justiça determina que Via 040 continue serviços até conclusão de relicitação

A Justiça federal determinou na quinta-feira (17 de agosto) – dia que significaria o fim da concessão da Via-010 – que a concessionária deveria continuar prestando serviços de manutenção, conservação, operação e monitoração do trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira até a conclusão do processo de relicitação e início da operação da próxima empresa, previsto para abril de 2024. A decisão previu ainda multa no valor de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

  • 23 de novembro de 2023: após atraso de dois meses e, com ressalvas, ANTT aprova edital de concessão da BR-040

Após anunciar que o edital para a concessão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora sairia no final de setembro, dois meses depois, nesta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o documento, com ressalvas. O investimento previsto é R$ 9 bilhões em 30 anos.

  • O que já se sabe: BR-040 foi dividida 

O trecho da BR-040 entre BH e Rio de Janeiro contempla 495 km e foi dividido em duas partes. A divisão ocorreu para possibilitar a execução de obras em ambos os trechos. Além de BH-JF, o edital referente ao trecho entre Juiz de Fora e a capital carioca passa por ajustes e deve ser enviado ainda neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU).

  • O que já se sabe: duplicação e faixas adicionais

Segundo a ANTT, entre as melhorias para o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, está prevista a duplicação de mais de 160 km, além da implantação de mais de 15 km de vias marginais. Os detalhes do projeto serão totalmente conhecidos após ajustes do edital e publicação no Diário Oficial da União (DOU). O edital também prevê que a concessionária Via 040, que atualmente administra a rodovia, participe da transição operacional com a futura ganhadora do certame.

  • Próximos passos

O edital para o projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro. 

FONTE O TEMPO

BR-040: relembre o imbróglio da concessão até a aprovação do edital de R$ 9 bi

Ação do MPF impediu interrupção de serviços da concessionária Via-040 em agosto deste ano

trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora espera um novo direcionamento desde que o processo de relicitação foi iniciado, em novembro de 2020, após a concessionária Via-040 informar prejuízo. A briga por quem herdaria as trincas no asfalto, os gargalos no trânsito, a falta de passarelas e a média de quase cinco acidentes por dia passou por diversos trâmites na Justiça e dentro do processo. Esta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital para a concessão do trecho. Relembre nesta matéria o imbróglio da 040 até aqui e veja os próximos passos. 

  • Quando tudo começou: leilão de 2013, contrato de 30 anos 

A Via-040 venceu o leilão de concessão da BR-040, entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Brasília (DF), com a melhor oferta (melhor deságio e menor pedágio) em 2013. A empresa assumiu o controle de 936,8 quilômetros de rodovia em 22 de abril de 2014, com contrato previsto de 30 anos.

A promessa era de obras de melhorias e extensão da capacidade em 714,5 km, sendo a duplicação em 557,2 km e a implantação de 50 passarelas, sendo 41 previstas para serem instaladas logo nos primeiros cinco anos da concessão. Para isso, seriam investidos R$ 8,1 bilhões no sistema rodoviário logo nos anos iniciais de contrato. Em contrapartida, o acordo permitia a construção de onze praças de pedágio, que só poderiam cobrar taxas após a conclusão de 10% das obras de duplicação. 

  • Só 14% dos km previstos foram duplicados

A cobrança foi iniciada em 2015 após a empresa entregar a duplicação de 56,3 quilômetros da rodovia, além de obras de melhorias na pavimentação e sinalização da via. Porém, desde o início do pedágio, apenas 21,7 km foram duplicados, totalizando 78 km  – 14% das intervenções previstas em contrato. Dos trechos que receberam as obras, apenas 12 km estão em Minas. As intervenções ocorreram em João Pinheiro, na região Noroeste. Além disso, apenas cinco passarelas foram instaladas, sendo três em Minas. 

  • Via-040 oficializa desistência da rodovia em 2017

Em meio aos pequenos investimentos na rodovia em relação ao que fora inicialmente pactuado, a Via 040 protocolou, em setembro de 2017, pedido de adesão ao processo de devolução “amigável” da rodovia para que ela fosse relicitada. À época, a concessionária alegou que o cenário de crise econômica havia afetado o planejamento de arrecadação.

  • Contrato de relicitação foi assinado em 2020

As negociações se arrastaram por três anos, até que o termo aditivo ao contrato de concessão, acordado entre Via 040 e ANTT, foi assinado em novembro de 2020 – prorrogado por mais 18 meses em 2022. Meses depois a empresa admitiu investimento de R$ 1,9 bilhão até dezembro de 2020. Ou seja, em seis anos, ela teria investido pouco menos de quatro vezes o valor estimado em estudos de viabilidade da concessão com cifras de 2012. A concessão pela Via-040 terminou na quinta-feira de 17 de agosto deste ano. 

