23 de abril de 2024 01:31

Crônica: O valor do dinheiro

 

Provérbio chinês: Se a fortuna sorri, quem não o faz?

    Se a fortuna não sorri, quem o faz?

O dinheiro é uma fantástica criação.  É real e fascinante. Nasceu no berço da riqueza e do poder.   É no mundo o principal  manancial  na  subsistência e sucesso do homem. Tem semelhança  com a roda. Gira em todo o mundo, e faz o mundo girar.  Marca presença onde estiver presente.  É a força motriz capaz de erguer construções magnificas através dos séculos sob a égide do poder da civilização; assim como também de aniquilar. As obras em nome de Deus, da conquista dos homens e reverenciados pela morte  são de beleza e realeza inquestionáveis.  Fonte vital de turismo e cifras. Possui a lâmina do divisor de águas no seara social.   É  forte, viril,  frio e calculista.  Pode  ser insípido, mesquinho, cruel,  mas, preserva o valor.  No triturador do quotidiano,  é necessário  misturar essências essenciais para o salutar convívio com o  semelhante, o que exige  pitadas  de amizade, consideração,  respeito  e outros sais  naturais. Caso contrário vem  o abismo da desigualdade,   inimizade e solidão.  É senhor  de destaque em todos os quatro cantos, e onde chega é bem vindo. Muito bem vindo.  O  rastro que deixa passa pelo céu, terra e mar.   Todo mundo o almeja.  É  mercadoria de linguagem de fino trato universal. Aplaude quem o utiliza comedidamente.   Ardiloso e temerário.  Dever  ele  sem condições  é coisa  aborrecida. Há momentos em que se faz de pobre, de mais ou menos, ou de rico, mas é o dono das cartas.  Quer queira, quer não, merece  respeito, e  quando  chega na hora certa até se respira consideração. Traz conforto,  o que ninguém enjoa ou reclama. Caso haja malcriação,  se torna perigoso. Ao contrário, generoso.  Todo mundo em todo lugar o almeja, independente do  tipo, tamanho, idade e credo.  É árdua a sua conquista no  trabalho, que é a fonte de emancipação e sucesso. Quando chega fácil, pode complicar. Aprecia segurança, conforto e liberdade.  Às vezes prefere ficar acanhado e minguado, até mesmo escondido e  demora a aparecer. Mas, é só acenar  que é aplaudido. Anda pra cima e pra baixo na  espreita e na espera de quem o quer e  merece.    Resolve tudo, ou quase tudo. Gosta de brincar e de jogar.  É  sério e mantém altiva a

aura de majestade.  O cheiro dele novinho agrada gregos e troianos. Quando chega em forma de prêmio, traz também alívio.  Tem a fama de ser a raiz do bem e do mal. É alvo de avareza, cobiça,  inveja e temor.   Rompe barreiras  em todas as camadas sociais.  Causa espanto e indignação. Impõe respeito e marca presença na politica. Opera milagres.  Promove encontros e desencontros.   Faz surpresas e dá coragem. A caridade e os sonhos são seus fãs. Cria exércitos de  lobos e  cordeiros.  Faz os afortunados ser sérios e com calo sensível.   É a senha para abrir portas  em todo lugar.  É grande o seu  prazer  de ser  bem gasto e valorizado.  Detesta ficar preso e parado.  É  leviano, adora passar de mão em mão.  Leva  consigo a máxima de que: dinheiro foi feito pra voar e moeda pra  rolar.  É comprometedor.   Nas transações é solene e respeitado. É um senhor remédio para dor de cabeça e outros males.   No palco da vida  é   dramaturgo de primeira linha na comédia e no drama do dia a dia.   Adorna o amor.  Faz e constrói histórias… belas histórias.  O sol nunca se põe quando há  dinheiro. A beleza  é  latente  e  risos   sonoros de despreocupação desenham na atmosfera e certeza no futuro.  E a vida vem de graça cheia  de mistérios.

Mas, é só nascer  e ele surge empertigado para os cumprimentos e o primeiro abraço. Nunca mais solta, pois, tudo quanto existe tem que pagar.  E vem o tempo. O Senhor absoluto. O dinheiro, aliado fiel  e escudeiro.  A sua  nobreza decola nas asas da serventia em custear o mais caro e primordial da vida: a subsistência.  Se regozija em poder ser o  anfitrião capaz de proporcionar bons  momentos e faz o melhor:  se esbanja de satisfação em  aplaudir e ser imprescindível na comemoração  das grandes passagens de todos na estrada da vida.  É  quando desponta o brilho e o verdadeiro valor pela existência e realidade do homem. Brindar a vida!

ReuberLA/16 (escritor lafaietense)

 

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