  • O cenário da entrega da rodovia: a 3 dias do fim da concessão, BR–040 tinha mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

  • O cenário da entrega da rodovia: Via 040 tem 975 ocorrências por falhas na BR-040 e paga menos de 4% das multas

Desde que Via-040 começou a tentar a devolução amigável da rodovia, em 2017, a empresa teve 975 Termos de Registro de Ocorrência (TRO) lavrados em função do descumprimento de regras, segundo dados levantados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Esses documentos geraram 133 Autos de Infração (AI), que resultaram em R$ 4,2 milhões em multas. A concessionária pagou apenas R$ 156 mil desse montante, ou 3,6% do total. 

  • Mas ação na Justiça quis impedir interrupção de serviços da concessionária em agosto de 2023

O Ministério Público Federal (MPF), no entanto, ajuizou uma ação civil pública para que a Via 040 fosse obrigada a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR-040 até a conclusão do processo de relicitação. Para o MPF, a interrupção dos serviços essenciais prestados pela Via 040 causaria prejuízos inaceitáveis à segurança dos usuários da rodovia. Já a concessionária pedia a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão. 

  • 17 de agosto de 2023: Justiça determina que Via 040 continue serviços até conclusão de relicitação

A Justiça federal determinou na quinta-feira (17 de agosto) – dia que significaria o fim da concessão da Via-010 – que a concessionária deveria continuar prestando serviços de manutenção, conservação, operação e monitoração do trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira até a conclusão do processo de relicitação e início da operação da próxima empresa, previsto para abril de 2024. A decisão previu ainda multa no valor de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

  • 23 de novembro de 2023: após atraso de dois meses e, com ressalvas, ANTT aprova edital de concessão da BR-040

Após anunciar que o edital para a concessão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora sairia no final de setembro, dois meses depois, nesta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o documento, com ressalvas. O investimento previsto é R$ 9 bilhões em 30 anos.

  • O que já se sabe: BR-040 foi dividida 

O trecho da BR-040 entre BH e Rio de Janeiro contempla 495 km e foi dividido em duas partes. A divisão ocorreu para possibilitar a execução de obras em ambos os trechos. Além de BH-JF, o edital referente ao trecho entre Juiz de Fora e a capital carioca passa por ajustes e deve ser enviado ainda neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU).

  • O que já se sabe: duplicação e faixas adicionais

Segundo a ANTT, entre as melhorias para o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, está prevista a duplicação de mais de 160 km, além da implantação de mais de 15 km de vias marginais. Os detalhes do projeto serão totalmente conhecidos após ajustes do edital e publicação no Diário Oficial da União (DOU). O edital também prevê que a concessionária Via 040, que atualmente administra a rodovia, participe da transição operacional com a futura ganhadora do certame.

  • Próximos passos

O edital para o projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro. 

FONTE O TEMPO

BR 040 registra mais um acidente

Mais um acidente na BR 040, nesta manhã, em Barbacena (MG) no Km 705, ntre o shopping e o Olympic Club. O capotamento de um carro deixou duas pessoas feridas, sem risco de morte, e interdição parcial sentido Rio de Janeiro. Matéria em atualização. Mais cedo, um acidente envolvendo 6 veículos deixou 2 feridos no Km 603, no Bairro Pires, em Congonhas (MG).

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“Deus é bom demais, pai”, desafaba motorista que se livrou acidente nesta manhã na BR 040; confira vídeo emocionante

Um acidente com seis veículos fechou a pista na altura do km 603 da BR-040, em Congonhas, Região Central de Minas, na manhã desta sexta-feira (24/11). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), duas pessoas ficaram feridas. O estado de saúde das vítimas ainda não foi divulgado. A PRF informou que não há previsão de liberação do tráfego até o momento e recomenda que o motorista busque rotas alternativas.

Em vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um motorista não identificado, ele faz um desabafo no qual seu carro não foi atingido por sucatas momentos após o sinistro. “Deus é bom demais, pai”, relatou. No vídeo é possivel observar momentos após o acidente quando o seu veículo ficou perto da carreta tombada e por muito pouco não foi atingido pelos produtos que se espalharam pela rodovia. Há conversas entre as pessoas envolvidas no acidente.

O motorista filmou os instantes dos passageiros saindo assustados do seu veículo. “Graças a Deus, pai. Todo mundo bem”, comentou, mostando outros carros envolvidos no sinistro. “O pessoal do caminhão, tá bem?”, perguntou motorista aos envolvidos do acidente. O trecho do acidente desta manhã já deixou há menos de 20 dias, 4 óbitos

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Em vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um motorista não identificado, ele faz um desabafo no qual seu carro não foi atingido por sucatas momentos após o sinistro. “Deus é bom demais, pai”, relatou. No vídeo é possivel observar momentos após o acidente quando o seu veículo ficou perto da carreta tombada e por muito pouco não foi atingido pelos produtos que se espalharam pela rodovia. Há conversas entre as pessoas envolvidas no acidente.

O motorista filmou os instantes dos passageiros saindo assustados do seu veículo. “Graças a Deus, pai. Todo mundo bem”, comentou, mostando outros carros envolvidos no sinistro. “O pessoal do caminhão, tá bem?”, perguntou motorista aos envolvidos do acidente. O trecho do acidente desta manhã já deixou há menos de 20 dias, 4 óbitos

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